"O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons." - Martin Luther King

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O “pluralismo eclesiástico” e o “troca-troca” de igrejas

Por Bo@noia
Existe nos dias de hoje, um fenômeno bastante interessante e ao mesmo tempo intrigante, que grassa principalmente no meio evangélico, que é o “troca-troca” de igrejas. Uma grande quantidade de pessoas trocam de igreja como se troca de roupa. É impressionante a facilidade com que isso acontece. O diagnóstico é relativamente simples: trata-se quase sempre de uma adesão ao fenômeno pós moderno do pluralismo eclesiástico representado por uma grande quantidade de igrejas que anunciam um evangelho ao gosto do freguês, ou seja um “euvangelho” que nada tem a ver com o genuíno Evangelho de Jesus – que confronta, que coloca a condição de servo como superior as outras, que disciplina em amor, que prega a submissão, a honestidade, a lealdade, o perdão, que valoriza a conversa pessoal apesar das diferenças. Assim é possível entender a grande quantidade de pregações temáticas que existem hoje na maioria das igrejas: para empresários, para endividados, para doentes do corpo e da alma, para os escravizados pelos vícios, para os atormentados pelos demônios e etc... Não me lembro de Jesus dizendo: “reúna hoje a multidão de doentes que vou falar só para eles..., ou, ...hoje vou falar só para os endemoniados... hoje só para os coletores de impostos...”. Não, o Evangelho era e é boas novas para todos, e a boa Palavra não voltava, não volta e não voltará vazia, pois é promessa do Deus da Bíblia; mas as pessoas teimam em terem seus “egos afagados”, assim acham normal procurarem líderes dispostos a fazerem isso; então procuram uma “nova igreja” que pregue um novo “euvangelho”, esquecem, no entanto, que o ensino de Paulo é: ...se alguém pregar um “novo evangelho”, ainda que seja um anjo, tomen-no como anátema – maldição...


Uma outra característica interessante, é que esses que trocam de igreja, costumam sair “atirando em todas as direções”, pois são incapazes de fazerem uma auto-crítica, e justificam sua saída com as mais ridículas desculpas, nas quais a culpa sempre é dos outros: “...o pastor é fraco, não é ungido ...o louvor não tem poder... os líderes são persseguidores... a liderança não dá valor ao trabalho da memblesia... os crentes são cheios de pecados... todos podam minhas iniciativas e etc...” - São sempre essas as desculpas, ou semelhantes a essas.
O triste da história, é saber que ao chegarem a uma nova igreja, bastam poucos meses para descobrirem que: “também essa igreja não é do jeito que eu esperava”, dizem, – lógico que não é, pois o problema não está na igreja e êles nunca encontrarão uma que os satisfaça, pois a cada igreja que chegarem estarão levando em seus corações o “vírus do euvangelho” que só será eliminado com as motivações corretas, provindas de atitudes cristocêntricas e não antropocênticricas, nas quais o “eu” sempre será diminuído em função do Cristo do verdadeiro evangelho.
Concluindo, em tempos de relacionamentos tão ralos e superficiais, ficar pousando aqui e ali quais “borboletas espirituais” parece ser a solução encontrada por muitos “crentes” nos nossos dias, mas ao evitarem relacionamentos mais íntimos e profundos, com os irmãos e com o próprio Cristo, não encontrarão o “Deus de Paz” que propicia “descanso para a alma”. Não percebem que a cada comunidade que chegarem, breve descobrirão nela “mil defeitos”, não que ela os tenham, mas porque eles chegaram trazendo consigo o “vírus do euvangelho”.
- Postado  por  Bo@noia

Compartilho aquí, algumas dicas oferecidas pelo Pastor Renato Vargens àqueles que querem trocar de igreja:

§     Ore.

§     Analise os seus reais motivos. O que será que está motivando a querer mudar de igreja?

§     Cuidado com as suas emoções. Não é porque você se aborreceu com alguém que deve mudar de igreja. Aborrecimentos acontecerão em qualquer Comunidade cristã.

§   Avalie doutrinariamente a igreja a qual você faz parte e a igreja que pretende ir. Lembre-se que igrejas saudáveis possuem um púlpito saudável.

§     A igreja a qual você faz parte faz parte possui um governo despótico ditadorial onde o pastor é o ungido do Senhor e não pode ser questionado em absolutamente nada?

§     De que forma a igreja a qual você faz parte faz parte lida com o dinheiro?

§  O que você espera de uma igreja? A pregação de todo Conselho de Deus, que lhe confronte ajudando-o a crescer como cristão, ou a ministração de mensagens temáticas que lhe satisfaçam os desejos de uma vida próspera, “alegre” e abençoada?

§     A igreja que você é membro prega “novas” revelações doutrinárias?

§     Se o motivo for razões doutrinárias, esses motivos são realmente importantes?

§     Você se sente tolhido e vítima de abuso espiritual?

§     Converse com seu pastor abertamente sobre o seu desejo e peça conselhos.

§     Ouça pessoas mais maduras e permita o benefício da dúvida.

§  Não seja precipitado. Lembre-se que a precipitação pode levá-lo a experimentar consequências desagradabilíssimas.
Pense nisso!

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