"O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons." - Martin Luther King

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Um doce para quem adivinhar do que os sucos de caixinha são feitos. Dica: quase não tem fruta lá

Por RITA LISAUSKAS - 23 Dezembro 2014 - http://vida-estilo.estadao.com.br/blogs/ser-mae/nao-se-deixe-enganar-pela-farsa-dos-sucos-de-caixinha/
FruitaEu sempre achei que na caixinha de suco de fruta encontrávamos… fruta. Não era ingênua, sabia havia açúcar, mas achei que na caixa do suco de uva tinha uva e na de maracujá tinha maracujá e por aí vai.  E mesmo dando prioridade as frutas que viram suco no “juicer” que tenho em casa, sempre comprava umas duas caixas para aqueles momentos em que não tinha tempo para descascar, picar a fruta e principalmente lavar o eletrodoméstico (são várias pecinhas pequenas e pentelhas que precisam ser higienizadas com muito cuidado). Achava que minha escolha estava correta. Quando meu filho começou ir à escola e fazer lancheiras diárias entrou para minha lista de tarefas, continuei priorizando os sucos de fruta naturais. Comprei uma garrafinha térmica e fazia uns suquinhos legais para ele levar à escola. Evitava apenas o de laranja que, mesmo conservado, fica com um gosto ruim depois de algum tempo. Tudo ia bem até o dia em que recebemos um telefonema da escola para nos contar que Samuca tinha derrubado a garrafinha no chão. Com a queda, a parte interna se quebrou em vários pedacinhos espelhados que se misturaram ao suco. E o meu filho bebeu. A escola agiu rápido: examinou e lavou a boca e a língua do meu filho, telefonou para o pediatra e até para o fabricante da garrafinha. Estava tudo bem com ele, mas a partir desse momento a jarrinha térmica deixou de ser uma opção para mim.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Alteração da meta fiscal coroa um período de escândalos

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Escritório de advocacia dos EUA entra com processo contra a Petrobras

Ação coletiva, em nome de quem comprou papeis da empresa em Wall Street entre maio de 2010 e novembro de 2014, alega que a empresa enganou o público. O escritório de advocacia Wolf Popper LLP entrou com um processo contra a Petrobras, em Nova York, nos Estados Unidos. A ação coletiva representa diversas pessoas que compraram papéis ADS da estatal entre 20 de maio de 2010 e 21 de novembro de 2014. A alegação é de que a empresa emitiu declarações enganosas e maquiou os fatos. A Petrobras é acusada de não revelar a ‘cultura de corrupção’ presente na empresa desde 2006 que, segundo os advogados, consiste em um esquema bilionário de pagamento de propina e lavagem de dinheiro. A ação aponta ainda que a estatal exagerou nos valores das propriedades e equipamentos, pois contabilizou como ativos no balanço patrimonial quantidades exageradas de dinheiro pago em contratos. Estes montantes foram superfaturados porque a empresa inflou os valores dos contratos de construção. Após uma série de revelações, as ações ADS da Petrobras caíram de 19 dólares e 38 cents para dez dólares e 50 cents, o que representa uma queda de 46% por ação. Entre os acontecimentos estão as prisão de membros da diretoria da Petrobras e o fato da empresa ter admitido que pode ajustar as demonstrações financeiras históricas para reconhecer o superfaturamento em contratos de construção. 
Fonte: http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/carlos-alberto-sardenberg/2014/12/08/ESCRITORIO-DE-ADVOCACIA-DOS-EUA-ENTRA-COM-PROCESSO-CONTRA-A-PETROBRAS.htm#ixzz3LLVriwGh

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

QUATRO LONGOS ANOS CUSTARÃO A PASSAR

Por CARLOS CHAGAS
A mais nova irritação da presidente Dilma, despejada sobre seus principais auxiliares palacianos, refere-se ao vazamento de informações sobre a nova equipe econômica. Ela não gostou de ler o óbvio nos jornais, que Joaquim Levy seria o novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, no Planejamento, e Alexandre Tombini permanecendo no Banco Central. Depois de reunir-se com os três, separadamente, em mais de uma oportunidade, queria o quê? Não se fala dos servidores do cafezinho, aliás, requentado, que frequentam seu gabinete, mas dos novos ministros, como também dos que serão substituídos ou remanejados. Claro que todos comentaram as escolhas, mesmo não tendo recebido da chefona a comunicação oficial. Não integrariam o primeiro escalão da equipe governamental caso carecessem de percepção acurada. Como em especial os que não vão ficar. Eles deixariam de ser mortais se não acusassem ressentimento. Acresce os novos ministros: um brilho excepcional nos olhos, sorrisos exagerados, confidências às secretárias ou simples comportamento extemporâneo – tudo são sinais inequívocos de novidades. Nem se fala do trabalho dos jornalistas credenciados no Planalto ou encarregados da cobertura econômica. E mais a torcida do Flamengo, junto com o empresariado, atentos às mudanças programadas.
Esse episódio corriqueiro leva-nos a passar do particular para o geral. O que chama a atenção é o permanente estado de irritação da chefe do governo. Aliás, permanente desde seus tempos no ministério das Minas e Energia, depois na Casa Civil e na presidência da República. Ela está muito mais para Ernesto Geisel do que para Fernando Henrique ou o próprio Lula. O general explodia até quando perdia o jogo de biriba, o sociólogo respirava dez vezes antes de encontrar uma forma de achar tudo normal e o líder sindical conseguia superar percalços virando um copinho ou outro do precioso líquido escocês.
Dilma, não. Leva para o palácio da Alvorada frustrações e ressentimentos, esmaecidos apenas quando visitada pelo netinho. Como regra, porém, explode diante de ajudantes-de-ordem, garçons, auxiliares de toda espécie e principalmente ministros, cobrando justa ou injustamente falhas e omissões. Ou deveres de casa diligentemente feitos.
Dilma aguentará assim mais quatro anos? Ou, invertendo-se a equação, aguentará assim sua equipe, renovada ou não? Impossível evitar o contágio. De uns anos para cá o país ficou irritadiço. Intolerante por conta do sistema em cascata. Não tendo em quem desabafar, o cidadão comum chuta o cachorro. Quando recebe um “bom-dia”, indaga do interlocutor o porque, já que está chovendo ou fazendo calor…
Necessitaria o país de um refrigério. Vem aí o Natal, depois o Carnaval. Em paralelo, a crise econômica, a roubalheira na Petrobras, a inflação e mesmo os rescaldos do sete e um com a Alemanha. O diabo é saber que quatro longos anos custarão a passar.


