Por Rev. Marcelino - pastor da Igreja Presbiteriana de Cidade Nova, em Manaus, e
fundador da Conferência Encontros da Fé Reformada em sua região. Ele prega,
frequentemente, em conferências no Brasil, tendo participado da Conferência
Fiel em 2006.
Quem não se admira ao
considerar a vida do apóstolo Paulo, especialmente à luz da carta que ele
escreveu aos filipenses? Basta saber que quando a carta foi escrita, o apóstolo
estava encarcerado e sem ter certeza se iria ser absolvido ou decapitado. No
entanto, em nenhum outro lugar das Escrituras vemos tanto lirismo, alegria e
paz, como nos escritos enviados aos crentes de Filipo!
Qual foi o segredo
dessa vida em abundância? Como explicar que alguém, estando continuamente
acorrentado pelos pés a cada soldado que tirava o seu turno, pudesse dizer:
"em nada serei envergonhado; antes, com
toda a ousadia, como sempre, também agora, será Cristo engradecido no meu
corpo, quer pela vida, quer pela morte" 1?
Penso que a resposta
para o viver vitorioso de Paulo acima das circunstâncias pode ser encontrada no
final da carta aos filipenses quando ele afirmou num espírito de confiante
adoração:
"E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há
de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades. Ora, a nosso Deus
e Pai seja a glória pelos séculos dos séculos. Amém!" 2.
Então, consideremos as
maravilhosas palavras: E o meu Deus, segundo a sua
riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas
necessidades:
Há em tais palavras,
pelo menos, três grandiosas verdades:
1. O Majestoso Deus de
Paulo;
2. O Que o Deus
Majestoso Faz aos que Lhe Pertencem;
3. O Meio pelo qual o
Deus Majestoso Beneficia aos que são Seus.
Consideremos, agora, a
primeira verdade desse versículo 19, a saber: O
Majestoso e Gracioso Deus de Paulo à
luz da sua afirmação: "E o meu Deus".
Ora, essa é uma das
mais significativas confissões de toda a Bíblia! E todos quantos têm o
privilégio de afirmar, com toda convicção, com todo entendimento e com devoção:
"Tu és o meu Deus", são verdadeiramente
felizes! Afinal, tais pessoas têm um gracioso relacionamento pessoal com Deus,
como pode ser visto no Antigo e no Novo Testamento:
1.1. Quanto ao Antigo
testamento, consideremos alguns textos:
- Eis o que afirmou Jacó em (Gn
28: 21): "de maneira que eu volte em paz para a casa de
meu pai, então, o SENHOR será o meu Deus".
- Em Êxodo 15:2, temos a
contundente declaração de Moisés: "O SENHOR é a minha força e o meu cântico; ele me foi por salvação;
este é o meu Deus; portanto, eu o louvarei; ele é o Deus
de meu pai; por isso, o exaltarei".
- Assim falou Josué (Js 14: 8):
"Mas meus irmãos que subiram comigo
desesperaram o povo; eu, porém, perseverei em seguir o SENHOR, meu
Deus".
- Também Rute afirmou a Noemi
(Rt 1: 16): "Não me
instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te; porque, aonde quer
que fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo
é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus".
- E Davi expressou-se num
momento de aguda crise (Salmos 63: 1): "Ó Deus, tu és o meu Deus forte;
eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo te
almeja, como terra árida, exausta, sem água".
1.2. Quanto ao Novo
Testamento:
- Eis as palavras vindas da
Cruz (Mt 27: 46): "Por
volta da hora nona, clamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá
sabactâni? O que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me
desamparaste?".
- De novo Ele disse a Maria
quando esta estava 'à
entrada do túmulo' vazio (Jo 20:17): "Não me detenhas; porque ainda não subi para meu Pai, mas vai ter
com os meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu
Deus e vosso Deus".
- E mais, Ele afirmou acerca
dos que perseveram em fé nEle (Ap 3:12): "Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu
Deus, e daí jamais sairá; gravarei também sobre ele o nome do meu
Deus, o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que
desce do céu, vinda da parte do meu Deus, e o meu novo nome".
