"O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons." - Martin Luther King

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Exercendo e treinando uma LIDERANÇA BÍBLICA

- E comum alguns líderes serem acometidos da "síndrome do polvo", querem ser multitarefas e por isso, não conseguem conduzir o rebanho que lhes foi confiado, com eficiência, chegando ao final estressados, doentes e frustrados. Esse artigo propõe o exercício e treinamento de uma liderança "compartilhada", como instrumento que ajuda a formar "discípulos", a partir de princípios bíblicos - (comentário Bo@noia)

Quais São Algumas Maneiras Práticas de um  Pastor Treinar Jovens Homens para o  Ministério?
1. Compartilhe o seu púlpito (com cautela). Procure  maneiras de dar a jovens homens, que sejam  doutrinária e pastoralmente confiáveis, oportunidades  para pregar e ensinar em sua congregação – ainda que  eles não tenham a prática de falar em público.
2. Ensine a sua congregação a cuidar de outras igrejas e  dos propósitos mais amplos do reino de Deus, de modo  que eles também compartilhem a meta de levantar  pastores. Encoraje-os a ver que isso lhes será mais  proveitoso no longo prazo. Isso irá ajudá-los a ser mais  generosos, a orar e a ser mais pacientes com homens  mais jovens e inexperientes.
3. Ore publicamente por outras igrejas e pastores, pelo  nome.
4. Ore publicamente pela propagação do evangelho em  outras nações, pelo nome.
5. Procure outras maneiras de oferecer oportunidades de  ensino e evangelização a homens mais jovens, tais  como classes de escola dominical, oração pública ou a  direção do culto. Treine-os no processo. Faça avaliações construtivas.
6. Mantenha uma “resenha do sermão” regular. Convide  participantes que estejam publicamente envolvidos no ministério da igreja para recapitular os eventos do dia.  Peça avaliações construtivas de sua pregação ou  direção. Seja um modelo de como dar e receber  encorajamento e críticas piedosas. (Dicas: enfatize o  que for bíblico, teológico, pastoral, em vez do que for de sua preferência pessoal; seja honesto, mas não  lance um monte de críticas sobre os jovens e  inexperientes de uma só vez; procure evidências da  graça.)
7. Apresente um exemplo pessoal de evangelização,  amizades com não-cristãos e discipulado de cristãos  mais jovens. Olhe para aqueles que começam a imitar  seu exemplo e invista especificamente neles.
8. Considere desenvolver um internato pastoral. Clique  aqui para obter alguns exemplos de treinamento  pastoral realizados em igrejas (N.T.: em inglês).
9. Dê grandes quantidades de bons livros. Convide líderes em formação para uma conversa sobre o livro que você lhes deu, após eles lerem-no.
10. Convide homens mais jovens para a sua sala de  estudos, para que eles leiam e produzam à medida que você faz o mesmo.
11. Convide líderes em formação para que participem do seu processo de preparação do sermão. Discuta o  texto com um ou dois outros homens à medida que  você estuda. Após obter o ponto principal do texto,  convide alguém para pensar em aplicações do sermão  com você.
12. Pense em quaisquer janelas em sua vida e  ministério que você possa abrir para líderes em  formação: refeições em sua casa, serviços, visitas  pastorais, compromissos em outras igrejas,  conferências.
13. Discuta questões pastorais (que não sejam  delicadas) com homens mais jovens e peça-lhes sua  contribuição. Isso os treinará a pensar teológica e  pastoralmente, e pode até mesmo lhe dar uma nova  percepção do problema.

