"O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons." - Martin Luther King

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Teocentrismo ou Antropocentrismo?


Josafá Vascocelos é Pastor da Igreja Presbiteriana da Herança Reformada em Salvador; foi Presidente do Presbitério da Bahia; conferencista reformado no Brasil e exterior; foi membro da Comissão de Evangelização da Igreja Presbiteriana do Brasil. Autor e tradutor de diversos artigos publicados na revista Os Puritanos e dos livros: "Nada se Acrescentará" e "O Outdoor de Deus".

Quando A Igreja Se Torna Como O Mundo
Os puritanos viveram uma vida de luta sob a força da Palavra e para a glória de Deus. Estavam preocupados com a sã doutrina e a piedade; com vida de oração, de comunhão com Deus e santidade. O puritanismo foi um período curto, de cem anos, em que homens e mulheres viveram de maneira fiel à Palavra de Deus, o que levou alguém a dizer que nunca se viveu as doutrinas da graça em tal nível de espiritualidade e prática como os puritanos, desde o período apostólico.
Alguém poderia perguntar: por que nós hoje ainda falamos sobre eles e o que têm a ver conosco? Respondo dizendo que eles são nossa origem. Eu sou pastor presbiteriano e sei que o presbiterianismo nasceu do puritanismo. Um pastor presbiteriano subscreve a Confissão de Fé de Westminster como sua confissão oficial (Igreja Presbiteriana do Brasil). Este documento foi fruto daquela reunião na Abadia de Westminster, Inglaterra, de julho de 1643 a fevereiro 1648, onde renomados teólogos estiveram juntos numa assembléia que durou quase cinco anos, em oração, piedade e subjugados à Palavra de Deus, para redigir esta "fiel exposição das Escrituras". Foram santos que, debruçados sobre a Palavra, extraíram o que hoje temos como nossos Símbolos de Fé (Confissão de Fé, Catecismo Maior e Breve).
O "Projeto Os Puritanos", iniciado em 1991, visa trazer de volta as doutrinas da Palavra de Deus que foram esquecidas; busca reaver as antigas doutrinas da graça tão fortemente defendidas pelos puritanos e sucessores. Mais do que isso, o Projeto busca considerar uma ênfase na piedade, consagração e santidade. Os puritanos viveram um grande avivamento espiritual e nós sonhamos com isso para a nossa Igreja. Este é o grande objetivo do "Projeto Os Puritanos", que é ainda muito tímido, e de forma humilde semeia a verdade com oração, aqui e ali, instando com as pessoas para que voltem para o antigo Evangelho, as antigas doutrinas da graça.
O passado vagueei procurando um lugar onde "repousar" e com um desejo imenso de acertar, de ser uma bênção, até que Deus me fez conhecer os puritanos. Foi assim que encontrei um "porto seguro" e agora tenho desejado no meu coração, mais que tudo, ser como eles foram - cheios do Espírito Santo, cheios da verdade e fiéis ao Senhor. Não tenho receio de falar isso, pois foi o que mudou minha vida de forma radical. Na verdade, o que mudou minha vida e ministério foi o conhecer a Deus de forma mais profunda mediante Sua Palavra. Ela, sim, é o nosso referencial maior.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Revendo estereótipos sobre a população LGBT nos Estados Unidos


