O jornalista do “The New York Times”, Larry Rohter, que em maio de 2004 era correspondente no Brasil, e fez uma reportagem que ficou famosa no mundo todo, na qual insinuava que o presidente Lula abusava da bebida, lançou um livro contando todos os detalhes do episódio.
Na ocasião, o governo brasileiro tentou expulsá-lo do país, o que trouxe à tona, o grau de intolerância que o atual governo tem para com a imprensa, principalmente quando esta faz relatos incômodos à sua administração. Lula procurou desqualificar a reportagem, dizendo que a mesma havia sido encomendada pela CIA (agência de inteligência norte-americana) para minar seu prestígio e seu papel de liderança na formação do G-20 (grupo dos países ricos, que incluem os emergentes).
Sobre o assunto, na página 192 do livro, o autor declara: "O hábito de beber de Lula continua a ser um tópico sensível no Palácio do Planalto ainda hoje. Mas as evidências disponíveis sugerem que ele moderou seu consumo nos últimos anos, e que minha reportagem pode ter desempenhado um papel nesse processo. Sei com certeza que pessoas dentro do PT que queriam que ele bebesse menos terminaram usando a matéria para reforçar sua argumentação. Sei disso porque um deles, um membro do Congresso, me disse isso pessoalmente quando, vários meses depois da controvérsia, estávamos falando sobre outro assunto e ele mudou o tema de nossa conversa para a polêmica de maio de 2004".
O livro foi lançado pela Editora Objetiva, e está sendo considerado um bom subsídio para aqueles que gostam de saber dos bastidores do poder e da história recente do Brasil.
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