Como Eu Posso, Como Líder de Igreja, Ajudar a Cultivar uma Cultura de Discipulado?
1. Estruture a sua própria agenda semanal para incluir tempo com cristãos mais jovens (cafés da manhã, almoços, visitas rápidas, conversas regulares sobre o sermão, etc.).
2.  Se você lidera uma congregação instruída, peça a igreja uma verba pastoral para dar livros de presente. Tenha uma pilha de livros em seu gabinete, prontos para presentes espontâneos. Encoraje as pessoas a lê-los e então agende um horário para discutir o livro.
3. Busque maneiras de encorajar os cristãos maduros de sua congregação a se encontrarem com outros (“Ei, Joe, com quem você vai almoçar hoje?”). E busque maneiras de entrosar os membros da igreja uns com os outros (“Ei, Joe, você já pensou em passar algum tempo com o John?”). 
4. Aplique a sua pregação não apenas a indivíduos, mas à igreja como um todo (p.ex. “O que essa passagem significa para nós como igreja? Ela significa que nós deveríamos estar prontos a encorajar e corrigir uns aos outros.”). Busque maneiras de encorajar o discipulado e o cuidado mútuo por meio das aplicações de seu sermão.
5. Pregue e aplique o evangelho. A correta pregação do evangelho deveria produzir cristãos que reconhecem a sua obrigação mútua de aconselhar e discipular uns aos outros baseado na identidade familiar compartilhada em Cristo. Tanto quanto possível, ajude a congregação a ligar os pontos entre a sua profissão de fé e o chamado para amar ativamente uns aos outros.
6. Ofereça classes de formação de adultos sobre discipulado e aconselhamento.
7. Ofereça classes de Escola Dominical sobre assuntos mais específicos, como “O temor do homem”ou “A vontade e a direção de Deus”.
8. Use as classes de novos membros da igreja para estabelecer uma expectativa de envolvimento regular na vida uns dos outros.
9. Use a entrevista com novos membros para perguntar ao candidato se ele ou ela deseja estar envolvido em um relacionamento de discipulado um-a-um.  
10.  Abasteça a loja de livros e a biblioteca de sua igreja com bons recursos sobre discipulado.
11. Considere ter um expositor de livretos da CCEF [N.T.: sigla em inglês da Fundação para o Aconselhamento e a Educação Cristãos, instituição fundada por Jay Adams] na sua igreja, para colocar à disposição esses brevíssimos e acessíveis recursos sobre um vasto número de assuntos específicos. Se possível, ofereça esses livretos de graça.
12.   Promova e distribua esses mesmos livros do púlpito.
13. Leia o livro de Paul David Tripp, Instruments in the Redeemer’s Hands  [Instrumentos nas Mãos do Redentor].
14.   Encoraje os indivíduos que você está discipulando para o ministério pastoral em tempo integral a lerem o livro When People Are Big and God Is Small, de Ed Welch [Quando as Pessoas São Grandes e Deus é Pequeno, publicado no Brasil pela Editora Batista Regular].
15. Ore. Peça a Deus para levantar presbíteros, mulheres piedosas e discipuladores maduros na sua congregação, para ajudarem no cuidado do rebanho.
16.   Como pastor, seja um modelo de humildade e de como receber correções!
17.   Considere prover os pequenos grupos da igreja com recursos recomendados de acordo com o tipo de pequeno grupo, tais como grupos de jovens casais ou grupos de solteiros.
18. Se os recursos permitirem, contrate um pastor em tempo integral para devotar-se ao aconselhamento.
19. Se os recursos permitirem, contrate uma mulher para devotar-se ao aconselhamento e a promover discipulado entre as mulheres na congregação.
20.  Encoraje os membros da igreja a participarem das conferências da CCEF e a fazerem uso de seus cursos de treinamento online.
21.  Ofereça uma classe de treinamento em aconselhamento para os membros e/ou os líderes de pequenos grupos da sua igreja. A CCEF oferece dois currículos excelentes – How People Change[Como as Pessoas Mudam] e Helping Others Change [Ajudando os Outros a Mudarem]. Esse material acessível aos líderes e leitores facilita aos pastores, líderes leigos e membros ensinarem uns aos outros sobre como aconselhar a Palavra e como cuidar melhor uns dos outros. (www.ccef.org)

(Esta lista sintetiza o conteúdo do artigo Twenty Ways to Cultivate a Culture of Counseling, de Jonathan Leeman e Deepak Reju.)

Tradução: Vinícius Silva Pimentel – Ministério Fiel © Todos os direitos reservados. Website:www.MinisterioFiel.com.br / www.VoltemosAoEvangelho.com. Original: Como treinar jovens para o ministério? Como desenvolver uma cultura de discipulado em sua igreja?

Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

POUPANÇA DE ANO NOVO

Você deve estar rindo, e pensando: Que poupança de ano novo que nada. Se eu conseguir pagar todas as dividas já estará de bom tamanho.  Eu entendo, é normal que se pense assim antes de olhar bem o esquema.  Dá pra fazer, vai por mim, você também consegue!
O ano está fresquinho, estamos cheios de planos para ele e se não fizermos nada, não começarmos agora, não adianta chegar ao final do ano e fazer das tripas coração pra conseguir dinheiro.
- Essa é a tabela da poupança de ano novo, um desafio de 52 semanas para economizar e chegar ao fim do ano com algum dinheiro na carteira. Essa tabela rolou no facebook e não consegui descobrir a fonte, então se alguém me informar eu dou os devidos créditos.
É perfeitamente fácil de seguir.
- Você pode fazer duas versões. Uma no banco, deixando sempre o mesmo dia para depósito na poupança, no final do mês e outra no cofrinho. Feche bem uma lata e semanalmente vá poupar.
- Imprima sua tabela e coloque na parede em frente a sua mesa para não esquecer; (para quem vai fazer a poupança no banco, anote as datas em que deve fazer o depósito na agenda, assim não terá desculpas).
- Sei que imprevistos podem acontecer, para prevenir alguns, você pode adiantar depósitos. No mês de janeiro, por exemplo, se juntarmos todos os depósitos da semana, vamos ter o incrível valor de dez reais, coloque uma nota de dez no cofrinho; (quem vai fazer outra poupança igual no banco, transfira logo da conta corrente para a poupança o mesmo valor). Quem só recebe da empresa uma vez ao mês, assim que pegar o dinheiro já faça logo seus depósitos, não espere sobrar, nem espere o mês acabar.
Vai ser muito bom manter essas reservas. Fazendo isso, ao final do ano, adeque sua lista de presentes ao valor que juntou, assim seu 13º salário, sobrará integral para você começar uma poupança no próximo ano, com o seu 13º salário. Se adotar essa prática anualmente, breve terá uma excelente reserva financeira para adquirir um bem durável que você deseje.
- A tabela é auto explicativa, basta depositar, guardar, esconder, numa caixa, lata, envelope, sugiro um local que possa ser bem fechado para evitar retiradas antes da hora e desanimar no projeto, um valor equivalente a semana em que estamos, primeira semana um real, segunda semana – dois reais , 34° semana – 34,00.  Seguindo esses passos, na ultima semana de dezembro você vai ter 1.378,00 sem juros.  Com os juros da poupança não vai mudar muita coisa, mas não custa tentar.
O que fazer com suas economias?
- A de casa fica para os consumos de fim de ano e de janeiro; poder sair sem se preocupar muito com as contas, e se divertir um pouco. Não é nenhuma fortuna, mas se levar em consideração que às vezes deixa-se de sair por causa do orçamento apertado, vai fazer grande diferença.
- O da poupança vai continuar lá, para emergências, todos devemos ter uma reserva e não contar com cartão de credito para alguma correria.

E você, como faz sua poupança? Ficou com vontade de começar a poupar também?

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Ao Cometer Suicídio, o Cristão Perde a Salvação?

