"O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons." - Martin Luther King

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Coisas que até um ateu pode ver


Postado por Augustus Nicodemus Lopes
Um número razoável de cientistas e filósofos ateus ou agnósticos vem em anos recentes engrossando as fileiras daqueles que expressam dúvidas sérias sobre a capacidade da teoria da evolução darwinista para explicar a origem da vida e sua complexidade por meio da seleção natural e da natureza randômica ou aleatória das mutações genéticas necessárias para tal.

Poderíamos citar Anthony Flew, o mais notável intelectual ateísta da Europa e Estados Unidos que no início do século XXI anunciou sua desconversão do ateísmo darwinista e adesão ao teísmo, por causa das evidências de propósito inteligente na natureza. Mais recentemente o biólogo molecular James Shapiro, da Universidade de Chicago, ele mesmo também ateu, publicou o livro Evolution: A View from 21st Centuryonde desconstrói impiedosamente a evolução darwinista.

Tomas Nagel
E agora é a vez de Thomas Nagel, professor de filosofia e direito da Universidade de Nova York, membro da Academia Americana de Artes e Ciências, ganhador de vários prêmios com seus livros sobre filosofia, e um ateu declarado. Ele acaba de publicar o livro Mind & Cosmos (“Mente e Cosmos”) com o provocante subtítulo Why the materialist neo-darwinian conception of nature is almost certainly false (“Por que a concepção neo-darwinista materialista da natureza é quase que certamente falsa”), onde aponta as fragilidades do materialismo naturalista que serve de fundamento para as pretensões neo-darwinistas de construir uma teoria do todo (Não pretendo fazer uma resenha do livro. Para quem lê inglês, indico a excelente resenha feita por William Dembski e o comentário breve de Alvin Plantinga).

Estou mencionando estes intelectuais e cientistas ateus por que quando intelectuais e cientistas cristãos declaram sua desconfiança quanto à evolução darwinista são descartados por serem "religiosos". Então, tá. Mas, e quando os próprios ateus engrossam o coro dos dissidentes?

Neste post eu gostaria apenas de destacar algumas declarações de Nagel no livro que revelam a consciência clara que ele tem de que uma concepção puramente materialista da vida e de seu desenvolvimento, como a evolução darwinista, é incapaz de explicar a realidade como um todo. Embora ele mesmo rejeite no livro a possibilidade de que a realidade exista pelo poder criador de Deus, ele é capaz de enxergar que a vida é mais do que reações químicas baseadas nas leis físicas e descritas pela matemática. A solução que ele oferece – que a mente sempre existiu ao lado da matéria – não tem qualquer comprovação, como ele mesmo admite, mas certamente está mais perto da concepção teísta do que do ateísmo materialista do darwinismo.

Ele deixa claro que sua crítica procede de sua própria análise científica e que mesmo assim não será bem vinda nos círculos acadêmicos:

“O meu ceticismo [quanto ao evolucionismo darwinista] não é baseado numa crença religiosa ou numa alternativa definitiva. É somente a crença de que a evidência científica disponível, apesar do consenso da opinião científica, não exige racionalmente de nós que sujeitemos este ceticismo [a este consenso] neste assunto” (p. 7).

“Eu tenho consciência de que dúvidas desta natureza vão parecer um ultraje a muita gente, mas isto é porque quase todo mundo em nossa cultura secular tem sido intimidado a considerar o programa de pesquisa reducionista [do darwinismo] como sacrossanto, sob o argumento de que qualquer outra coisa não pode ser considerada como ciência” (p.7).

Ele profetiza o fim do naturalismo materialista, o fundamento do evolucionismo darwinista:

“Mesmo que o domínio [no campo da ciência] do naturalismo materialista está se aproximando do fim, precisamos ter alguma noção do que pode substitui-lo” (p. 15).

Para ele, quanto mais descobrimos acerca da complexidade da vida, menos plausível se torna a explicação naturalista materialista do darwinismo para sua origem e desenvolvimento:

“Durante muito tempo eu tenho achado difícil de acreditar na explicação materialista de como nós e os demais organismos viemos a existir, inclusive a versão padrão de como o processo evolutivo funciona. Quanto mais detalhes aprendemos acerca da base química da vida e como é intrincado o código genético, mais e mais inacreditável se torna a explicação histórica padrão [do darwinismo]” (p. 5).

“É altamente implausível, de cara, que a vida como a conhecemos seja o resultado da sequência de acidentes físicos junto com o mecanismo da seleção natural” (p. 6).

