A oposição definiu
dezembro como prazo máximo para aprovar a admissibilidade do impeachment da
presidente Dilma, na Câmara. “Ou iniciamos uma nova coalizão neste ano ou
perderemos o tempo”, avalia Bruno Araújo (PSDB-PE). Os tucanos querem fazer do
impeachment o grande debate no Congresso, inclusive porque, para eles, somente
afastando a presidente, o Brasil terá chance de superar a crise.
Nova pesquisa de
avaliação do governo sairá na próxima semana. “Será o apoio popular que
faltava”, diz o Mendonça Filho (DEM-PE).
A oposição aguarda
a convenção nacional do PMDB, marcada para 15 novembro. A aposta é que o
partido romperá com o governo.
No PT, as
declarações de “golpe” de Dilma acenderam sinal de alerta. Um senador petista
diz que a crise voltou para o Palácio do Planalto.
Oposicionistas já
contabilizam 300 votos favoráveis ao impeachment na Câmara. O governo tem
números muito parecidos, e está em pânico.
O senador Roberto
Requião (PR), que integra a facção governista do PMDB, garante que votará
contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas prevê a saída dela do
governo, no máximo, até o mês de dezembro deste ano. A afirmação de Requião foi
testemunhada por vários convidados, durante o “beija-mão” pelo aniversário do
presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), quinta (16), na residência oficial.
Na conversa
informal com convidados à festa de aniversário de Renan Calheiros, Requião não
explicou como acha que Dilma deixará o cargo.
Dilma pode deixar
a presidência voluntariamente, por meio de renúncia, ou se for destituída pela
Justiça ou pelo Congresso Nacional.
A Andrade
Gutierrez, enrolada na roubalheria à Petrobras, nega que seus executivos tenham
feito acordos de delação e implicado tucanos.
Além do governador
Pezão e do ex Sergio Cabral, isentados pela PF, na cúpula do PMDB só os
senadores Eunício Oliveira (CE) e Eduardo Braga (AM), ministro de Minas, estão
livres de suspeitas na Lava Jato. A informação chegou a Dilma de fontes com
acesso às investigações.
Na CPI do BNDES,
Alexandre Baldy (PSDB-GO) vai pedir a quebra do sigilo bancário de Antonio
Palocci. Ele cobra explicação das atividades de consultorias e palestras que
renderam milhões ao ex-ministro.
Em razão do voto
desassombrado, na sessão de quarta (16) do Supremo Tribunal Federal, apontando
falcatruas da era PT, o ministro Gilmar ganhou um novo sobrenome, nas redes
sociais: MenDez.
Dilma se irritou
com o senador Humberto Costa (PT-PE), que não esconde seu cansaço com o cenário
político. Para Dilma, declarações nesse sentido passam impressão de que o
governo jogou a toalha.
O ministro Joaquim
Levy (Fazenda) não convenceu os parlamentares sobre o pacote fiscal do governo.
“Na prática, Dilma tenta usar a credibilidade do ministro no mercado”, retruca
Izalci (PSDB-DF).
Nenhum comentário:
Postar um comentário