- Miguel Núñez - 20 de Janeiro de 2014 - Vida Cristã
Esse tem sido um dos temas mais controversos ao longo dos anos, e que lamentavelmente muitos têm respondido de uma maneira emocional e não através da análise bíblica. Aqueles de nós que crescemos no catolicismo sempre ouvimos que o suicídio é um pecado mortal que irremediavelmente envia a pessoa para o inferno. Para muitos que têm crescido com essa posição, é impossível despojar-se dessa ideia.
Outros têm estudado o tema e, depois de fazê-lo, concluem que nenhum cristão seria capaz de acabar com sua própria vida. Há outros que afirmam que um cristão poderia cometer suicídio, mas perderia a salvação. E ainda outros pensam que um cristão poderia cometer suicídio em situações extremas, sem que isso o conduza à condenação.
Em essência temos, então, quatro posições:
1.     Todo aquele que comete suicídio, sob qualquer circunstância, vai para o inferno (posição Católica Tradicional).
2.     Um cristão nunca chega a cometer suicídio, porque Deus impediria.
3.     Um cristão pode cometer suicídio, mas perderá sua salvação.
4.     Um cristão pode cometer suicídio, sem que necessariamente perca sua salvação.
A primeira dessas quatro posições foi basicamente a única crença até a época da Reforma, quando a doutrina da salvação (Soteriologia) começou a ser melhor estudada e entendida. Nesse momento, tanto Lutero como Calvino concluíram que eles não podiam afirmar categoricamente que um cristão não poderia cometer suicídio e/ou o que se suicidava iria ser condenado. Na medida em que a salvação das almas foi sendo analisada em detalhes, muitos dos reformadores começaram a fazer conclusões, de maneira distinta, sobre a posição que a Igreja de Roma tinha até então.
No fim das contas, a pergunta é: O Que a Bíblia diz?
Começamos mencionando aquelas coisas que sabemos de maneira definitiva a partir da revelação de Deus:
·         O ser humano é totalmente depravado (primeiro ponto do TULIP calvinista). Com isso, não queremos dizer que o ser humano é tão mal quanto poderia ser, mas que todas as suas capacidades estão manchadas pelo pecado: sua mente ou intelecto, seu coração ou emoções, e sua vontade.
·         O cristão foi regenerado, mas mesmo depois de ter nascido de novo, devido à permanência da natureza carnal, continua com a capacidade de cometer qualquer pecado, com a exceção do pecado imperdoável.
·         O pecado imperdoável é mencionado em Marcos 3:25-32 e outras passagens, e a partir desse contexto podemos concluir que esse pecado se refere à rejeição contínua da ação do Espírito Santo na conversão do homem. Outros, a partir dessa passagem citada, atribuem a Satanás as obras do Espírito de Deus. Obviamente, em ambos os casos está se fazendo referência a uma pessoa incrédula.
·         De maneira particular, queremos destacar que o cristão é capaz de tirar a vida de outra pessoa, como fez o Rei Davi, sem que isso afete a sua salvação.
·         O sacrifício de Cristo na cruz perdoou todos os nossos pecados: passados, presentes e futuros (Colossenses 2:13-14, Hebreus 10:11-18)
·         O anterior implica que o pecado que um cristão cometerá amanhã foi perdoado na cruz, onde Cristo nos justificou, e fomos declarados justos sem de fato sermos, e o fez como uma só ação que não necessita ser repetida no futuro. Na cruz, Cristo não nos tornou justificáveis, mas justificados (Romanos 3:23-26, Romanos 8:29-30)
A salvação e o ato do suicídio
Dentro do movimento evangélico existe um grupo de crentes, a quem já aludimos, denominados Arminianos, que diferem dos Calvinistas em relação à doutrina da salvação. Uma dessas diferenças, que não é a única, gira em torno da possibilidade de um cristão poder perder a salvação. Uma grande maioria nesse grupo crê que o suicídio é um dos pecados capazes de tirar a salvação do crente. Nós, que afirmamos a segurança eterna do crente (Perseverança dos Santos), não somos daqueles que acreditam que o suicídio ou qualquer outro pecado eliminaria a salvação que Cristo comprou na cruz.
Tanto na posição Calvinista como na Arminiana, alguns afirmam que um cristão jamais cometerá suicídio. No entanto, não existe nenhum versículo ou passagem bíblica que possa ser usado para categoricamente afirmar essa posição. Alguns, sabendo disso, defendem sua posição indicando que na Bíblia não há nenhum suicídio cometido pelos crentes, enquanto aparecem vários casos de personagens não crentes que acabaram com suas vidas. Com relação a essa observação, gostaria de dizer que usar isso para estabelecer que um cristão não pode cometer suicido não é uma conclusão sábia, porque estamos fazendo uso de um argumento de silêncio, que na lógica é o mais débil de todos. Há várias coisas não mencionadas na Bíblia (centenas ou talvez milhares) e se fizermos uso de argumentos de silêncio, estamos correndo o risco de estabelecer possíveis verdades nunca reveladas na Bíblia. Exemplo: não aparece um só relato de Jesus rindo; a partir disso eu poderia concluir que Jesus nunca riu ou não tinha capacidade para rir. Seria esse um argumento sólido? Obviamente não.
Gostaríamos de enfatizar que, se alguém que vive uma vida consistente com a fé cristã comete suicídio, teríamos que nos perguntar antes de ir mais além, se realmente essa pessoa evidenciava frutos de salvação, ou se sua vida era mais uma religiosidade do que qualquer outra coisa. Eu acho que, provavelmente, esse seria o caso da maioria dos suicídios dos chamados cristãos.
Apesar disso, cremos que, como Jó, Moisés, Elias e Jeremias, os cristãos podem se deprimir tanto a ponto de quererem morrer. E se esse cristão não tem um chamado e um caráter tão forte como o desses homens, pensamos que pode ir além do mero desejo e acabar tirando a própria vida. Nesse caso, o que Deus permitir acontecer pode representar parte da disciplina de Deus, por esse cristão não ter feito uso dos meios da graça dentro do corpo de Cristo, proporcionados por Deus para a ajuda de seus filhos.
Muitos acreditam, como já mencionamos, que esse pecado cometido no último momento não proveu oportunidade para o arrependimento, e é isso o que termina roubando-lhe a salvação ao suicidar-se. Eu quero que o leitor faça uma pausa nesse momento e questione o que aconteceria se ele morresse nesse exato momento, se ele pensa que morreria livre de pecado. A resposta para essa pergunta é evidente: Não! Ninguém morre sem pecado, porque não há nenhum instante em nossas vidas em que o ser humano está completamente livre do pecado. Em cada momento de nossa existência há pecados em nossas vidas dos quais não estamos nem sequer apercebidos, e outros que nem conhecemos, mas que nesse momento não temos nos dirigido ao Pai para buscar seu perdão, simplesmente porque o consideramos um pecado menos grave, ou porque estamos esperando pelo momento apropriado para ir orar e pedir tal perdão.
A realidade sobre isso é que, quando Cristo morreu na cruz, ele pagou por nossos pecados passados, presentes e futuros, como já dissemos. Portanto, o mesmo sacrifício que cobre os pecados que permanecerão conosco até o momento de nossa morte é o que cobrirá um pecado como o suicídio. A Palavra de Deus é clara em Romanos 8:38 e 39: “Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor”. Note que o texto diz que “nenhuma outra coisa criada”. Esta frase inclui o próprio crente. Notemos também que essa passagem fala que “nem as coisas do presente, nem do porvir”, fazendo referência às situações futuras que ainda não vivemos. Por outro lado, João 10:27-29 nos fala que ninguém pode nos arrebatar da mão de nosso Pai, e Filipenses 1:6 diz que “aquele que começou a boa obra em vós, há de completá-la até o dia de Cristo Jesus”. Concluindo:
·         Se estabelecemos que o cristão é capaz de cometer qualquer pecado, por que não conceber que potencialmente ele poderá cometer o pecado do suicídio?
·         Se estabelecemos que o sangue de Cristo é capaz de perdoar todo pecado, ele não cobriria esse outro pecado?
·         Se o sacrifício na cruz nos tornou perfeitos para sempre, como diz o autor de Hebreus (7:28, 10:14), não seria isso suficiente para afirmarmos que nenhum pecado rouba a nossa salvação?
·         Se até Moisés chegou a desejar que Deus lhe tirasse a vida, devido à pressão que o povo exerceu sobre ele, não poderia um paciente esquizofrênico ou na condição de depressão extrema, que não tenha a força de caráter de um Moisés, atentar contra a sua própria vida de maneira definitiva?
·         Se não somos Deus e não temos nenhuma maneira de medir a conversão interior do ser humano, poderíamos afirmar categoricamente que alguém que deu testemunho de cristão durante sua vida, ao cometer suicídio, realmente não era um cristão?
·         Baseados na história bíblica e na experiência do povo de Deus, poderíamos concluir que o suicídio entre crentes provavelmente é uma ocorrência extraordinariamente rara, devido à ação do Espírito Santo e aos meios de graça presentes no corpo de Cristo.
·         Pensamos que o suicídio é um pecado grave, porque atenta contra a vida humana. Mas já estabelecemos que um crente é capaz de eliminar a vida humana, como o fez Davi. Se eu posso fazer algo contra alguém, como não conceber que posso fazê-lo contra mim mesmo? Essa é a nossa posição.
Como você pode ver, não é tão fácil estabelecer uma posição categórica sobre o suicídio e a salvação. Tudo o que podemos fazer é raciocinar através de verdades teológicas claramente estabelecidas, a fim de chegar a uma provável conclusão sobre um fato não estabelecido de forma definitiva. Portanto, quanto mais coerentemente teológico for meu argumento, mais provável será a conclusão que eu chegar. Agostinho tinha razão ao dizer: “Naquilo que é essencial, unidade; naquilo que é duvidoso, liberdade; e em todas as coisas, caridade”. Minha recomendação é que você possa fazer um estudo exaustivo, outra vez ou pela primeira vez, acerca de tudo o que Deus disse sobre a salvação, que é muito mais importante que o suicídio, que é quase nada.

