“ "O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons." - Martin Luther King
sexta-feira, 31 de maio de 2013
quarta-feira, 29 de maio de 2013
A longa história da reencarnação
A reencarnação surgiu no norte da
Índia entre os anos 1.000 e 600 antes de Cristo, exatamente na época em que
Davi e seus descendentes governavam Israel até a queda de Jerusalém.
A primeira referência à idéia de
reencarnação tem no mínimo 2.600 anos. Aparece nas Upanichades, as escrituras
sagradas do hinduísmo, até hoje a maior religião da Índia.
Como o hinduísmo é o grande
progenitor das chamadas religiões orientais e de outras nascidas no Ocidente,
essas religiões se incumbiram de repassar por todo o mundo a teoria de que a
alma habita diversos e diferentes corpos através dos séculos e em vários
mundos.
No século 6 antes de Cristo, duas
novas religiões foram organizadas na Índia, ambas egressas do hinduísmo e ainda
existentes. A primeira é o jainismo, fundado pelo príncipe indiano Nataputa
Vardamana (cerca de 599 a 537 a.C.). A segunda é o budismo, fundado por
Siddharta Gautama, mais conhecido como o Buda (563-483 a.C.). A maior preocupação
de Vardamana e de Gautama, mais ou menos contemporâneos dos profetas bíblicos
Ageu, Zacarias e Malaquias, era como atravessar o “rio” que separa a samsara (o
ciclo interminável de renascimentos) do moksha (a soltura ou a libertação
final).
Neste mesmo século, o filósofo e
matemático grego Pitágoras, nascido por volta do ano 580 a.C., dizia que a alma
era imortal e, depois da morte do corpo, ela ocupava outro corpo, às vezes, de
um animal. Daí a palavra metempsicose, de origem grega, que significa
transmigração. O quanto se saiba, é a primeira vez que a teoria da reencarnação
foi mencionada no Ocidente.
No século seguinte (5), Platão, outro
filósofo grego, nascido lá pelo ano 427 a.C., ensinava que a alma nasce muitas
vezes, até mesmo durante 10 mil anos, e, depois, parte para a bem-aventurança
celestial.
Mais de 600 anos depois da morte de
Platão (347 a.C.), alguns monges começaram a pregar a restauração final de
todos os seres, até mesmo o diabo e seus anjos, por meio de um processo de
purificação, que incluía a reencarnação. Essa corrente teológica, conhecida
como origenismo, foi progressivamente refutada, condenada e eliminada na
primeira metade do sexto século.
Foram necessários mais de 1.600 anos
para a reencarnação receber dois de seus maiores impulsos modernos. O primeiro
se deu na França por meio de um médico de excelente formação acadêmica chamado
Hippolyte Léon Denizad Rivail (1804-1869), que adotou o nome de Allan Kardec,
de quem se dizia reencarnação. Com a publicação do primeiro de seus sete livros
(O Livro dos Espíritos), em abril de 1857, Kardec deu início a uma nova
religião, conhecida como espiritismo (mais preciso que o espiritualismo,
nascido um pouco antes nos Estados Unidos) ou kardecismo, que se desenvolveu
muito mais no Brasil do que na Europa. O segundo grande impulso nasceu nos
Estados Unidos 18 anos depois, em 1875, graças ao esforço conjunto da ucraniana
Helena Petrovna Blavatsky (1831-1891) e do americano Henry Steel Olcott
(1832-1907). Os dois fundaram em Nova York a Sociedade Teosófica, mais tarde
transferida para Adyar, na Índia. Em seu livro A Doutrina Secreta, Blavatsky
afirma que “a doutrina básica da filosofia esotérica não admite privilégios ou
dons especiais no homem, exceto os conquistados pelo seu ego, através do
esforço pessoal e mérito, mediante uma longa série de metempsicoses e
reencarnações”. Especialmente com Kardec, a doutrina da reencarnação passou a
ser difundida com grande ímpeto.
