"O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons." - Martin Luther King

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Ministro Joaquim, a expressão da nossa voz

Min. Joaquim Barbosa - STF

- Por Pedro Luiz Rodrigues
Uns e outros, umas e outras, tendo tido notícia dos vínculos da amizade - respeitosa e distante - que mantenho com o Ministro Joaquim Barbosa, hoje no exercício da Presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), pedem-me que não deixe de lhe transmitir, o quanto antes, e com a efusividade possível, o grau de admiração que por ele nutrem, por ter a coragem de dizer o que todos nós, cidadãos e contribuintes, temos entalados no pensamento ou na garganta, atônitos diante de tanta coisa errada e de tanto malfeito neste nosso querido Brasil. Pedem-me, também, certamente cheios de querer bem, para transmitir ao Ministro Joaquim o estímulo para que continue a se indignar e a dizer o que diz, com ênfase e clareza, quando diante de maquinações maléficas dos graúdos. Mas sugerem também ao Ministro que ao combater o mal, faça-o de maneira menos agressiva.  Segundo esses e essas,  o Ministro estaria acertando no conteúdo, mas extrapolando na forma. A esses amigos e amigos, recordo o ditado latino pelo qual se guiava o ex-Ministro da Economia, Marcílio Marques Moreira, com quem tive o prazer de trabalhar em Washington e em Brasília: “suaviter im modo, fortiter in re”, algo como “suave na forma, forte no conteúdo”. Mas acontece que o Ministro Marcílio é o Ministro Marcílio, e o Ministro Joaquim é o Ministro Joaquim.
Não quero gerar confusão com este parágrafo enorme que abre meu artigo de hoje. Simplesmente quero dizer que cada um tem sua história, e cada um se expressa conforme seu enredo. Meu estilo pessoal é mais parecido com o do Marcílio, tanto assim que em mais de uma ocasião tomei de empréstimo seu bordão latino. Mas compreendo perfeitamente o Ministro Joaquim. Se de vez  em quando ele extrapola e se expressa com bronca pura, é porque sabe que em alguns casos os recatos da diplomacia são insuficientes para manifestar a indignação. É preciso, vez por outra, chutar o pau da barraca. Não estarão as pessoas de bem, a vasta maioria dos quase duzentos milhões de brasileiros e brasileiras, prestando especial atenção ao Ministro em parte porque, diante do mal-feito, ele se manifesta como nós todos gostaríamos de nos manifestar? A quem não o conhece de perto, asseguro que o Ministro Joaquim Barbosa é uma pessoa ótima, normal como nós todos, mas, advirto, tem estopim curto. A dor nas costas, ajuda a acentuar esse traço do temperamento. Mas quando sente que de fato ultrapassou os limites, como ocorreu recentemente em relação ao um repórter do Estadão, ele se penitencia, pede desculpas.
Não é à toa que quando o Ministro Joaquim circula por Brasília ou por qualquer outro canto do Brasil, as pessoas se acotovelem para chegar perto dele, para trocar uma palavrinha. Outro dia foi tanto o entusiasmo e o bem-querer que os que o acompanhavam para uma Aula Magna na UnB chegaram a temer pela integridade física do nosso Presidente do STF. Mas qual o quê! Saiu-se muito bem, falou com muitos, fez um excelente discurso e foi muitíssimo ovacionado.
Queria fazer um comentário sobre sua recente entrevista no Canal Brasil. Não são só os  muitos milhões de brasileiros de ascendência africana que o admiram, são os muitos milhões de brasileiros, de todas as raças, credos e religiões, que se associam com modo direto do Ministro Joaquim  na  procura de um Brasil não apenas mais justo, mas mais sério e melhor.
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