- Bo@noia entende o Artigo acima, como um outro olhar sobre um tema atual e relevante, no entanto, recomenda como o autor, o estudo sério da doutrina da salvação (soteriologia).

Fonte: http://www.ministeriofiel.com.br/artigos/detalhes/633/Ao_Cometer_Suicidio_o_Cristao_Perde_a_Salvacao
O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.

domingo, 19 de janeiro de 2014

Família militar perde muito com falso cálculo da inflação. Inflação real de 2013 ultrapassa os 15%, governo diz que foi 5.9%

Os militares das forças armadas, que segundo calculos das associações já acumulavam perdas maiores que 130%, em maio de 2013 receberam reposição de 9.2%. Contudo, desse valor já perderam cerca de 65%. Isso se levarmos em consideração o cálculo da inflação feito pelo governo federal, que alega que o índice foi de 5.9%. Pelas estimativas de economistas mais realistas a inflação real do ano de 2013 ultrapassou os 15%, só não percebe isso quem não usa o salário para alimentação da família e vive completamente às custas do governo, como alguns altos funcionários do executivo. Só a carne aqui no rio aumentou em um ano mais de 20%. A cesta básica como um todo também aumentou bastante. Em Salvador a alta de 2013, medida pelo próprio Dieese, ficou por volta de 16%. Como então o governo pode dizer que a inflação foi de 5.91%?
No seu cálculo mágico o governo leva em consideração o preço do salmão, dos celulares e até o preço das passagens aéreas. A alimentação, item mais importante para quem é assalariado, tem peso de apenas 23% no cálculo. Assim é mole, se a alimentação pesasse mais nessa conta certamente ultrapassaríamos facilmente os 15%. No Rio de Janeiro, em maio de 2013, quando os militares receberam o reajuste, o quilo da asa de frango estava em R$ 5,5 reais. Hoje, 14 de janeiro de 2014, a asa de frango custa R$ 9,50, isso significa uma alta de 80%, um absurdo! 
Desse jeito fica difícil. Como nossos soldados, cabos e sargentos, parcela mais sofrida dos quartes, vão aguentar mais dois anos com esse falso reajuste?