No final do século 19, aportou nos
Estados Unidos a primeira seita hindu, por instrumentalidade do eloqüente
professor indiano Swami Vivekananda (1863-1902). Depois de ter feito uma
calorosa conferência no Parlamento das Religiões Mundiais, realizado em
Chicago, Vivekananda fundou em Nova York, no ano de 1895, a Sociedade Vedana,
cuja ênfase naturalmente era a reencarnação.
Um século depois da “invasão” do
cristianismo no Oriente, começou a “invasão” das religiões orientais no
Ocidente. É curioso observar que o primeiro missionário protestante das missões
modernas, o inglês William Carey, chegou à Índia em 1793, com a idade de 32
anos. O professor indiano que fundou a Sociedade Vedana chegou aos Estados
Unidos exatamente 100 anos depois, em 1893, com a mesma idade de Carey (32
anos). Carey pregava o perdão de pecados mediante o sacrifício vicário de Jesus
Cristo e Vivekananda pregava o contrário: todo mal cometido será reparado com
expiações pessoais nesta e em novas e difíceis encarnações.
Além do hinduísmo (não se sabe quando
começou), do jainismo e do budismo (século sexto antes de Cristo), do
rosacrucianismo (século 14), do sikhismo (século 15), do espiritismo e do
teosofismo (século 19) — religiões que pregam a doutrina da pluralidade de
existências — o século 20 marcou o surgimento e a expansão de várias outras
religiões reencarnacionistas, que pretendem fechar o cerco contra as boas novas
(significado de evangelho) de que nos nasceu “o Salvador, que é Cristo, o
Senhor” (Lc 2.11).
Começou com o racionalismo cristão,
fundado aqui no Brasil em 1910, pelo português Luiz de Mattos (1860-1926), para
quem o perdão de pecados significa comodismo.
Depois vieram a antroposofia, uma
dissidência alemã da teosofia (1913); a conhecida Seicho-no-ie, fundada no
Japão em 1930 por Masaharu Taniguchi (1893-1985); a Igreja Messiânica Mundial,
fundada também no Japão em 1935 por Mokiti Okada (1882-1955); a brasileira
Legião da Boa Vontade, fundada no Rio de Janeiro em 1950, por Alziro Elias
David Abraão Zarur (1914-1979), que se dizia reencarnação de Allan Kardec; a
cientologia, fundada em Washington em 1955, por Lafayette Ron Hubbard
(1911-1986); a meditação transcendental, uma ramificação do hinduísmo, fundada
pelo indiano Maharish Mahesh Yogi, hoje com 90 anos, e trazida para a América
em 1958; a Igreja Internacional da Sabedoria Eterna, fundada pela ex-pastora
episcopal Beth R. Hand (1903-1977) em 1962 na Filadélfia; e o Hare Krishna
(Sociedade Internacional para Consciência de Krishna), levada para os Estados
Unidos em 1965 pelo indiano Blaktivedanta Swami Prabhupada (1896-1977).
Unindo e cobrindo essas religiões
todas e outros movimentos esotéricos que misturam cultos, crenças e
superstições, existe um guarda-chuva quase do tamanho da camada de ozônio. É a
propalada Nova Era (New Age), também chamada de Nova Consciência Cósmica. A
Nova Era não é mais uma seita, mas uma constelação delas, como avisa Hélio
Damante. Fazem parte desse conjunto a astrologia, a numerologia, o tarô e o I
Ching (técnica chinesa do século 12 antes de Cristo que promete revelar ao
homem modelos de comportamento reto e bem-sucedido), bem como as viagens
cósmicas, as viagens mentais ao passado e os contatos com extraterrestres. A
Nova Era começou a tomar forma na década de 1970. É uma espécie de meta-rede de
organizações autônomas, embora unidas. Compete abertamente com a herança
judaico-cristã. Na verdade, a Nova Era nada mais é do que velhas idéias
apresentadas com um vocabulário atualizado e mais sofisticado, como explica
Larry Nichols. Entre essas velhas idéias está, é claro, a doutrina
originalmente hindu da reencarnação.