A famosa agência de pesquisas Gallup liberou recentemente (18/10/2012) os resultados de uma pesquisa feita nos Estados Unidos que dão uma visão diferente do que se pensava acerca da população LGTB naquele país.
A pesquisa está sendo considerada a mais ampla já feita sobre este assunto. Ela pode ser lida na íntegraaqui
A pergunta feita a mais de 121 mil indivíduos foi esta: “Você se identifica pessoalmente como lésbica, gay, bissexual ou transgênero?” Os resultados foram estes:
SIM – 3.4%
NÃO – 92.2%
NÃO RESPONDEU – 4.4%
A pesquisa ainda revelou que a maior porcentagem de LGTB’s está entre afro-americanos jovens e com escolaridade baixa.
Gary Gates, o demógrafo da Universidade da Califórnia que conduziu o estudo, ficou surpreso com os resultados. De acordo com ele, quem assiste televisão com frequência tem a impressão que a maioria dos LGTB é feita de ricos, brancos, com nível superior de estudo e que moram nas grandes metrópoles.
Outra surpresa foi para aqueles que sempre ouviram que a porcentagem de pessoas que se assumem como LGTB nos Estados Unidos era bem maior do que isto, beirando os 10%.
É interessante observar o poder da mídia e da propaganda para criar estereótipos e quadros que não correspondem à realidade.
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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Salões de beleza fazem pintura digital das unhas


Máquina imprime fotografia que cliente quiser nas unhas.
Existem mais de 2,5 mil desenhos disponíveis no mercado.

Salões de beleza estão usando a tecnologia para dar colorido às unhas. Uma máquina digital imprime a foto ou o desenho que a cliente quiser. 
O início do processo é o mesmo: lixar, tirar cutícula e pintar. Depois, aplica-se uma base especial e, por ultimo, é só colocar o dedo na impressora e esperar 45 segundos. 
Esta não foi feita pela máquina
imagem ilustrativa
Existem mais de 2,5 mil desenhos disponíveis no mercado. Quem quiser pode levar fotos pessoais. É só salvar em um pendrive que a máquina ajusta a imagem ao tamanho da unha da cliente. 
O cuidado com as unhas também segue a moda. Cores, comprimentos e formatos revelam estilo. Para o inverno tons vibrantes estão em alta. “Os tons quentes são o vermelho, uva, licor, ameixa emenda. Pode usar tons clarinhos? Pode, para as mulheres clássicas. Mas o inverno traz sensualidade”, explica uma consultora de imagem. Adereços como o strass e estilos indianos também estão em alta.

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Pastorado Feminino - É bíblico???

Explicação de temas teológicos dada pelo Rev. Augustus Nicodemus Lopes. Augustus Nicodemus Gomes Lopes é ministro presbiteriano, teólogo calvinista, professor e escritor natural da Paraíba. Desde 2003 atua como representante do Instituto Presbiteriano Mackenzie na Universidade Presbiteriana Mackenzie, exercendo a função de chanceler dessa instituição, cargo que visa manter a confessionalidade presbiteriana da Universidade. É formado em teologia pelo Seminário Presbiteriano do Norte, de Recife, mestre em Novo Testamento pela Universidade Reformada de Potchefstroom (África do Sul), doutor em Interpretação Bíblica pelo Seminário Teológico de Westminster (EUA), com estudos no Seminário Reformado de Kampen (Holanda). Foi professor e diretor do Seminário Presbiteriano do Norte (1985-1991), professor de exegese do Seminário José Manuel da Conceição (JMC) em São Paulo, professor de Novo Testamento do Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper (1995-2001), pastor da Primeira Igreja Presbiteriana do Recife (1989-1991) e pastor da Igreja Evangélica Suíça de São Paulo (1995-2001). Atualmente é pastor auxiliar da Igreja Presbiteriana de Santo Amaro, em São Paulo, SP.

sábado, 20 de outubro de 2012

HORÁRIO DE VERÃO...


Escolhidos Desde a Eternidade!


 John MacArhtur, autor de mais de 150 livros e conferencista internacional, é pastor da Grace Comunity Church, em Sum Valley, Califórnia, desde 1969; é presidente do Master’s College and Seminary e do ministério “Grace to You”; John e sua esposa Patrícia têm quatro filhos e quatorze netos. 

