Ministra da Casa
Civil do governo Dilma, Gleisi Hoffmann (PT-PR) tem procurado senadores de
vários partidos, inclusive de oposição, para tentar impedir sua convocação na
CPMI da Petrobras. O megadoleiro Alberto Youssef disse ter entregue R$ 1 milhão
para sua campanha ao Senado, em 2010, e Paulo Roberto Costa, também preso na
Operação Lava Jato, disse ter recebido pedido do ministro Paulo Bernardo
(Comunicações), marido de Gleisi, para “ajudar na campanha” dela.
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DESGASTE
Quem viu Paulo
Bernardo e Gleisi Hoffmann nos últimos dias afirma que o casal anda bem
abatido, após as delações do Petrolão.
Desnorteada e
dividida, a base aliada não pôde impedir a quebra de sigilo do tesoureiro do
PT, João Vaccari Neto, na CPMI da Petrobras.
Após a convocação
de Sérgio Machado, indicado por Renan Calheiros à Transpetro, o PMDB deu o
troco: votou pela convocação de Vaccari.
O Petrolão por
enquanto só perde para a Copa, no campeonato de superfaturamento de obras: R$
10 bilhões contra R$ 25,6 bilhões.
Apelidado de
“Homem da Mala da Friboi” na campanha, após atuar como office-boy do Grupo JBS,
Ricardo Saud foi assessor e pupilo de Severino Cavalcanti (PP-PE), que exigiu
“diretoria que fura poço” na Petrobras para apoiar o governo Lula. Saud
continuou no ramo: dividiu apartamento em Brasília e carregava pasta de Eduardo
da Fonte (PP-PE), deputado citado na delação premiada de Paulo Roberto Costa.
O “deslumbramento”
de Ricardo Saud entrou para o anedotário de Brasília e neutralizou em parte as
generosas doações do JBS/Friboi.
Após torrar R$ 253
milhões nas eleições, o JBS/Friboi é o recordista mundial em doações –
desinteressadas, claro… – para políticos.
Políticos ligados
a Lula estão preocupados: a investigação do Petrolão o deixou mais preocupado
(e nervoso) que nos tempos de mensalão.
Dilma cuspiu fogo,
reclamando que “ninguém controla” e nem sequer tem acesso à informações da
Polícia Federal. Até o ministro da Justiça, chefe da PF, só soube da fase
“juízo final” da Lava Jato como qualquer brasileiro: pela imprensa. Que essa
turma também adoraria controlar.
Políticos do PMDB
reclamam tratamento isonômico: o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, deveria
fazer companhia a Fernando Baiano na cadeia. Um e outro eram contato dos
partidos na quadrilha do Petrolão.
A Procuradoria da
República no DF intimou o comandante do Exército a explicar por que se recusa a
confiscar honrarias militares concedidas a mensaleiros. O general Enzo Peri ainda
se esconde de jornalistas, e o Ministério da Defesa informou que “não faz
atendimento à imprensa”.
A oposição está na
torcida para que a CPMI da Petrobras sequer consiga votar o relatório este ano,
o que só aumenta a necessidade de criar uma nova comissão de inquérito na próxima
legislatura, em 2015.
Amiga do prefeito
de S. Bernardo (SP), Luiz Marinho (PT), a agência de propaganda Sotaque levou
licitação de R$ 9 milhões do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. Agora é
favorita na licitação de R$ 6,7 milhões na vizinha São Caetano, do aliado Paulo
Pinheiro (PMDB).
Logo após a quebra
de sigilo bancário de João Vaccari, petistas escreveram requerimento à mão para
incluir na pauta da CPMI a inútil convocação de José Gregori, tesoureiro do
PSDB.
·
SURPRESA
Candidato à
Presidência da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tem garantido a deputados que
não aparecerá entre os envolvidos no Petrolão: “Se eu tivesse o que temer, não
estaria na disputa”, afirma.
Um boné enviado da
Irlanda para um leitor chegou ao Brasil em 72 horas, mas até hoje – 33 dias
depois – os Correios não o entregaram no destino. Pior: nem se dão ao trabalho
de fixar prazo.
…sem furar um
único poço, a gangue do escândalo da Petrobras descobriu por que petróleo é
chamado de “ouro negro”.
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