O Brasil é o berço não só do
racionalismo cristão e da Legião da Boa Vontade, mas também do chamado Vale do
Amanhecer, fundado pela sergipana Neiva Chaves Zelaya (1925-1985), mais
conhecida como Tia Neiva, em 1957, perto de Brasília. Embora se declare ciência
pura, alegadamente recebida via mediunidade, o Vale do Amanhecer é, como quase
todas as religiões reencarnacionistas, uma mescla de cristianismo, espiritismo,
ufologia, esoterismo e ocultismo.
Dos cultos afro-brasileiros, a
umbanda é o que mais reflete a influência do espiritismo kardecista. Ela
acredita no carma e na reencarnação.
Os pesquisadores americanos George
Mather e Larry Nichols afirmam que as seitas Meninos de Deus e Templo do Povo,
fundadas respectivamente por Moisés David (1919-1995) e Jim Jones (1931-1978),
ambas nos Estados Unidos, adotam a doutrina da reencarnação. (Talvez isso tenha
facilitado o suicídio coletivo de 913 seguidores de Jim Jones, na Guiana, em
1978.)
O mais grave, porém, é que, além dos
espíritas assumidos, há milhões de brasileiros que se declaram católicos e
espíritas ao mesmo tempo, quando na teoria e na prática, isso é impossível
porque são doutrinas antagônicas. Tal aberração levou a 3ª Conferência Geral do
Episcopado Latino-Americano, reunida em Puebla de los Angeles, no México, de 28
de janeiro a 13 de fevereiro de 1979, a recomendar que se inclua nos catecismos
“um capítulo especial sobre espiritismo e o mandamento divino que proíbe as
superstições, a magia e a invocação dos mortos e dos espíritos”. Além disso, a
mesma conferência sugeriu que “nas paróquias particularmente infestadas pelo
espiritismo”, os sacerdotes “falem dele [do espiritismo] aos fiéis, com
caridade mas claramente, explicando a impossibilidade de continuar sendo
católicos aderindo-se ao espiritismo”.
Porque cada crente possui uma Bíblia,
é estimulado a lê-la e costuma freqüentar a Escola Dominical, onde se estuda a
Palavra de Deus, e os cultos, esse problema é bem menor entre os evangélicos.
Todavia, com o relaxamento doutrinário atual, com a preocupação demasiada em
quantidade de membros e não na qualidade, e com o anúncio de um evangelho fácil
sem porta estreita e com muitas promessas de bênçãos temporais e seculares — é
certo que os evangélicos vão enfrentar sérios problemas de doutrina e de
comportamento. Já há protestantes ditos espíritas. Um deles é Nehemias Marien,
ex-pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil.
A impiedade da reencarnação
A reencarnação é uma tremenda
maldade. Ela transfere a solução de um problema crucial para um futuro
longínquo e impreciso. A realização final depende de um número desconhecido de
renascimentos. Fala-se em “muitas vidas”, em “inúmeras reencarnações” e até em
“milhões de renascimentos”. A palavra milhão indica um número altíssimo e, além
disso, está no plural. Cada reencarnação traz novo sofrimento e mais uma
experiência dolorosa de doença e morte. Daí a palavra do próprio Buda: “Eu
passei pelo curso de muitos nascimentos procurando o construtor dessa morada e
não o encontrei; dor é renascer uma vez após outra”.1
Sofre-se sem saber precisamente o
porquê. Pagam-se os erros das encarnações anteriores sem saber quais foram.
A maldade da reencarnação está
contida nesta canção popular indiana:
“Quantos nascimentos já passaram, não
posso contar/ Quantos ainda estão para vir, nenhum homem pode dizer/ Mas sei
somente isto e o sei muito bem:/ Que a dor e a tristeza amargam todo o
caminho”.2
1 Citado
por John Bowker, em Para Entender as Religiões, p. 61 (Editora Ática, 1997).
2 Citado por Larry A. Nichols, em Dicionário de
Religiões, Crenças e Ocultismo, p. 186 (Editora Vida, 2000).