Prossigamos, então, a
considerar sete aspectos relacionados com o Deus de quem Paulo disse: "E o meu Deus...":
1. Em primeiro lugar, o Deus de Paulo é o Deus Trino! (Um em três pessoas).
Quanto a isto eis o
que diz o Catecismo de Westminster:
"Na unidade da
Divindade há três pessoas de uma mesma substância, poder e eternidade - Deus o
Pai, Deus o Filho e Deus o Espírito Santo. O Pai não é de ninguém - não é nem
gerado, nem procedente; o Filho é eternamente gerado do Pai; o Espírito Santo é
eternamente procedente do Pai e do Filho" 3.
Mas, vejamos a crença
de Paulo no Deus Trino conforme vista nessa carta:
- Quanto a crer em Deus o Pai e
Deus o Filho, não há qualquer dúvida, pois ambos são mencionados com toda
clareza:
- "graça e paz da parte de Deus, nosso pai, e do
Senhor Jesus Cristo";
- "e toda língua confesse que Jesus Cristo é
Senhor, para glória de Deus Pai";
- "Ora, a nosso Deus e Pai seja a glória pelos
séculos dos séculos" 4.
- Quanto a Deus o Espírito
Santo, as citações diretas são suficientes para demonstrar a crença de
Paulo:
- "e pela provisão do Espírito de Cristo";
- "Se há... alguma comunhão do Espírito";
- "Porque nós é que somos a circuncisão, nós que
adoramos a Deus no Espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não
confiamos na carne" 5.
O Deus de Paulo é,
pois, o Deus Trino, o incompreensível no sentido de não poder ser sondado e
explicável!
Que majestoso,
gracioso e Trino é o Deus de Paulo!
2. Em segundo lugar, o Deus de Paulo é o Santo!
É verdade que em
nenhum lugar da carta aos filipenses o apóstolo denominou diretamente a Deus
como sendo Santo! No entanto, o fez quando a endereçou "a todos os santos em Cristo Jesus" 6.
Ora, sabendo que Deus
é Santo, Paulo via aqueles que Deus chamou para Si como santos.
E isto porque ele conhecia, desde o Antigo Testamento, o eco do maravilhoso
princípio que diz: "Sede santos porque eu sou Santo"! Eis, pois, alguns textos extraídos do Livro da
Santidade, que é o de Levítico: "Eu sou o SENHOR, que vos faço
subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus; portanto, vós sereis
santos, porque eu sou santo" 7.
É por isso que Paulo
escreveu aos crentes que estavam em Corinto dizendo: "à igreja de Deus que está em Corinto, aos
santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em
todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, o Senhor deles e nosso" 8.
Assim, sendo o seu
Deus o Santo, o apóstolo instava aos seus irmãos filipenses para que, cheios de
temor e tremor, fizessem "tudo
sem murmurações nem contendas, para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros,
filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na
qual resplandeceis como luzeiros no mundo" 9.
Que majestoso,
gracioso e Santo é o Deus de Paulo!
3. Em terceiro lugar, o Deus de Paulo é o Único Suficiente
Salvador!
Paulo tinha toda
convicção que, do princípio ao fim, o Deus Trino estava envolvido na sua salvação.
Por isso, ao contemplar os frutos
de justiça na vida dos filipenses,
afirmou: Estou plenamente certo de que aquele que começou boa
obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus 10. Em outras palavras, ao Deus Trino pertence a
salvação desde a regeneração, passando pela santificação, até alcançar a
glorificação que ocorrerá no Dia de Cristo!
Dessa maneira, o
apóstolo Paulo estava convicto do envolvimento do Espírito de Jesus Cristo para salvá-lo 11. Estava seguro quanto ao Senhor Jesus salvá-lo definitiva e conclusivamente 12. E estava certo de que Deus, o Pai,
é o Autor da salvação; por isso buscava a graça e a paz aos santos, sabendo que tais virtudes vinham "da
parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus";
e que tudo era "para glória de Deus Pai" 13.
Ora, foi esse crente,
Paulo, que de modo mui comovente clamou aos filipenses para que o imitassem e
aos que andavam na mesma pisada da fé cristã, dando como razão a certeza da
futura salvação em e por Cristo Jesus, dizendo-lhes: "Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também
aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo
de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do
poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas" 14.
Que majestoso,
gracioso e suficiente Salvador é o Deus de Paulo!
4. Em quarto lugar, o Deus de Paulo é o Rei dos reis e Senhor
dos senhores!
