ECOANDO NO BRASIL HOJE - 23 DE FEVEREIRO DE 2016
Alvo de mandado da Operação Acarajé,
23ª fase da Lava Jato, o gerente executivo de Responsabilidade Social da
Petrobras, Armando Ramos Tripodi, foi um dos maiores doadores individuais da
campanha presidencial de Dilma. A PF levou Tripodi para depor sob vara (ou
condução coercitiva) sobre a reforma em seu apartamento. A suspeita é que foi
bancada por offshores ligadas à empresa Odebrecht.
Tripodi divide o pódio de “top
doadores” com figuras como Eraí Maggi, o rei da soja, e Antônio Carlos Brandão
Resende, sócio da Localiza.
Tripodi foi chefe de gabinete do
ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli e citado na delação de Paulo
Roberto Costa ex-diretor da BR.
A PF apreendeu na OAS, no fim do ano
passado, uma lista de presentes com a anotação “Armando Tripodi – Relógio –
R$10.619,00”.
Tripodi ainda deu dinheiro às
campanhas do governador da Bahia, Rui Costa (PT), e Robson Leite (PT-RJ),
candidato a deputado estadual.
O marqueteiro João Santana, cuja
prisão temporária foi decretada pelo juiz federal Sergio Moro, pode ter tomado
conhecimento previamente de sua prisão. A principal evidência, citada por
fontes próximas às investigações da Operação Lava Jato, é a iniciativa do
marqueteiro, sábado (20), oferecendo-se para prestar esclarecimentos alegando
que poderiam ser evitados “conclusões precipitadas” e “danos irreparáveis”.
João Santana se ofereceu para prestar
depoimento após o juiz negar-lhe acesso às investigações: foi o prelúdio para a
operação.
A prisão do marqueteiro do PT deve
afetar as chances do presidente dominicano Danilo Medina, cuja campanha de
reeleição vinha fazendo.
Durante todo o primeiro mandato da
presidente Dilma, João Santana foi considerado o 40º ministro. Mas era o único
“indemissível”.
Petistas candidatos na eleição deste
ano reclamam da insistência de Dilma em recriar a CPMF, o que só desgasta o
governo e o PT ainda mais. Na melhor hipótese, a CPMF só seria aprovada em
setembro.
Está uma correria na Câmara pela
divisão de cargos comissionados. Recém-criados, PMB e Rede reivindicam as
boquinhas, alegando o tamanho das bancadas. O PMB tem 19 deputados; o Rede, 5.
O PT e Delcídio do Amaral (PT-MS),
ex-líder do governo que foi preso tentando melar a Lava Jato, não estão se
entendendo sobre o mandato do senador e a presidência da Comissão de Assuntos
Econômicos.
Esta semana Dilma deve anunciar o
novo titular da Secretaria de Aviação Civil, que estava com Eliseu Padilha, que
deixou o cargo após a “carta-rompimento” do vice Michel Temer. Se nada mudar, a
Dilma deve chancelar o nome do deputado Mauro Lopes (PMDB-MG).
Fiel aliado de Eduardo Cunha, o
deputado Paulinho da Força (SD-SP) não perdeu a esperança em relação ao
processo de impeachment de Dilma. “Está mais vivo do que nunca”, garante.
O ex-presidente Lula se reuniu na
semana passada com senadores petistas. Aproveitou o encontro para descer a
borduna no ministro Nelson Barbosa (Fazenda) e na política econômica de Dilma.
... depois de Petrobras, Gabrielli,
Odebrecht, OAS e João Santana, até o acarajé, que só dá orgulho à Bahia, foi
parar nas páginas policiais.
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