Fonte: Ultimato
Maio/Junho-2001
segunda-feira, 27 de maio de 2013
quarta-feira, 22 de maio de 2013
OSX, de Eike Batista, demite 170 funcionários do estaleiro Açu.
- Propaganda veiculada pela empresa - |
- Desligamentos alinham quadro a novo ritmo de implantação do estaleiro.
- Demissões se somam a outros 160 desligamentos desde março.
A OSX, empresa do grupo EBX, de Eike Batista, informou que no início da semana houve desligamento
de cerca de 170 funcionários alocados no projeto de construção do estaleiro em
construção no porto do Açu.
A empresa diz em nota, nesta quarta-feira (22), que "os ajustes
realizados no quadro de funcionários fazem parte de um processo de adequação da
equipe ao novo ritmo de implantação do estaleiro, conforme anunciado na última
sexta-feira (17/05), tendo em vista a atual carteira de encomendas da companhia
e o cenário do mercado no país".
A OSX aponta ainda que, com a redução da equipe de colaboradores do
estaleiro, "é natural que serviços de apoio e terceirizados também passem
por adequações".
As demisssões se somam a outras 160, ocorridas metade em março e metade em abril, de um quadro de cerca
de 600 trabalhadores.
Ritmo reduzido
Na semana passada, o presidente da OSX, Carlos Bellot,
afirmou que as obras do estaleiro da companhia como um todo têm ritmo reduzido
atualmente, aguardando a reformulação do plano de negócios, segundo o Valor
Online.
Segundo o executivo, 50% das obras previstas foram concluídas.
O estaleiro está em construção no porto do Açu, em São João da Barra,
região Norte do Estado do Rio de Janeiro.
sábado, 18 de maio de 2013
Regime militar, Dilma, Comissão da Verdade: Lobão diz o que os generais tem medo de dizer.
- "Tudo passa
na Lei Rouanet", diz Lobão. Em "Manifesto do Nada na Terra do
Nunca", o músico critica artistas estabelecidos que recorrem a incentivos
oficiais.
- No livro,
compositor diz que presidente Dilma foi terrorista e que o país se prepara para
sofrer golpe de Estado.
LOBÃO - músico |
Em uma hora e meia
de entrevista concedida em sua casa, em Pompeia, zona oeste de São Paulo, Lobão
ampliou os ataques de seu livro.
Entre diversos
assuntos, disse que o país se encaminha para um novo golpe de Estado, criticou
o passado da presidente Dilma Rousseff e a postura da líder brasileira na
Comissão da Verdade.
Sobre o meio
artístico, reclamou de nomes consagrados captarem recursos via Lei Rouanet, e
disse se orgulhar de ter recusado a autorização do Ministério da Cultura para
captar R$ 2 milhões. Procuradas pela Folha, as pessoas citadas por Lobão não se
pronunciaram até o fechamento desta edição.
Leia os principais
trechos da entrevista. (LUCAS NOBILE).
Presidente Dilma e
a Comissão da Verdade
Ela foi
terrorista. Ela sequestrou avião, ela pode ter matado. Como que ela pode criar
uma Comissão da Verdade e, como presidenta, não se colocar? Deveria ser a
primeira pessoa a ser averiguada. Você vai aniquilar a história do Brasil? Vai
contar uma coisa totalmente a favor com esse argumento nojento? Porque eles
mataram, esquartejaram pessoas vivas, deram coronhadas, cometeram crimes.
O estopim, a causa
da ditadura militar foram eles. Desde 1935, desde a coluna Prestes, começaram a
dar golpes de Estado. Em 1961, começaram a luta armada. Era bomba estourando,
eu estava lá. Minha mãe falava: você vai ser roubado da gente, o comunismo não
tem família.
Quase um milhão de
pessoas saíram às ruas pedindo para o Exército tomar o poder.
Acham que a junta
militar estava a fim de dominar o Brasil? Não vejo nenhum desses presidentes
militares milionário. E massacram os caras.
