“ "O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons." - Martin Luther King
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
Mídia internacional elenca 10 motivos para o impeachment de Dilma Rousseff
Um dos assuntos mais comentados nas
redes sociais (além da Petrobras) é a situação complicada da presidente Dilma
Rousseff (PT) diante do governo. Com isso, o jornal britânico Financial Times
decidiu listar nesta quarta-feira (25) 10 motivos pelos quais a petista poderia
não chegar ao fim de seu mandato.
O artigo, assinado pelo editor-adjunto
de mercado emergentes da publicação, Jonathan Wheatley, cita entre as razões a
perda de apoio no Congresso Nacional, principalmente com a recente vitória de
Eduardo Cunha.
Segundo o texto, até mesmo alguns
petistas se voltaram contra a presidente. “Alguns membros [do partido] a veem
como uma intrusa oportunista”, disse Wheatley. A maioria dos motivos
mencionados no texto são de teor econômico, sendo que apenas dois têm relação
indireta com a economia: a falta de água e possíveis apagões elétricos. Veja os
motivos:
1 – Perda de apoio no Congresso
“Para um presidente brasileiro ser
cassado, ele deve fazer algo flagrantemente errado. Mas muitos fazem isso e
sobrevivem”, começa o autor. Porém, para ele, o que realmente conta é a perda
de apoio no Congresso. Diante disso, ela começa a criar “inimigos” dentro de
casa, começando a ver petistas ficarem descontentes com ela. Até mesmo a
nomeação de Joaquim Levy para a Fazenda tem sido razão de raiva para
integrantes da esquerda.
2 – Escândalo da Petrobras
Diante de todos os escândalos
envolvendo a estatal, o pessimismo do mercado diante do governo só aumenta e
pressiona ainda mais a presidente. No fim, Wheatley destaca que, se em algum
momento o Congresso decidir fazer algo para um impeachment, “a Petrobras
forneceria o pecado flagrante”. “Dilma foi presidente do conselho de
administração, quando a maior parte da suposta corrupção aconteceu”, destaca.
3 – Queda na confiança do
consumidor
“Os consumidores estão extremamente
fartos, como mostrado por um levantamento mensal divulgado nesta quarta-feira
pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas” afirma o
texto mostrando o gráfico da FGV com a forte queda da confiança.
4- Aumento da inflação
“Vinte anos atrás, a inflação no Brasil
foi de cerca de 3.000% ao ano. Muitos brasileiros são jovens demais para
lembrar, mas outros não. Alguns temem agora que o governo abandone a meta de
inflação de 4,5% ao ano”, afirma o texto.
5 – Aumento do desemprego
O artigo lembra que muitos brasileiros
têm se preparado para perdoar o governo em relação a inflação e crescimento
lento porque sentiram seus próprios empregos estavam seguros. “Mas com a
economia deverá contrair-se 0,5% este ano [...] Estima-se que 26 mil empregos
líquidos foram perdidos em janeiro, normalmente um mês onde ocorre contratação
desse número. Isso representa um grande desafio para a popularidade de Dilma”,
afirma.
6 – Queda na confiança do investidor
Após a notícia de que o Tesouro tinha
vendido 10 milhões de contratos de dívida de curta duração com vencimento em
outubro deste ano, o texto destaca que este foi o maior leilão único de tal
dívida de curto prazo. Citando o Valor Econômico, Wheatley diz que o governo
está sendo forçado a vender cada vez mais títulos como esses rendendo diante da
preocupação dos investidores com a capacidade do governo para cumprir as metas
orçamentais.
7 – Déficit orçamentário
“No ano passado, o Brasil emitiu o seu
primeiro déficit orçamentário primário em mais de uma década, efetivamente
levando o país de volta para os dias sombrios antes de começar a implementar
pelo menos uma aparência de disciplina fiscal”, afirma o FT. “A administração
Rousseff parece desistir do fantasma do ano passado, com um déficit primário
equivalente a 0,63% do PIB e um déficit nominal, incluindo o pagamento da
dívida, equivalente a 6,7% do PIB”, completa
8 – Problemas econômicos no geral
“Que a economia está a implodir é quase
desnecessário dizer”, começa o autor. “Os investidores esperavam que a nomeação
do ‘Chicago boy’ Levy para o ministério das finanças iria mudar as coisas.
Muitos ainda se seguram nessa esperança. Mas a tarefa parece cada vez mais
difícil”, afirma. “Levy tem aparecido como uma figura solitária, o único
homem no governo segurando ‘a represa’. Rousseff nem sequer apareceu no anúncio
de sua nomeação. Ela estava lá na cerimônia formal [...] Mas uma pesquisa no
Google Imagens sugere que eles não têm sido vistos juntos em público desde
então”, completa o FT.
9 – Falta d’água
“A sensação de se aproximar de
apocalipse no Brasil é sublinhada por uma escassez de água que atinge a cidade
de São Paulo”, lembra o jornal britânico, que destaca a pequena recuperação do
Cantareira nas últimas semanas, mas que mesmo assim está longe de sair da
crise. “A causa não é a baixa precipitação apenas. Estima-se que um terço da
água do sistema é perdida pela Sabesp. Má gestão e falta de investimento também
são culpados”, afirma.