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

RELIGIÃO OU MAGIA? - Pastor Isaltino Gomes Coelho Filho

- Pastoral do boletim da Igreja Batista Central de Macapá, 24.3.13

Muita gente entre nós confunde religião e magia. Isto se deve a três fatores: a Bíblia vista como livro de receitas mágicas, o pastor visto como pajé, e o culto entendido como manipulação de forças espirituais. Os dois últimos são a base de cultos animistas e pagãos. Juntou-se-lhes a compreensão errada da Bíblia (primeiro item) e eis uma prática animista com tintura bíblica. Não se estuda a Bíblia para reger a vida por ela, mas para extrair práticas que legitimem a magia bíblica.
            Há muitas diferenças entre magia e religião. Pelo espaço e natureza desta pastoral, cito três:

(1) A magia busca manipular forças espirituais para benefício; a religião procura a vontade de Deus e o ajustar-se a ela; 
(2) A magia busca facilidade para viver; a religião busca maturidade para saber viver; 
(3) A magia busca resolver problemas pessoais, sem noção do outro; a religião se preocupa também com o próximo e o mundo. Na magia, a questão é: eu diante da força espiritual ou cósmica para resolver meu problema. Na religião, a questão é como ser usado por Deus como agente de transformação.

O evangelho não é magia. Alguns cultos não refletem sobre Deus, mas sobre como usá-lo. Ou são formatados para as pessoas se sentirem bem. Muitos cânticos seguem esta linha: criar uma sensação de bem estar, de relaxamento espiritual, em vez de proclamar as grandes verdades da Bíblia. A música evangélica não apenas expressa sentimentos, mas também proclama a grandeza de Deus, seu amor, sua salvação. Mas eis visão de magia: o culto é para nos sentirmos bem, não para estarmos diante do Totalmente Outro, do Transcendente, do Santo, e nos submetermos a dele.
A experiência de Isaías foi fantástica. Entre a fumaça viu Alguém no trono. Ficou aterrado (Is 6.5). Arrebatado em espírito, João teve uma visão do Cristo glorificado. Resultado: “Quando o vi, caí aos seus pés como morto” (Ap 1.17). O verdadeiro culto produz temor, reverência, consagração e serviço. Como Isaías: “E eu respondi: Eis-me aqui. Envia-me!” (Is 6.8). Há muita adoração e louvor hoje! Multiplicam-se cultos e reuniões evangélicas! Mas há escassez de santidade e de serviço. As pessoas vão aos cultos, sentem-se bem, fazem uma catarse, mas não são transformadas! Os líderes evangélicos não têm reputação de santos no Brasil, mas de espertalhões.
Magia ou religião? Liberação emocional ou adoração? O Deus verdadeiro, manifestado em Jesus, ou a estética do culto? Foi o Ruah (Espírito) de Deus quem falou ou a psiquê (a interioridade) que se manifestou? Magia aliena e produz uma vida vazia e artificial. A verdadeira religião, o evangelho de Jesus, produz segurança, equilíbrio, maturidade, realização. É dizer “achamos o Messias” (Jo 1.41).
Você busca magia ou religião?
Fonte:IsaltinoGomesCoelho Filho
 http://www.isaltino.com.br/2013/03/religiao-ou-magia/

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

O TEMPO E AS JABUTICABAS

- Bo@noia - Estou em um tempo de vida onde as avaliações se fazem sempre necessárias, assim encontrei esse texto do Rubem Alves, que diz muito a meu respeito, e que gostaria de ter escrito; portanto, compartilho com vocês...

"Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquela menina que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ela chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte. Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos. Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não quero que me convidem para eventos de um fim de semana com a proposta de abalar o milênio. Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de 'confrontação', onde 'tiramos fatos a limpo'. 
Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral. Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: 'as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'. 

Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa... Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja tão somente andar ao lado do que é justo. Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo. O essencial faz a vida valer a pena."