Regime militar
Não acredito em
vítima da ditadura, quero que eles se fodam. Eu fui perseguido, passei quatro
anos perseguido por agentes do Estado. Por que eu tinha um galho de maconha? Me
botaram por três meses na cadeia. Nem por isso eu pedi indenização ao Estado.
Devo ter sofrido muito mais do que 90% desses caras que dizem que foram
torturados.
PT
Esses que estão no
poder, Dilma, Emir Sader, Franklin Martins, Genoíno, estavam na luta armada.
Todos esses guerrilheiros estão no poder. Porra, alguma coisa está acontecendo!
Em 1991, só tinha um país socialista na América Latina, hoje são 18. São
neoditaduras pífias. A Argentina é uma caricatura, o Evo Morales, o Maduro. Vão
deixar o comunismo entrar aqui? É a mesma coisa que botar o nazismo. A América
do Sul está se tornando uma Cortina de Ferro tropical. Existe uma censura
poderosíssima perpetrada por uma militância de toupeiras. Quem está dando golpe
na democracia são eles, o PT está há dez anos no governo.
Golpe de Estado
Todo mundo fala da
ditadura, do golpe militar, isso nunca esteve tão vivo. Os militares estão cada
vez mais humilhados. As pessoas têm que entender que nenhum país civilizado
conseguiu ser um país com suas Forças Armadas no estado em que está a
brasileira. Eles fizeram a Força Nacional, uma milícia armada, uma polícia
política. Está tudo pronto para vir um golpe e as pessoas não estão vendo.
Ministério da
Cultura
Se você tirar o
Ministério da Cultura, o que não é sertanejo universitário morre. Eu recusei R$
2 milhões do Ministério da Cultura para fazer uma turnê. O ministério libera
tudo, e impressionam as temáticas: bandas mortas se ressuscitam para comemorar
um aniversário de vida que não tem!
O próprio Barão
Vermelho! Todos pediram grana [via lei de incentivo]: Barão, Paralamas.
O Gilberto Gil é o
rei, um dos que mais pedem [recurso via Lei Rouanet]!
O cara foi
ministro! Como é que as pessoas podem aturar isso? A Paula Lavigne é a rainha
[da Lei Rouanet].
Por que os
intelectuais brasileiros, diante de uma situação asquerosa como esta, ficam
calados?
Tropicália
Todos esses mitos
da Semana de 22 foram perpetuados por movimentos como o concretismo, o cinema
novo, a Tropicália.
Sempre tive muito
desinteresse pela Tropicália. Tom Zé, Jards Macalé e João Donato sempre foram
melhores do que os que estão aí hoje representando o movimento, tanto o da
bossa nova quanto o da Tropicália. João Donato dá de mil no João Gilberto
porque ele é um puta compositor e pianista. Mas nunca tem o mérito, é tudo o
pistolão, quem tem amigo, é da máfia. É conchavo o tempo todo. O Gilberto Gil,
a Preta Gil, é um absurdo. Ganhou um império atrás dos benefícios do pai.
RAP
Os Racionais são o
braço armado do governo, são os anseios dos intelectuais petistas, propaganda
de um comportamento seminal do PT. Não acredito em cara ressentido.
Emicida, Criolo,
todos têm essa postura, neguinho não olha, não te cumprimenta. Vai criar uma
cizânia que nunca teve, ódios [raciais] estão sendo recrudescidos de razões
históricas que nunca aconteceram aqui.
Estão importando
Black Panthers, Ku Klux Klan. Tem essa coisa de "branquinho, perdeu, vamos
tomar seu lugar". Como permitem esse discurso?
MANIFESTO DO NADA
NA TERRA DO NUNCA
AUTOR Lobão
EDITORA Editora
Nova Fronteira
R$ 39,90
(248 págs.)
Fonte: Folha Ilustrada/montedo.com
quinta-feira, 16 de maio de 2013
O Sofrimento e a Glória de Deus
Por R. C. Sproul
Certa
vez visitei uma mulher que estava morrendo de câncer uterino. Ela estava em
grande angústia, mas não apenas por seu incômodo físico. Ela me explicou que
ela havia feito um aborto quando moça e estava convencida de que sua doença era
uma direta consequência daquilo. Resumindo, ela acredita que o câncer era o
julgamento de Deus sobre ela.