10 – Possíveis apagões elétricos
“A última vez que um governo foi derrubado
(embora nas urnas e não por impeachment) a principal causa foi o racionamento
de energia elétrica”, afirma o texto citando a derrota de Fernando Henrique
Cardoso para Lula em 2002, depois de um “verão de racionamento de energia
elétrica provocada por uma combinação de baixa pluviosidade, má gestão e falta
de investimento“. “A administração Rousseff pode evitar um destino semelhante.
Ou talvez não”, diz o FT.
“O que derrubou Collor não era o seu
envolvimento em casos de corrupção, mas a repulsa que as pessoas sentiam dele
e, especialmente, entre a maioria no Congresso. Rousseff deve ter muito cuidado
para não seguir o mesmo caminho”, completa o jornal.
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
A MULHER DE CESAR – Por Flávio Corrêa (Faveco)
Imagem Google |
Tudo
bem que a política seja a segunda profissão mais antiga do mundo e que tenha
muita semelhança com a primeira, segundo Ronald Reagan. Mas o atual Ministro da
Justiça e futuro Ministro do Supremo, José Eduardo Cardozo, que não é nenhum
analfabeto, deveria ter aprendido que à mulher de Cesar não basta ser honesta,
tem que parecer honesta. Esta frase, que surgiu após um escândalo em Roma, por
volta de 60 A.C, envolvendo o homem mais poderoso do mundo de então, sua mulher
Pompeia e um nobre pretendente, Clódio, vem sendo usada à exaustão para dizer
que em política, os governantes, além de serem honestos, precisam agir como
tal. Nosso Ministro parece que não aprendeu esta lição da história quando
recebeu, às escondidas e fora da agenda oficial, a visita de advogados de
empreiteiras envolvidas no Petrolão e quando deu de cara por acaso (vejam só,
por acaso!) na antessala do seu gabinete ministerial com o advogado Sérgio
Renault, que defende o Presidente da UTC, Ricardo Ribeiro Pessoa. O Renault,
que não é marca de carro mas que se locomove com facilidade nos meandros de
Brasília, tinha ido lá para se encontrar com o petista Sigmaringa Seixas para
irem almoçar juntos. Dá para acreditar?
A
verdade é que quanto mais Cardozo tenta se explicar mais ele complica a
situação. Não precisa ser doutor, mestre ou PhD para perceber que isso tudo é
conversa para boi dormir e que deve ter gato na tuba. Será que este episódio
faz parte de uma conspiração que pretende livrar empresários corruptos, já que
o Ministro da Justiça teria dito que a operação Lava Jato sofreria uma guinada
radical nos próximos dias, em favor dos empreiteiros?
Tá
na cara que estes famigerados cidadãos estão buscando cobertura política para
seus gigantescos atos de corrupção, e que têm muitos ases na manga do colete
capazes de cooptar para a sua causa personagens importantes como o “padinho”
Lula e seu sócio Paulo Okamoto. Este, sem nenhuma cerimônia, confirmou ter sido
procurado no Instituto Lula por várias empresas, e aproveitou para soltar uma
frase lapidar em entrevista concedida ao jornal O Estado de S. Paulo: “no
Brasil, infelizmente, todo o mundo corrompe um pouquinho. Nego atravessa pelo
acostamento, nego fala ao telefone celular, dá um dinheirinho aí para o
guarda"... Esta verdadeira bofetada nos cidadãos que são honestos e
decentes, que pretende dizer que corrupção faz parte da cultura brasileira e
que somos 200 milhões de marginais, é de causar indignação. Onde chegou a
desfaçatez de homens públicos como ele, Okamoto, que ocuparam cargos na
administração federal? É claro que Lula não sabe nada disso...
Infelizmente,
dá para cheirar pizza - e o cheiro é forte. Se o esquema no poder conseguir
livrar os empreiteiros da cadeia, fica pavimentada a estrada para livrar os
políticos, cuja relação de delinquentes nem sequer foi publicada ainda. Mas,
como diz a Bíblia, Deus ajuda quem cedo madruga, o que significa que é melhor
começar a trabalhar o quanto antes ou não haverá Papuda que aguente tanta
gente, apesar das celas vagas deixadas pelos mensaleiros, que estão todos na
rua, menos os que não são políticos.
Ainda
vai rolar muita água debaixo da ponte. Oxalá o juiz Sergio Moro resista aos
ataques da matilha de plantão e continue firme levando as investigações até o
fim. E que a justiça seja feita. Desta vez não haverá embargo infringente que
resolva porque agora a população está muito mais atenta do que esteve no
mensalão e não vai engolir mais esta sacanagem monumental que tanto envergonha
a Nação.
Dia
15 de março haverá manifestações em todo o país pelo impeachment da presidente
Dilma Rousseff, que apesar de ter sido reeleita há poucos meses parece estar em
fim de mandato. E cujo desgoverno nos levou para o buraco onde estamos. Mais do
que um protesto pessoal contra ela, o povo irá às ruas para enfatizar o seu
repúdio ao PT, partido em decomposição que vem avacalhando o país há 12 anos.