Rubem Alves é escritor - Nasceu no dia 15 de Setembro de 1933, em Boa Esperança - Sul de Minas Gerais, naquele tempo chamada de Dores da Boa Esperança.
www.rubemalves.com.br

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

AS RESPONSABILIDADES DOS PRESBÍTEROS - G. I. Williamson - Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto

1. Em textos como Atos 20.28, 1 Pedro 5.1-3 e Hebreus 13.17, fica claro que os presbíteros são:
(a) pastores do rebanho de Deus. Eles devem cuidar, guiar e alimentar o povo de Deus com a verdade de sua Palavra, assim como bons pastores de ovelhas cuidam para que elas tenham pastos verdejantes e água adequada. Eles são:

(b) vigias que são responsáveis pela alma dos homens, sendo obrigados a dar conta de sua supervisão. Eles também devem ser:

(c) exemplo para o povo Deus, jamais agindo como dominadores (1Pe 5.1ss). Entre as várias atribuições que encontramos mencionadas na Escritura, destacamos as seguintes: os presbíteros devem visitar os enfermos (Tiago 5.14); garantir que tudo na igreja seja feito com decência e ordem (1Co 14.37-40); lutar contra a falsa doutrina (Atos 20.28-30); evitar disputas infrutíferas sobre meras palavras (2Tm 2,14); exortar o povo (Tito 1.4); e juntamente com os presbíteros de outras igrejas devem resolver as disputas que surgem em sua congregação sobre a base da autoridade suprema da Bíblia (Atos 15).

2. É claro a partir dessa breve investigação, e de outros textos similares, que o presbítero é primariamente responsável por manter uma supervisão dos membros particulares da igreja local. A passagem de 1 Pedro 5.2-3 sugere que todo presbítero na era apostólica recebia uma esfera específica de dever e autoridade. (Um bairro com várias famílias era designado à responsabilidade particular de determinado presbítero?) Ele também tinha que se preocupar com o bem-estar da congregação como um todo. A vida corporativa da igreja estava sendo mantida fiel às Escrituras? O Evangelho verdadeiro estava sendo fielmente pregado, os sacramentos corretamente administrados e a disciplina eclesiástica fielmente mantida? A doutrina, adoração e governo da igreja estavam sendo mantidos de uma forma bíblica? Sem dúvida, é evidente quão artificial seria imaginar que os presbíteros tinham apenas uma função real [de rei]!

3. Para realizar essa tarefa importantíssima, é óbvio que o presbítero regente de hoje precisa estar bem arraigado nas Escrituras. Ele precisa de uma boa compreensão do que chamamos “teologia bíblica”, o entendimento do processo de autorrevelação de Deus na história, como apresentado na Escritura. Como ele pode proteger o rebanho das más interpretações atomistas das seitas de hoje, se ele não sabe como interpretar um texto particular da Bíblia à luz desse desdobramento da revelação de Deus? Novamente, ele precisará ter uma boa noção de “teologia sistemática”.
Numa seção anterior, o autor tentou demonstrar que “tanto presbíteros como diáconos incorporam a autoridade delegada de Cristo. A medida desse dom difere, mas há um aspecto ou elemento profético, sacerdotal e real na obra dos presbíteros e dos diáconos”.

[N. do T.]   Dificuldades que surgem na vida dos crentes são devido a uma carência do entendimento da verdade de Deus como um sistema coerente. O resultado é que eles carecem da habilidade para distinguir coisas que são diferentes. Como os presbíteros podem ajudar a aliviar essa fraqueza, se eles mesmos carecem de discernimento? Aqui vemos a importância prática de pelo menos um entendimento modesto da história da Igreja. A maioria dos nossos problemas modernos é pouco mais que versões recauchutadas de heresias e movimentos contra os quais a Igreja já lutou no passado. E, sem dúvida, os presbíteros precisam entender os princípios de governo eclesiástico. Observamos essas coisas, primeiro, porque não queremos que algum leitor pense que minimizamos a educação. É essencial que todos os presbíteros da igreja sejam bem versados nesses assuntos. Mas tendo dito isso com ênfase, é igualmente importante observar que a maioria das qualificações para o ofício de presbítero não possuem caráter acadêmico. Aqui está, em nossa opinião, a fraqueza básica em nosso atual sistema de treinamento de presbíteros docentes. Não é autoevidente que o apóstolo, ao apresentar as várias exigências para o ofício na igreja primitiva, esperava que as pessoas escolhessem dentre eles (Atos 6.3) homens que satisfizessem aquelas exigências? Não é igualmente autoevidente que as pessoas poderiam fazer isso somente se tivessem um relacionamento relativamente de longo prazo com os homens que estavam avaliando? É justamente aqui que vemos um sério problema hoje. O sistema atual de treinamento via Seminário não fornece essa exposição contínua daqueles que desejam ser presbíteros docentes aos membros da congregação. As congregações geralmente chamam homens de quem têm pouco ou nenhum conhecimento íntimo. Isso nem sempre foi assim. Antigamente no Presbiterianismo Americano, os pastores eram com frequência treinados por pastores enquanto viviam com a congregação. Cremos que é tempo de buscar restaurar essa dimensão. Talvez a invenção providencial de meios de comunicação por meio dos quais a instrução pode ser ministrada à distância nos ajudará a preencher essa lacuna. O povo de Deus deveria conhecer os homens que chama. Deveria conhecê-los bem o suficiente para determinar o seu voto com base em todas as qualificações listadas pelo apóstolo, e não apenas aquelas que são acadêmicas.