A
resposta pastoral comum a tal questão agonizante de alguém em seu leito de
morte é dizer que a aflição não é um julgamento de Deus pelo pecado. Mas eu
tive de ser honesto, então eu disse a ela que não sabia. Talvez fosse
julgamento de Deus, mas talvez não fosse. Eu não posso sondar o conselho
secreto de Deus ou ler a mão invisível de sua providência, então eu não sabia o
motivo de seu sofrimento. Eu sabia, contudo, que qualquer que fosse a razão
para aquilo, havia uma resposta para a culpa dela. Nós falamos sobre a
misericórdia de Cristo e da cruz e ela morreu na fé.
A
pergunta que aquela mulher levantou é feita todos os dias por pessoas que estão
sofrendo aflições. Ela é abordada em uma das passagens mais difíceis do Novo
Testamento. Em João 9, nós lemos: "Caminhando Jesus, viu um homem cego de
nascença. E os seus discípulos perguntaram: 'Mestre, quem pecou, este ou seus
pais, para que nascesse cego?' Respondeu Jesus: 'Nem ele pecou, nem seus pais;
mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus'" (vv. 1-3).
Por
que os discípulos de Jesus supuseram que a causa raiz da cegueira daquele homem
era seu pecado ou o pecado de seus pais? Eles certamente tinham alguma base
para essa hipótese, pois as Escrituras, dos registros da queda em diante,
deixam claro que a razão pela qual o sofrimento, a doença e a morte existem
neste mundo é o pecado. Os discípulos estavam corretos de que de alguma maneira
o pecado estava envolvido na aflição daquele homem. Também, há exemplos na
Bíblia de Deus causando aflição por causa de pecados específicos. No Israel
antigo, Deus afligiu a irmã de Moisés, Miriã, com lepra porque ela questionou o
papel de Moisés como porta-voz de Deus (Números 12:1-10). Igualmente, Deus
tomou a vida do filho nascido a Bate-Seba como resultado do pecado de Davi (2
Samuel 12:14-18). A criança foi punida, não por causa de algo que a criança
fez, mas como resultado direto do julgamento de Deus sobre Davi.
Contudo,
os discípulos cometeram o erro de particularizar o relacionamento geral entre o
pecado e o sofrimento. Eles assumiram que havia uma correspondência direta
entre o pecado do homem cego e sua aflição. Eles não leram o livro de Jó, que
trata de um homem que era inocente, e ainda assim foi severamente afligido por
Deus? Os discípulos erraram em reduzir as opções a duas quando havia outra
alternativa. Eles fizeram sua pergunta a Jesus de uma maneira "ou isso, ou
aquilo", cometendo a falácia lógica do falso dilema, assumindo que o
pecado do homem ou o pecado dos pais do homem eram a causa de sua cegueira.
Os
discípulos também parecem ter assumido que qualquer um que tem uma aflição
sofre em direta proporção ao pecado que foi cometido. Novamente, o livro de Jó
risca essa conclusão, pois o grau de sofrimento que Jó foi chamado a suportar
era astronômico comparado com o sofrimento e aflições de outros muito mais
culpados do que ele era.
Nunca
devemos pular para a conclusão de que uma incidência específica de sofrimento é
uma resposta direta ou está em direta correspondência ao pecado específico de
uma pessoa. A história do homem que nasceu cego deixa isso claro.
Nosso
Senhor respondeu a pergunta dos discípulos corrigindo sua falsa suposição de
que a cegueira do homem era uma direta consequência do pecado dele mesmo ou de
seus pais. Ele lhes assegurou que o homem nasceu cego não porque Deus estava
punindo ao homem ou a seus pais. Havia outra razão. E por haver outra razão
neste caso, pode sempre haver outra razão para as aflições que Deus nos chama a
suportar.
