O ministro Antonio Patriota (Relações Exteriores) interrompeu só uma vez
sua atitude omissa e acovardada, durante os 452 dias de asilo do senador Roger
Pinto Molina. Ainda assim, para atormentar a vítima, em nome do
“bolivarianismo”. Ele foi a La Paz tornar o asilo do perseguido do regime de
Evo Morales uma “prisão política”, ordenando restrições a banho de sol,
proibindo visitas e segregando-o a cubículo sem janela.
Segundo diplomatas, a estratégia de Patriota, para bajular o regime de
Evo Morales, era vencer Molina pelo cansaço e fazê-lo se entregar.
A ordem cruel do gabinete de Patriota para tomar celular e computador de
Molina jamais foi confirmada por escrito, como exigiram diplomatas.
Além das visitas pessoais ao Itamaraty, o diplomata Eduardo Sabóia
enviou vários telegramas a Patriota pedindo a solução do caso Molina.
Como o pai, embaixador Gilberto Sabóia, o diplomata Eduardo Sabóia deixa
admiradores por onde passa. Washington foi seu posto anterior.
O chanceler Antonio Patriota não recusa chance de mostrar como a
política externa é feita à sua imagem e semelhança: cabisbaixa e submissa
diante da arrogância da Venezuela e das desfeitas da Argentina e do regime de
Evo Morales. Em março, por exemplo, Evo criou um pretexto para inviabilizar o
salvo-conduto ao senador Roger Molina, vetando na mesa de negociações o embaixador
do Brasil em La Paz, Marcel Biato. Em vez de prestigiar o colega diplomata,
Patriota cedeu ao cocaleiro.
O presidente da OAB-DF, Ibaneis Rocha, foi direto ao ponto: Patriota
deveria ser processado por omissão, no caso do senador asilado
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