Depois da operação de fiscalização, que fechou por dez dias a Galeria Pagé, tradicional centro de compras na região central de São Paulo, a prefeitura anunciou nesta terça-feira (19) sua abertura, mas pretende transformá-la em um outlet - conjunto de lojas que vendem produtos de grandes marcas direto de fábrica, ou seja, com preços mais acessíveis.
Ao R7, o secretário de segurança urbana de São Paulo, Edsom Ortega, afirmou que a ideia é dar fim à “história de lojas que vendam pirataria”.
- Os novos proprietários da galeria (que são donos de 80% do local) decidiram transformar a Pagé em um centro comercial moderno com grandes marcas nacionais e internacionais. Eles estão até cogitando deixar o local com lojas menores para se fazer essa reforma.
De acordo com Ortega, a ideia desse centro comercial surgiu a partir de uma reunião com proprietários do local nesta sexta-feira (18).
- Ainda não há um prazo para que a Pagé se torne um outlet na região central da cidade. Tudo vai depender das articulações com as marcas.
Segundo o secretário, a partir de agora, o condomínio terá poderes para fechar as lojas que funcionarem sem inscrições legais na Receita Federal e Fazenda Estadual.
- Nós autorizamos a partir desta terça-feira o funcionamento do prédio, mas com as lojas que estão regularizadas. Porém, a partir de agora, durante esse período de transição a fiscalização será de 24 horas. Um termo de responsabilidade para assegurar que o local não volte a ter pirataria, contrabando e sonegação será assinado nos próximos dias.
Depois de dez dias de fiscalização contra pirataria, sonegação fiscal e o contrabando, a Galeria Pagé foi reaberta nesta terça-feira (19), mas algumas lojas ainda continuam fechadas.
De acordo com a Secretaria Municipal de Segurança Urbana, foi apreendido aproximadamente um milhão de produtos, que foram embalados em 2.954 sacos e identificados por loja. Entre os itens, havia relógios, óculos, vestuários, tênis, brinquedos e eletrônicos.
Ainda segundo a secretaria, 54 pessoas foram presas e encaminhadas para a Polícia Civil e Federal, entre elas 16 estrangeiros, que podem ser deportados do Brasil.
Ao final da operação, 148 lojas tiveram produtos apreendidos e encaminhados aos depósitos do Deic, da Polícia Civil, da subprefeitura da Sé à Receita Federal ou depósito de marcas autorizadas judicialmente. Cerca de 220 lojas do Bloco A e seus responsáveis foram qualificados.
Desde o início da operação, atuaram 250 agentes da Vigilância Sanitária, Receitas Federal e Estadual, Polícias Federal, Civil e Militar, Guarda Civil Metropolitana, subprefeitura da Sé, além do Conselho Nacional de Combate à Pirataria. O Diretor de Inteligência do Ministério da Justiça/Senasp Marcelo Barros acompanhou os trabalhos da operação na Galeria Pagé no dia 9 de abril.
Fonte: R7
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