Jesus
respondeu a seus discípulos dizendo: "Nem ele pecou, nem seus pais; mas
foi para que se manifestem nele as obras de Deus" (v. 3). O que ele quis
dizer? De uma maneira mais simples, Jesus disse que o homem nasceu cego para
que Jesus o pudesse curar no tempo designado, como testemunho do poder e da
divindade de Jesus. Nosso Senhor demonstrou sua identidade como o Salvador e o
Filho de Deus nessa cura.
Quando
sofremos, devemos confiar que Deus sabe o que está fazendo, e que ele trabalha
em e através da dor e das aflições de seu povo para sua própria glória e a
santificação de seu povo. É difícil suportar sofrimento prolongado, mas a
dificuldade é grandemente aliviada quando ouvimos nosso Senhor explicando o
mistério no caso do homem nascido cego, que Deus chamou para muitos anos de dor
para a glória de Jesus.
R.
C. Sproul nasceu em 1939, no estado da Pensilvânia. É ministro presbiteriano,
pastor da Igreja St. Andrews Chapel, na Florida; fundador e presidente do
ministério Ligonier, professor e palestrante em seminários e conferências;
autor de dezenas de livros, vários deles publicados em português; possui um
programa de rádio chamado: Renove sua Mente, o qual é transmitido para uma
grande audiência nos EUA e para mais de 60 outros países; Suas graduações
incluem passagem pelas seguintes universidades e centros de estudos teológicos:
Westminster College, Pennsylvania, Pittsburgh Theological Seminary,
Universidade livre de Amsterdã e Whitefield Theological Seminary. É casado com
Vesta Ann e o casal tem dois filhos, já adultos.
Fonte: www.editorafiel.com.br
domingo, 12 de maio de 2013
Para que serve uma Comissão de Meia Verdade?
Não se deve temer a verdade. É bíblico. “A Verdade vos libertará!”. Não
é assim?
Mas qual é a verdade dos homens? Sei quais não são. Do coronel Carlos
Alberto Brilhante Ustra jamais será. A argumentação do assassino demonstra que
continua acreditando na mentira.
Não foi ele quem impediu a implantação de um regime de extrema esquerda
no Brasil. Foi o povo nas ruas.
A derrubada de uma ditadura de extrema direita ensinou que toda e
qualquer quebra da legalidade deve ser execrada. Aprendemos que deveríamos
impedir que outra – de extrema-esquerda – fosse imposta ao Brasil.
A nós, nas ruas, não importava a cor do porco. O essencial era impedir a
continuidade da barbárie cometida em nome do Estado e com o uso do mesmo.
Sempre quisemos liberdade, dignidade e democracia.
De onde o famigerado Ustra tira a conclusão de que ele seria um
“defensor” de nossos direitos, como afirmou no depoimento patético na Comissão
da Verdade?
É um anistiado. E em nome do que foi possível ser feito, à época, para
dar fim ao pesadelo. Seria salutar que o Brasil passasse a respeitar os
compromissos com a história assumidos pelo povo. Ou em nosso nome.
Não propugno a prisão de quem foi anistiado. Anistia é perdão. Foi
negociada e não imposta. Foi uma conquista que os que estão agora no poder (e
naquela época, onde estavam?) teimam em tentar desprezar, sem entender que desprezam
a NOSSA luta.
Mas a Verdade tem que ser dita. Demonstrada e exposta, como antídoto.
Ustra foi (e parece continuar a ser) um monstro. Alguém com um grave desvio de
conduta. É daqueles que se compraziam com a dor imposta a outros. Com o poder
infinito sobre a vida de terceiros.
Acha que quem deveria estar sentado na Comissão da Verdade é o Exército.
Precisa explicar melhor o que diz e identificar os alvos que está mirando.
Nada que é erguido sobre mentiras tem a mais remota chance de prosperar.
Como a ditadura não prosperou. Foi por isso que as ditaduras — todas — não
prosperam. É por isso que democracias centenárias esbanjam saúde.
As democracias são eternas. As ditaduras são acidente de percurso,
dolorosos e desnecessários. Estes novos tempos pós-ditadura são diferentes dos
anos de chumbo.