Ainda que muitos
afirmem que Deus é o seu Deus, por suas atitudes, o negam! Não é verdade que
muitos religiosos fazem do seu deus um servo? Ora, quando, por exemplo, uma
pessoa estando enferma diz: 'eu não aceito tal doença', quem é que governa, ela
ou o seu deus?
Por outro lado, Paulo
aprendeu a sempre estar alegremente debaixo da vontade do seu Deus, em
quaisquer circunstâncias! Vejamos isso aqui em Filipenses!
- Já no início da carta, Paulo
afirmou ser "servo
de Cristo Jesus" (Fp 1: 1).
- Por isso, ele se considerava
um prisioneiro de Cristo Jesus e não do imperador (1: 12, 13).
- Também seus planos estavam em
completa submissão ao Seu Senhor
Jesus (Fp 2: 19-24).
- Além disso, ele se utilizou
da figura de um atleta para demonstrar sua total submissão ao propósito do
seu Técnico/Senhor, como o fazem os inteligentes desportistas (Fp 3:
12-14). Ora, qual é o atleta de sucesso que não atendeu às ordens do seu
técnico? Assim, também Paulo, por ver a caminhada cristã como uma corrida
em busca do "prêmio
da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus", seguia as regras
determinadas por Seu glorioso Técnico, a quem ele dizia ser: Cristo Jesus, meu Senhor!
Em outras palavras,
diante do exaltado Cristo Jesus, Paulo dobrava o seu joelho e buscava, com 'tremor e temor', fazer toda a Sua vontade, a ponto de dizer: "para mim o viver é Cristo"; "tudo posso naquele que me fortalece" e "espero no Senhor Jesus mandar-vos Timóteo" 15.
Assim, bem que
poderíamos sumariar a conduta de submissão de Paulo, como o fizeram os demais
apóstolos: "Antes, importa obedecer a Deus do que
aos homens" 16.
Que majestoso,
gracioso e Senhor dos senhores é o Deus de Paulo!
5. Em quinto lugar, o Deus de Paulo é o Deus Providente!
Paulo também aprendeu
a não ver o seu dia a dia como um infortúnio ou constituído de acasos! Para
ele, toda a sua existência, toda a sua vida neste mundo, estava sob os cuidados
do seu Deus! Era assim, porque Paulo cria ser seu Deus o Soberano que tudo faz
como Lhe apraz, para a realização dos Seus Propósitos justos e bons! Em outras
palavras, Paulo cria na Providência conforme definida e explicada pela
Confissão de Fé de Westminster, que diz:
I. Pela Sua muito sábia providência, segundo a Sua
infalível presciência e o livre e imutável conselho da Sua própria vontade,
Deus, o grande Criador de todas as coisas, para o louvor da glória da Sua
sabedoria, poder, justiça, bondade e misericórdia, sustenta, dirige, dispõe e
governa todas as Suas criaturas, todas as ações e todas as coisas, desde a
maior até a menor 17.
II. Posto que, em relação à presciência e ao decreto de
Deus, que é a causa primária, todas as coisas acontecem imutável e
infalivelmente, contudo, pela mesma providência, Deus ordena que elas sucedam
conforme a natureza das causas secundárias, necessárias, livre ou
contingentemente 18.
III. Na Sua providência ordinária, Deus emprega meios;
todavia, Ele é livre para operar sem eles, sobre eles ou contra eles, segundo o
Seu arbítrio 19.
Dessa maneira, estando Paulo preso, isto não o afetava no sentido de levá-lo à
murmuração ou ao descontentamento. Pelo contrário, ele usava a ocasião e
buscava consolar seus irmãos que estavam aflitos, dizendo-lhes: "Quero
ainda, irmãos, cientificar-vos de que as coisas que me aconteceram têm, antes,
contribuído para o progresso do evangelho" 20. Por isso, Paulo cria que até as piores enfermidades, tanto nele
como em seus irmãos em Cristo, eram dirigidas e ordenadas por Seu Deus e para o
bem deles 21! Semelhantemente, todo e qualquer sofrimento de Paulo e dos seus
irmãos eram considerados como um gracioso privilégio de sofrer por Cristo 22!
Ora, bem que podíamos
esperar que Paulo, estando em situações altamente críticas e quase
desesperadoras, dissesse como o crente Jó: "temos recebido o bem de Deus e não receberíamos
também o mal? 23".
Que majestoso,
gracioso e Providente é o Deus de Paulo!