Apesar
dos black blocs, invenção maquiavélica feita para desestruturar os movimentos
de massa de gente do bem e afasta-las das ruas por medo de serem vítimas de
vandalismo, é de se esperar que milhões de brasileiros desfilem seu repúdio ao
“status quo” e exijam mudanças, que se não acontecerem sentenciarão o Brasil a
ser o único país do planeta onde as perspectivas são piores do que a realidade.
Apesar dos esforços do Ministro Joaquim Levy.
Faveco
(Flávio Corrêa), jornalista, publicitário, consultor, escritor e palestrante é
presidente da Brandmotion Consultoria de Fusões e Aquisições, da Fundação
Cultural Exército Brasileiro e do Conselho da ADVB. (blog: www.faveco.com.br)
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
Os Cânones de Dort - (Aula 3/10 e 4/10) - Franklin Ferreira
As aulas anteriores estão postadas aquí no Bo@noia...
Aula 3/10
Aula 4/10
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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015
TCU AVALIA SE DILMA ROUSSEFF RESPONDE POR PASADENA
- MINISTRO PROPÕE QUE TRIBUNAL AVALIE A
RESPONSABILIDADE DE EX-INTEGRANTES DO COLEGIADO DA PETROBRAS POR PREJUÍZOS
CAUSADOS POR COMPRA DE REFINARIA
Dilma
Rousseff era presidente do Conselho de Administração da Petrobras à época da
compra mal explicada de Pasadena, nos EUA.
Imagem Google |
O
Tribunal de Contas da União vai avaliar proposta de responsabilização da
presidente Dilma Rousseff e de outros ex-integrantes do Conselho de
Administração da Petrobrás no prejuízo de US$ 792 milhões pela compra da
refinaria de Pasadena (EUA), iniciada em 2006. O ministro André Luís de Carvalho
formalizou, em documento a ser distribuído aos demais colegas de corte,
proposta para que o papel do conselho seja julgado em plenário.
Os Cânones de Dort (Aula 1/10 e 2/10) - Franklin Ferreira
Aula 1/10
Aula 2/10
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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015
ÁLVARO PROPÕE O IMPEACHMENT DE DILMA
Por Carlos Chagas
Continuando a crise
como vai, entre aumento de impostos, desemprego, recessão, supressão de
direitos trabalhistas e cortes nos investimentos sociais, ousaria a presidente
Dilma apelar para uma espécie de união nacional para evitar o pior? Abriria mão
de sua arrogância para que se reunissem as diversas forças políticas,
partidárias, econômicas e sindicais na busca de uma saída para o impasse?
Melhor seria
perguntar como reagiriam os variados segmentos da sociedade para depois meditar
sobre a viabilidade da iniciativa. E a resposta quem primeiro avança é a
oposição, na palavra do senador Alvaro Dias, reeleito pelo PSDB do Paraná. Em
seu terceiro mandato, o ex-governador responde com um sonoro NÃO, acrescentando
que antes de se cogitar na união nacional deveria ser votado o impeachment da
presidente da República. É total, para ele, a ausência de condições e de clima
para um movimento de união, de tal envergadura, em torno do governo. Melhor que
antes esse governo seja deposto, claro que dentro do ritual democrático e
constitucional.
Alvaro Dias
identifica unanimidade no ninho dos tucanos a respeito da rejeição de qualquer
diálogo com os detentores do poder. E trabalha para apresentar o impeachment
como saída para a crise. Tem consciência de que, mesmo divididas, as forças
oficiais, no Congresso, atuariam para obstar a hipótese. Seria preciso aguardar
o climax, para ele inevitável, tendo em vista a incompetência do governo e do
PT para agir no rumo de uma saída. O importante, na quadra atual, é apontar os
desmandos verificados e a impossibilidade de solução. Não dá, em seu entender,
para aguardar quatro anos até que as eleições surjam como alternativa. O rolo
compressor da aliança PT-PMDB e penduricalhos só será implodido quando o
fracasso nacional alcançar o máximo nível. Pode ser este ano, pode ser no
próximo, mas aguardar 2018 será fatal para o país e as instituições.
O impeachment
parece algo inimaginável, mas, segundo o senador, dependerá de alguns fatores.
Por exemplo: das evidências do conhecimento e do envolvimento das principais
figuras do governo, a começar pelo Lula e por Dilma, nas lambanças da Petrobras
e outras entidades controladas por eles. Também o retrocesso imposto à economia
e às finanças pelos que deveriam controlá-las. Um inusitado qualquer, ou seja,
uma explosão popular, levaria de roldão as frágeis estruturas sustentadas pelos
inquilinos do palácio do Planalto.
Em suma, começa a
ser trilhado um caminho diferente, em condições de gerar o caos. Seu
desenvolvimento dependerá da capacidade de o governo e o PT impedirem que a
população se desespere. Pelo jeito, até agora, não está acontecendo.
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