O que há em comum entre o que vivemos hoje e o que sofremos ontem é a
mentira oficial. É indispensável a demonização dos adversários. Se antes éramos
os “comunistas” – nunca fui! – hoje somos os “raivosos direitistas”. Nunca fui!
A ferocidade de um Ustra não tem parentesco estreito com a imbecilidade
patética de um Delúbio Soares, a arrogância idiota de um José Genoino, a
mitomania de um Dirceu ou a megalomania de um Lula. São males distintos. Um é
uma besta humana. Os outros são delirantes corruptos.
Mas há como ver nos dias de hoje as mesmas sementes que germinaram no
pântano de 1964. A tentativa de censurar a imprensa, por exemplo. O Brasil que
se deve amar ou deixar. A idolatria que substituiu generais por sindicalistas.
A procissão de programas nunca executados: antes a Transamazônica, agora o PAC.
A compra de apoios da dita classe (desclassificada) política. O emprego de
asseclas (antes os milicos, hoje os companheiros). A alteração da história como
instrumento de permanência no poder (antes o perigo vermelho, hoje o desprezo
pelo que outros fizeram. Pelo que nós fizemos.)
Ideologicamente, cada vez mais o hoje se parece com o ontem.
Sem Ustras, pois isso seria repetir a barbárie! Com a troca da violência
física pela violência moral.
Os lulopetistas somente aprimoraram o método
terça-feira, 7 de maio de 2013
THALLES ROBERTO E A IDOLATRIA GOSPEL.
Boneco "THALLECO" |
- Por Renato
Vargens
Hoje a tarde,
depois de ouvir uma canção composta por Thalles Roberto, escrevi o seguinte no
Facebook:
"Prefiro
pensar que o cantor Thalles Roberto escreve letras pobres e desprovida de boa
teologia por ignorância e não por manipulação religiosa. Sinceramente a letra
da música "Filho meu" é uma das mais heréticas que tive oportunidade
de ouvir nos últimos meses. Ora, desde quando Deus corre atrás, oferece
promessa arquivada, leva porta na cara e chora? Complicado não é verdade? Até
quando a igreja brasileira continuará consumindo lixo? Até quando continuaremos
cantando bobagens como essa em nossos cultos? Pois é, que Deus tenha
misericórdia do seu povo."
Pois é, foi só eu
emitir uma critica quanto a letra da música entoada pelo famoso cantor que lá
veio pedrada. O Interessante é que os argumentos utilizados pelos adeptos do
movimento gospel são sempre os mesmos:
Não Julgue o irmão,
isso não nos cabe...
Cuidado! Não toque
no ungido do Senhor...
O que importa é que
Cristo está sendo pregado...
Caro leitor,
infelizmente diante do comportamento de muitos irmãos que super valorizam os
cantores gospel, sou levado a conclusão que a idolatria tomou de assalto os
nossos arraiais. Ora, ouso afirmar que movimento gospel foi o responsável pelo
aparecimento de "idolos" entre os evangélicos. Do Oiapoque ao Chuí é
comum observarmos a idolatria evangélica por parte de adolescentes e
jovens que tem venerado seus cantores e artistas preferidos. Se não
bastassem os fãs clubes evangélicos, cuja existência se fundamentam em exaltar
seus ídolos, eis que alguns dos crentes em Jesus, optaram por transformar seus
cantores prediletos em um tipo de deus.
Há pouco fiquei
sabendo que o Thalles para vergonha nossa lançou no mercado um boneco chamado
Thalleco.
Pois é, confesso
que estou assustado com o rumo da igreja evangélica brasileira. Lamentavelmente
parte dos evangélicos tem acreditado num evangelho absolutamente diferente do
pregado por Jesus e pelos apóstolos.
Diante do exposto,
resta-nos chorar diante do Senhor pedindo a ele que nos perdoe os pecados e
mude definitivamente os rumos da Igreja de Cristo.
Maranata Senhor
Jesus!
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