6. Em sexto lugar, o Deus de Paulo é o Deus da Aliança Eterna
em Cristo Jesus!
A própria expressão:
"meu Deus" indica ser Deus o Deus da
Aliança (acordo, compromisso, pacto). Ou seja, "Ele é o Deus que se alia" 24. Ora, a mais enriquecedora dedução que se faz desse
ponto é o aspecto interpessoalenvolvido na própria declaração: "meu Deus"! Em outras palavras, aqui nos encontramos vendo
um homem que teve experiência pessoal com o Deus da Aliança - O Deus que se
dignou a aliar-se com homens e mulheres pecadores, para lhes ser o Seu Deus e
eles o Seu povo!
Vejamos isso em
algumas declarações das Escrituras:
- Gn 17: 8 - O Senhor Deus
disse a Abraão, o pai de todos os crentes: "Dar-te-ei e à tua descendência a terra das
tuas peregrinações, toda a terra de Canaã, em possessão perpétua, e
serei o seu Deus".
- Jr 31: 33 - "Porque esta é a aliança que firmarei com a
casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes
imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu
serei o seu Deus, e eles serão o meu povo".
- 2Co 6: 16-18 - "Que ligação há entre o santuário de Deus e os
ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele próprio
disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles
serão o meu povo. Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos,
diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei, serei
vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor
Todo-Poderoso".
- Hb 8: 10 - "Porque esta é a aliança que firmarei com a
casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: na sua mente
imprimirei as minhas leis, também sobre o seu coração as inscreverei; e eu
serei o seu Deus, e eles serão o meu povo"
Então, ao dizer "o meu Deus", o apóstolo está ressaltando o relacionamento pessoal entre ele e
seu Deus, o Deus Vivo, que é também o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus! Sim, o
Deus de Paulo é o Deus vivo, como bem enfatizou nosso Senhor Jesus, ao
responder aos incrédulos saduceus: "E,
quanto à ressurreição dos mortos, não tendes lido o que Deus vos declarou: Eu
sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó? Ele não é Deus de
mortos, e sim de vivos" 25.
E é esse Deus que se
alia de tal maneira com homens e mulheres, que Sua relação para com eles é de Pai celestial para com Seus filhos e
filhas, dos quais Ele cuida. E o faz muito
bem, como o apóstolo cria ao dizer: "E o meu Deus, segundo a sua
riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas
necessidades"!
Oh! A essa altura, bem
que poderíamos ouvir o próprio apóstolo Paulo bradar em alto e bom som: "Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é
por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou o seu próprio Filho,
antes, por todos nós o entregou, não nos dará graciosamente com ele todas as
coisas? 26".
Que majestoso,
gracioso e Deus da Aliança é o Deus de Paulo!
Afinal, Ele trata
muito bem os Seus filhos, com os quais fez aliança no sangue do Cordeiro,
providenciando tudo o que lhes é necessário para prepará-los para a glória
eterna!
7. Em sétimo lugar, o Deus de Paulo é o único que deve ser
Reverente e Alegremente Adorado!
Porventura, dá para
percebermos a reverência de Paulo contida em toda a carta aos filipenses 27? E o que dizer da sua confiança no seu Deus 28? E o que pensar da sua maravilhosa vida
de Alegria em Deus? Quanto à sua alegria
indizível e cheia de glória, vejamos dois
aspectos:
- Tal alegria era experimentada por ele mesmo! Ou seja, Paulo se alegrava
por causa do bem estar espiritual dos seus irmãos; também se alegrava
diante das perseguições; alegrava-se ao contemplar a comunhão dos irmãos;
e se alegrava grandemente no Senhor 29!
- Também vemos sua alegria pelo que fazia para que
os outros se alegrassem no Senhor 30! Em
outras palavras, ele se fazia cooperador da alegria dos que estavam sob os
seus cuidados 31.
Assim, essas três
coisas - reverência a Deus, confiança em Deus e alegria em Deus - podem ser
resumidas numa palavra: Amor total de Paulo a Deus, pelo que Este fez a Paulo e
aos seus irmãos! Ora, tal era o seu amor pelo Deus Trino que chegou ao ponto de
declarar confiantemente: "Dou
graças ao meu Deus" e, também no
texto que estamos considerando, disse: "e
o meu Deus".