Introdução
Efésios 1.3-14 é um hino de adoração proveniente do coração do apóstolo Paulo. Não é um argumento teológico monótono, e sim o transbordar de sentimentos ardentes do coração agradecido do apóstolo. No grego, esta passagem constitui uma grande sentença. O Espírito de Deus inspirou o apóstolo Paulo a proferir esta profusa adoração ao Deus que o havia salvado.
a. A passagem 
“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado, no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça, que Deus derramou abundantemente sobre nós em toda a sabedoria e prudência, desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo, de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu como as da terra; nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade, a fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo; em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, até ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória.”

sábado, 13 de outubro de 2012

Pastor ungido? Quem é o ungido do Senhor???

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Transparência


Por MERVAL PEREIRA
O país acompanha pela televisão, ao vivo e a cores, o julgamento do mensalão, cujo nome oficial é Ação Penal 470, e é testemunha de que tudo se passa na mais perfeita ordem democrática do Estado de Direito. A pretexto de evitar a politização do julgamento, petistas ilustres, a começar pelo ex-presidente Lula, exerceram durante meses uma pressão nunca vista sobre o Supremo Tribunal Federal para que ele não se realizasse durante as eleições municipais. A preocupação era tamanha que Lula chegou a ameaçar o ministro Gilmar Mendes de denunciar, na CPI do Cachoeira, uma suposta relação do ministro com o bicheiro, o que foi prontamente repelido. Tornado público o episódio, ficou claro que não havia o que denunciar, e o tiro saiu pela culatra. Inevitável o julgamento, Lula passou a procurar outros ministros em busca de apoio à sua tese de que tudo não passou de uma farsa. Ao ministro Dias Toffoli foi dito, em público pelo atual Prefeito de São Bernardo Luiz Marinho, e em particular pelo próprio Lula, que ele não tinha o direito de se declarar impedido, mesmo tendo trabalhado sob as ordens do ex-ministro José Dirceu e ter assinado um documento, na posição de delegado do PT, afirmando que o mensalão ainda estava para ser provado. O ministro Ricardo Lewandowski recebeu Lula em casa em São Bernardo do Campo antes do julgamento. Essas pressões petistas foram as reveladas, uma pressão que, ao contrário, eles atribuem à “mídia conservadora” que estaria atuando para condenar “o governo popular”. Mas os mínimos detalhes foram observados para que não se dissesse que o julgamento tinha qualquer laivo de tendenciosidade. 

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Perguntas e Respostas 1 - Com o Rev. Augustus Nicodemus

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Depois da aula magna de Celso de Mello, o chefe da confraria dos fora-da-lei deveria calar-se o mais silenciosamente possível


– Direto ao Ponto por Augusto Nunes – Veja.com
O ministro Celso de Mello precisou de pouco mais de uma hora para enterrar em cova rasa sete anos de mentiras, bravatas, bazófias e invencionices produzidas pelo ex-presidente Lula desde que a descoberta do mensalão o animou a nomear-se Padroeiro dos Bandidos de Estimação. Na sessão desta segunda-feira, o decano do Supremo Tribunal Federal fez muito mais que restabelecer a verdade com um voto irretocável. Ao longo da aula magna de Justiça, sublinhada pela celebração da honradez, Celso de Mello lavou a alma do Brasil decente.
Comparem alguns momentos do besteirol interminável com lições do ministro. E contemplem o abismo que separa um Magistrado de um palanqueiro vulgar:
Lula: “O Supremo tinha de deixar o julgamento para depois da eleição. Acabou virando uma coisa política”.
Celso de Mello: “Estamos observando, neste julgamento, além do postulado da impessoalidade e do distanciamento crítico em relação a todas as partes envolvidas no processo, os parâmetros jurídicos que regem, em nosso sistema legal, qualquer procedimento de índole penal. O STF não está revendo formulações conceituais ou orientações jurisprudenciais, muito menos flexibilizando direitos e garantias fundamentais, o que seria absolutamente incompatível com as diretrizes que sempre representaram, e continuam a representar, vetores relevantes que orientam a atuação isenta desta Corte em qualquer processo, quaisquer que sejam os réus, qualquer que seja a natureza dos delitos”.
Lula: “O mensalão não existiu”.
Celso de Mello: “O Ministério Público expôs na peça acusatória eventos delituosos revestidos de extrema gravidade e imputou aos réus ora em julgamento ações moralmente inescrupulosas e penalmente ilícitas que culminaram, a partir de um projeto criminoso por eles concebido e executado, em verdadeiro assalto à Administração Pública, com graves e irreversíveis danos ao princípio ético-jurídico da probidade administrativa”.