quarta-feira, 19 de novembro de 2014

PeTralhadas sem fim

·                     GLEISI ROGA A SENADORES NÃO SER CONVOCADA À CPMI
Ministra da Casa Civil do governo Dilma, Gleisi Hoffmann (PT-PR) tem procurado senadores de vários partidos, inclusive de oposição, para tentar impedir sua convocação na CPMI da Petrobras. O megadoleiro Alberto Youssef disse ter entregue R$ 1 milhão para sua campanha ao Senado, em 2010, e Paulo Roberto Costa, também preso na Operação Lava Jato, disse ter recebido pedido do ministro Paulo Bernardo (Comunicações), marido de Gleisi, para “ajudar na campanha” dela.
·                     DESGASTE
Quem viu Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann nos últimos dias afirma que o casal anda bem abatido, após as delações do Petrolão.
·                     FATOR DECISIVO
Desnorteada e dividida, a base aliada não pôde impedir a quebra de sigilo do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, na CPMI da Petrobras.
·                     CHUMBO TROCADO
Após a convocação de Sérgio Machado, indicado por Renan Calheiros à Transpetro, o PMDB deu o troco: votou pela convocação de Vaccari.
·                     ROUBÔMETRO
O Petrolão por enquanto só perde para a Copa, no campeonato de superfaturamento de obras: R$ 10 bilhões contra R$ 25,6 bilhões.


·                     ‘HOMEM DA MALA’ DA FRIBOI FOI PUPILO DE SEVERINO
Apelidado de “Homem da Mala da Friboi” na campanha, após atuar como office-boy do Grupo JBS, Ricardo Saud foi assessor e pupilo de Severino Cavalcanti (PP-PE), que exigiu “diretoria que fura poço” na Petrobras para apoiar o governo Lula. Saud continuou no ramo: dividiu apartamento em Brasília e carregava pasta de Eduardo da Fonte (PP-PE), deputado citado na delação premiada de Paulo Roberto Costa.
·                     PIADA AMBULANTE
O “deslumbramento” de Ricardo Saud entrou para o anedotário de Brasília e neutralizou em parte as generosas doações do JBS/Friboi.
·                     RECORDE MUNDIAL
Após torrar R$ 253 milhões nas eleições, o JBS/Friboi é o recordista mundial em doações – desinteressadas, claro… – para políticos.
·                     À BEIRA DE UM ATAQUE
Políticos ligados a Lula estão preocupados: a investigação do Petrolão o deixou mais preocupado (e nervoso) que nos tempos de mensalão.
·                     É A DEMOCRACIA, ABESTADOS
Dilma cuspiu fogo, reclamando que “ninguém controla” e nem sequer tem acesso à informações da Polícia Federal. Até o ministro da Justiça, chefe da PF, só soube da fase “juízo final” da Lava Jato como qualquer brasileiro: pela imprensa. Que essa turma também adoraria controlar.
·                     QUESTÃO DE ISONOMIA
Políticos do PMDB reclamam tratamento isonômico: o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, deveria fazer companhia a Fernando Baiano na cadeia. Um e outro eram contato dos partidos na quadrilha do Petrolão.
·                     RABO PRESO
A Procuradoria da República no DF intimou o comandante do Exército a explicar por que se recusa a confiscar honrarias militares concedidas a mensaleiros. O general Enzo Peri ainda se esconde de jornalistas, e o Ministério da Defesa informou que “não faz atendimento à imprensa”.
·                     GANHA PESO
A oposição está na torcida para que a CPMI da Petrobras sequer consiga votar o relatório este ano, o que só aumenta a necessidade de criar uma nova comissão de inquérito na próxima legislatura, em 2015.
·                     EMPILHANDO CONTRATOS
Amiga do prefeito de S. Bernardo (SP), Luiz Marinho (PT), a agência de propaganda Sotaque levou licitação de R$ 9 milhões do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. Agora é favorita na licitação de R$ 6,7 milhões na vizinha São Caetano, do aliado Paulo Pinheiro (PMDB).
·                     TROCO PETISTA
Logo após a quebra de sigilo bancário de João Vaccari, petistas escreveram requerimento à mão para incluir na pauta da CPMI a inútil convocação de José Gregori, tesoureiro do PSDB.
·                     SURPRESA
Candidato à Presidência da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tem garantido a deputados que não aparecerá entre os envolvidos no Petrolão: “Se eu tivesse o que temer, não estaria na disputa”, afirma.
·                     DECADÊNCIA
Um boné enviado da Irlanda para um leitor chegou ao Brasil em 72 horas, mas até hoje – 33 dias depois – os Correios não o entregaram no destino. Pior: nem se dão ao trabalho de fixar prazo.
·                     PENSANDO BEM…
…sem furar um único poço, a gangue do escândalo da Petrobras descobriu por que petróleo é chamado de “ouro negro”.


 Fonte: Diário do Poder - Cláudio Humberto - http://www.diariodopoder.com.br/coluna/