Porventura, tal
experiência não é semelhante à dos santos do Antigo Testamento, mencionados no
início deste artigo? Recordemos, então, apenas as palavras de adoração de
Moisés, as quais são a expressão do que temos visto em Paulo:
"O SENHOR é a minha força e o meu cântico; ele me
foi por salvação; este é o meu Deus; portanto, eu o louvarei; ele é
o Deus de meu pai; por isso, o exaltarei" 32.
Quem, pois, conhecendo
este Majestoso e Gracioso Deus e, envolvido no Seu amor redentor em Cristo por
pecadores, deixará de expressar sua sincera adoração dizendo:
"Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como
do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão
inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou
quem foi o seu conselheiro? Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser
restituído? Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A
ele, pois, a glória eternamente. Amém!33"?
Que majestoso,
gracioso e Adorável é o Deus de Paulo!
Dessa maneira, vimos
que o Deus de Paulo é: 1) O Deus Trino; 2) O Deus Santo; 3) o Único Suficiente
Salvador; 4) O Rei dos reis e Senhor dos senhores; 5) o Deus Providente; 6) o
Deus da Aliança eterna; e, portanto, o único que deve ser Reverente e Alegremente
Adorado!
Esse Deus é o seu
Deus? Ou seu deus é daqueles que são comandados por seus 'adoradores'? O Deus
da Bíblia, que é o Deus de Paulo, é conhecido, confiável e reverente e
alegremente adorado por você? Vale ou não vale a pena confiar seu futuro no "meu Deus"? No Deus que nos chamou
em Cristo Jesus à Sua eterna glória 34?
Que segurança é ter o
conhecimento experimental desse Deus!
"E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há
de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades. Ora, a nosso Deus
e Pai seja a glória pelos séculos dos séculos. Amém!"
1 - Fp 1: 20.
2 - Fp 4: 19,
20.
3 - Ref.:
Mt. 3:16-17; 28-19; II Co. 13:14; Jo. 1:14, 18 e 15:26; Gl. 4:6.
4 - Ref.:
Fp 1: 2; Fp 2: 11; Fp 4: 20.
5 - Ref.:
Fp 1: 19; Fp 2: 1; Fp 3: 3.
6 - Fp 1: 1.
7 - Lv. 11: 45;
cf. Lv 19: 2; 20: 26; 21: 8.
8 - 1Co 1: 2.
9 - Fp 2: 14,
15.
10 - Fp 1: 5.
11 - Fp1: 19; 2:
13.
12 - Fp3: 20, 21.
13 - Fp 1: 2b; Fp
2: 11.
14 - Fp 3: 20,
21.
15 - Fp 2: 19.
16 - Atos 5: 29
17 - [Ref. Ne.
9:6; Sl. 145:14-16; Dn. 4:34-35; Sl. 135:6; Mt. 10:29-31; Pv. 15:3;
II Cr. 16:9; At.15:18; Ef. 1:11; Sl. 33:10-11; Ef. 3:10; Rm. 9:17; Gn.
45:5].
18 - [Ref.: Jr. 32: 19; At. 2: 13; Gn. 8: 22; Jr. 31: 35; Is.10: 6-7].
19 - [Ref. At. 27: 24, 31; Is. 55:10-11; Os.1:7; Rm. 4:20-21; Dn.3:27; Jo. 11:34-45; Rm. 1:4]
18 - [Ref.: Jr. 32: 19; At. 2: 13; Gn. 8: 22; Jr. 31: 35; Is.10: 6-7].
19 - [Ref. At. 27: 24, 31; Is. 55:10-11; Os.1:7; Rm. 4:20-21; Dn.3:27; Jo. 11:34-45; Rm. 1:4]
20 - Fp 1: 12.
21 - Fp 2: 26,
27.
22 - Fp 1: 29,
30.
23 - Jó 2: 10
24 - Lloyd Jones:
Comentário de Filipenses, pág. 281.
25 - Mt 22: 31,
32.
26 - Rm 8: 31,
32.
27 - Cf Fp 2:
5-14.
28 - Fp 4: 13;
18.
29 - Cf.: Fp 1:
3; 1: 18; 2: 2,16-18; 4: 10.
30 - Cf.: 2: 28,
29; 3: 1; 4: 1; 4: 4, 10.
31 - F.: Fp1:
24-26.
32 - Êx. 15:2.
33 - Rm 11: 33-36
34 - 1Pe 5: 10.
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