sábado, 6 de outubro de 2012

Ética política e o dever público


Por - Rev. Ericson Martins
Considerando este período de eleições, esta reflexão pretende destacar a ética como princípio regulador dos candidatos à cargos públicos, bem como dos eleitores que por estes são representados pelo voto democrático.
O povo brasileiro, de certo modo, está acostumado com escândalos na política, escândalos estes causados pelo ferimento da ética, visto que por muitas vezes o “errado” se torna “certo”. Em razão disto, corrupções na política são corriqueiras e as pessoas já não confiam nos projetos e intenções daqueles que buscam representá-las nos fóruns da gestão pública. Grande parte destes que chegam ao poder, sentem-se acima da própria lei como se ela jamais pudesse julgá-los. Isto acontece porque a ética é identificada como étnica; ou seja, os princípios morais são negociados por determinados grupos, e não leis universais e supremas. Esta interpretação relativiza a moralidade, razão porque muitos políticos praticam a corrupção com a lúcida certeza que estão fazendo o que é “certo”, uma vez que é costume a determinados grupos ou partidos. Este conceito de ética política possui diversos conflitos se observada a Lei de Deus:
1. O costume não determina a ética... (Daniel 1:5-15). Porque grande parte dos políticos corrompe a límpida ética moral, não significa que os demais também devem corromper. Daniel estava em contexto de impurezas religiosas, porém decidiu não contaminar-se pelas comidas preparadas sem os princípios religiosos de Israel, pois teria que comer carnes declaradas imundas, possivelmente associadas com rituais pagãos. Ele, portanto, resolveu “firmemente” não contaminar-se. Para ele a ética não era conceituada pela etnia ou pelo costume de um determinado grupo. E sim, uma lei suprema às leis criadas pelas conveniências do poder público e interesses dos seus corruptores. A decisão “firme” e arriscada (v.10) de Daniel foi recompensada por Deus em virtude da ética suspensa pela vontade divina (v.9). O compromisso com a vontade de Deus era mais importante que qualquer aceitação pública ou privilégios do poder (vv.3-4).

Manual de instrução – Por Dora Kramer


Dora Kramer - O Estado de S.Paulo
Depois de anos de elogios ao cinismo, de celebração da baixa esperteza e do rebaixamento da ética à categoria das irrelevâncias, voltamos a falar de valores na dimensão do valor que de fato têm.
A impressão que dá é que ministros do Supremo Tribunal Federal estavam com o tema entalado na garganta, à espera do melhor momento para desabafar.
Assim, a cada dia, a cada sessão de julgamento do processo do mensalão, sucedem-se, em forma de votos, lições sobre a distinção entre o certo e o errado.
Uma questão aparentemente simples, cuja abordagem fica complicada em ambiente onde viceja com sucesso a cultura da transgressão.
O que seria normal tornou-se excepcional. A regra virou exceção. Quem reclama é mal intencionado ou desavisado sobre a impossibilidade de o Brasil andar nos trilhos da lei.
Na sessão de segunda-feira, o decano da Corte, Celso de Mello, deu uma aula magna sobre o direito de todo cidadão de contar com "administradores íntegros, parlamentares probos e juízes incorruptíveis".
Um voto em feitio manual de instrução contra a venalidade e a delinquência como modos de operação do poder público.
Pontuou com clareza meridiana o mal que a corrupção faz ao Estado de direito, resgatou o sentido do memorável discurso de Marco Aurélio Mello quando assumiu a presidência do Tribunal Superior Eleitoral em 2006.

Bem-dito...





















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