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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A prótese mais antiga conhecida, é um dedão de uma múmia egípcia

A revista científica britânica The Lancet, publicou hoje (l4/02), que especialistas encontraram um dedão artificial muito bem preservado, nos restos mumificados de uma mulher egípcia. A descoberta ocorreu no ano 2000 perto de Luxor, na necrópole de Tebas. A prótese, de madeira e couro, pertenceu a Tabaketenmut, a filha de um alto sacerdote que viveu entre 950 e 710 a.C..
A datação facilmente faria desta a mais antiga prótese conhecida, alguns séculos mais velha do que a perna de bronze e madeira descoberta em um cemitério perto de Cápua, Itália.

Jacqueline Finch, cientista da Universidade de Manchester, fez teste com dois voluntários portadores de deficiências diferentes daquela de Tabaketenmut, que pode ter perdido o dedão devido a uma gangrena provocada por diabetes.
Apenas a realização de testes em pacientes vivos poderia confirmar que a peça se tratava de uma prótese genuína, projetada não apenas como um ornamento para a vida após a morte, mas como um auxílio prático na locomoção.
Usando réplicas de sandálias como as que se usavam no Egito antigo, voluntários, dotados de dispositivos altamente sensíveis, caminharam por uma via especial, monitorada por câmeras movidas a bateria.
"Acredita-se que o dedão suporte cerca de 40% do peso do corpo e seja responsável pela propulsão para a frente", explicou Finch em comunicado.
"Determinar corretamente qualquer nível de funcionalidade exige a aplicação de técnicas de análise de locomoção", acrescentou.
Os resultados foram ótimos. Cada um dos voluntários testados disse que tanto uma prótese quando a outra foram "altamente eficientes" e ambos disseram que a prótese de madeira era especialmente confortável.
O dedão de Tabaketenmut era composto de duas peças de madeira moldadas, perfuradas com pequenos buracos para a passagem de tiras, unidas por um cordão de couro, demonstrando uma preocupação aguda com a anatomia.
"Quem quer que tenha feito estes dispositivos nos tempos antigos também teria discutido a adaptação e a sensibilidade em consultas com seus ′pacientes`", concluiu Finch.

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