Fonte: Trecho do excelente artigo A Look at the Biblical Offices, de G. I. Williamson, que apareceu na revista Ordained Servant vol. 1, no. 2 (Abril 1992). - http://www.monergismo.com/wp-content/uploads/responsabilidade-presbitero-williamson.pdf


segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Pastores, parem de pregar!!!

- Deixem ser usados pelo Espírito, e o que Deus falar através de você incendiará o mundo.
Há algum tempo conversei com um homem que havia se convertido há um ano. Ele me disse que havia decidido parar de frequentar a igreja. Surpreso com a decisão dele, indaguei o motivo, e ele me disse: "É simples, existe uma diferença incrível entre a mensagem que ouço aos domingos e a Bíblia que leio diariamente. A Bíblia me transforma dia após dia, mas o que eles pregam na igreja parece estranho."
Jack Deere conta que numa pequena cidade, onde não havia um bar, alguém começou a construir uma taverna, não dando atenção a um pastor da cidade que pregava contra a ideia. O pastor e alguns cristãos reuniram-se para uma vigília com o objetivo de pedir a providência de Deus quanto ao caso. Naquela mesma noite, um raio atingiu a taverna em construção, destruindo-a completamente. O dono do prédio deu início a um processo judicial contra o pastor e a igreja, alegando que os crentes eram os responsáveis pelo que acontecera. O pastor e a igreja contrataram um advogado que negou que eles tivessem alguma coisa a ver com o ocorrido. Quando chegou o dia do julgamento, o juiz afirmou: "Uma coisa ficou muito clara neste caso, não importa qual seja seu desfecho. O dono da taverna acredita no poder da Bíblia e da oração, o pastor e os crentes, não."
Estas duas histórias são reais e chocantes. No entanto, elas refletem a realidade de um grande número de pastores da atualidade. Todas as semanas perto de um milhão de sermões são pregados em cerca de trezentas mil igrejas evangélicas no Brasil. Calculo que uma pessoa que frequente uma igreja por 15 anos, apenas um culto por domingo, já ouviu cerca de 780 sermões. Imagine o poder transformador de tanta pregação, por tanto tempo, na vida de milhões de pessoas. Entretanto, por que um avivamento não acontece? Por que os evangélicos não aniquilam a corrupção em lugar de serem aniquilados por ela?
É impossível deixar de fazer uma comparação. Por que Jonas, Pedro, Paulo, Spurgeon e Moody pregaram com mais dificuldade do que nós e causaram efeitos "devastadores"? Por que não vemos quase nada parecido a isto hoje?
Talvez a resposta esteja num "pedido" aos pastores: Parem de pregar!

1) Parem de pregar sermões onde não há alegria e são pregados por causa da obrigação com o emprego e porque estão sendo pagos pela igreja;
2) Parem de pregar sem antes estudar a Bíblia para aplicar em suas próprias vidas;
3) Parem de pregar sem antes dedicar dez a quinze horas de oração e mergulho no texto bíblico sobre o qual falarão;
4) Parem de pregar sermões prontos do seu bispo ou apóstolo, sem coração, paixão ou emoção;
5) Parem de pregar sermões copiados da internet, sem vida e sem experiência pessoal;
6) Parem de pregar suas ideias pessoais, justificadas com alguns versículos bíblicos;
7) Parem de pregar regras para as pessoas viverem, que vocês nunca viveram. E a lista poderia ir embora...
Preguem a Palavra, poderosa, penetrante, transformadora e verdadeira.
Deixo um desafio que recebi há cerca de 30 anos, quando estudei pregação expositiva com um homem chamado Karl Lachler. Depois que ele nos explicou o poder da pregação da Bíblia – primeiro para a minha vida e depois como uma ferramenta que o Espírito Santo usa para alcançar outros –, a única coisa que consegui fazer naquele dia foi: me quebrantar, chorar, orar, chegar a minha casa e jogar fora todos os sermões que tinha, pedir perdão a Deus e começar tudo de novo. Nunca mais um sermão foi igual.
O apelo naquele dia foi: Parem de pregar na sua própria força ou sabedoria, mas deixem-se usar pelo Espírito, e o que Deus falar através de você incendiará o mundo. Talvez seja hora de parar de pregar do jeito que você está pregando e experimentar algo novo.

Pastores, parem de pregar - Josué Campanhã é escritor, palestrante, consultor e pregador