- Por Reinaldo Azevedo - Veja.com
- Para vândalos como esses, a sociedade organizada precisa acionar seus mecanismos, e responder à altura. (opinião do Bo@noia)
São militantes da
Via Campesina, um braço do MST e da CPT (Comissão Pastoral da Terra) invadindo
as instalações da usina Maravilha, na cidade de Goiana, a 70 quilômetros do
Recife (foto de Hans von
Manteuffel /O Globo). O pretexto
é a demora na desapropriação de terras para a reforma agrária. Eles também
reclamavam que o governo de Pernambuco foi hábil em doar terrenos da região
para a construção de uma unidade da Fiat — como se isso fosse um mal para a
população local —, mas lento para atender aos sem-terra e coisa e tal. Essa
ladainha, bovinamente veiculada pela imprensa, a gente já conhece. A empresa
invadida também estaria devendo uma dinheirama em dívidas trabalhistas. Ainda
que assim seja, é esse o método a que se deve recorrer? Cinicamente, a Via
Campesina usou a depredação como a sua forma de marcar o Dia Internacional da
Mulher. É a razão por que aquelas senhoras chegaram quebrando tudo, com
porretes e facões. O que vai acontecer com elas? Nada! No Brasil, “movimento
social” pode passar a mão no traseiro do guarda…
Anteontem, um grupo
de mulheres da mesma Via Campesina depredou e ocupou por algumas horas uma
fazenda que pertence aos filhos da senadora Kátia Abreu (PSD-TO). Destruíram
nada menos de 500 mil mudas de eucalipto. Por quê? Pelo prazer de destruir. A
turma de João Pedro Stedile é contra os eucaliptos… Vejam esta foto.
Ao lado, vocês veem
as mudas arrancadas. O prejuízo, segundo os administradores da fazenda, é da
ordem de R$ 500 mil. Uma certa Mariana Silva, coordenadora do MST em Tocantins,
explicou assim o vandalismo:
“A ruralista e senadora Kátia Abreu é símbolo do agronegócio e dos interesses da elite
agrária do Brasil, além de ser contra a reforma agrária e cometer crimes
ambientais em suas fazendas. Por isso estamos realizando esse ato político e
simbólico em sua propriedade. Nosso objetivo foi sabotar o
modelo de monocultura e mostrar a essa senadora que,
em vez de destruir o meio ambiente, o melhor caminho é diversificar a produção
de alimentos para o povo”.
Digam-me cá: ela
fala ou não fala como uma “mulher do povo”? Para o MST, uma plantação de
eucaliptos é “monocultura”. Ela admite o crime. Ela assume a “sabotagem”, tudo
em primeira pessoa. Kátia Abreu é “símbolo” do agronegócio? Ainda bem! Não
fosse ele, o país estaria no buraco. Mariana, muito sabida, pretende decidir,
como se vê, o que Kátia e sua família devem e não devem cultivar em suas
terras. Agora vejam isto:
Quer dizer que
Kátia mandou matar gente no Pará? Por quê? Ora, porque ela é uma “ruralista”.
Considerando que dona Mariana resolveu ser porta-voz do grupo e que a
senadora está impedida de acionar na Justiça o MST e a Via Campesina porque não
têm existência legal, só resta a Kátia processar por calúnia aquela
suposta “agricultora” que mal esconde o sotaque ideológico de suas
formulações. Os comandados do senhor João Pedro Stedile não
reconhecem a existência de propriedade, de leis e de honra alheia.
No governo do PT,
alguns grupos estão acima das regras do estado de direito. Têm licença para
ameaçar, invadir, depredar. O ministro que faz a interlocução com os ditos
“movimentos sociais” é Gilberto Carvalho, aquele que anunciou no ano passado:
“Em 2013, o bicho vai pegar!”. Um funcionário seu foi à reunião na embaixada
cubana que preparou os atos vis de hostilidade a Yoani Sánchez.
No fim das contas,
Carvalho é a fachada moderada e legalista da turma que faz o “bicho pegar” nas
cidades ou no campo.
Por Reinaldo Azevedo
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