Não teria havido o tempo necessário para que a vida surgisse e se desenvolvesse debaixo da seleção natural e mutações aleatórias:

“Com relação à evolução, o processo de seleção natural não pode explicar a realidade sem um suprimento adequado de mutações viáveis, e eu acredito que ainda é uma questão aberta se isto poderia ter acontecido no tempo geológico como mero resultado de acidentes químicos, sem a operação de outros fatores determinando e restringindo as formas das variações genéticas” (p. 9).

Nagel surpreendentemente defende os proponentes mais conhecidos do design inteligente:

“Apesar de que escritores como Michael Behe e Stephen Meyer[1] sejam motivados parcialmente por suas convicções religiosas, os argumentos empíricos que eles oferecem contra a possibilidade da vida e sua história evolutiva serem explicados plenamente somente com base na física e na química são de grande interesse em si mesmos... Os problemas que estes iconoclastas levantam contra o consenso cientifico ortodoxo deveriam ser levados a sério. Eles não merecem a zombaria que têm recebido. É claramente injusta” (p.11).

Num parágrafo quase confessional, Nagel reconhece que lhe falta o sentimento do divino que ele percebe em muitos outros:

“Confesso um pressuposto meu que não tem fundamento, que não considero possível a alternativa do design inteligente como uma opção real – me falta aquelesensus divinitatis [senso do divino] que capacita – na verdade, impele – tantas pessoas a ver no mundo a expressão do propósito divina da mesma maneira que percebem num rosto sorridente a expressão do sentimento humano” (p.12).

Para Nagel, o evolucionismo darwinista, com sua visão materialista e naturalista da realidade, não consegue explicar o que transcende o mundo material, como a mente e tudo que a acompanha:

“Nós e outras criaturas com vida mental somos organismos, e nossa capacidade mental depende aparentemente de nossa constituição física. Portanto, aquilo que explicar a existência de organismos como nós deve explicar também a existência da mente. Mas, se o mental não é em si mesmo somente físico, não pode, então, ser plenamente explicado pela ciência física. E então, como vou argumentar mais adiante, é difícil evitar a conclusão que aqueles aspectos de nossa constituição física que trazem o mental consigo também não podem ser explicados pela ciência física. Se a biologia evolutiva é uma teoria física – como geralmente é considerada – então não pode explicar o aparecimento da consciência e de outros fenômenos que não podem ser reduzidos ao aspecto físico meramente” (p. 15).

“Uma alternativa genuína ao programa reducionista [do darwinismo] irá requerer uma explicação de como a mente e tudo o que a acompanha é inerente ao universo” (p.15).

“Os elementos fundamentais e as leis da física e da química têm sido assumidos para se explicar o comportamento do mundo inanimado. Algo mais é necessário para explicar como podem existir criaturas conscientes e pensantes, cujos corpos e cérebros são feitos destes elementos” (p.20).

Menciono por último a perspicaz observação de Nagel, que se a mente existe porque sobreviveu através da seleção natural, isto é, por ter se tornado na coisa mais esperta para sobreviver, como poderemos confiar nela? E aqui ele cita e concorda com Alvin Plantinga, um filósofo reformado renomado:

“O evolucionismo naturalista provê uma explicação de nossas capacidades [mentais] que mina a confiabilidade delas, e ao fazer isto, mina a si mesmo” (p. 27).

“Eu concordo com Alvin Plantinga que, ao contrário da benevolência divina, a aplicação da teoria da evolução à compreensão de nossas capacidades cognitivas acaba por minar nossa confiança nelas, embora não a destrua por completo. Mecanismos formadores de crenças e que têm uma vantagem seletiva no conflito diário pela sobrevivência não merecem a nossa confiança na construção de explicações teóricas do mundo como um todo... A teoria da evolução deixa a autoridade da razão numa posição muito mais fraca. Especialmente no que se refere à nossa capacidade moral e outras capacidades normativas – nas quais confiamos com frequência para corrigir nossos instintos. Eu concordo com Sharon Street [professora de filosofia na Universidade de Nova York] que uma auto-compreensão evolucionista quase que certamente haveria de requerer que desistíssemos do realismo moral, que é a convicção natural de que nossos juízos morais são verdadeiros ou falsos independentemente de nossas crenças” (p.28).

Não consegui ler Nagel sem lembrar do que a Bíblia diz:

"Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim" (Eclesiastes 3:11).

"De um só Deus fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação; para buscarem a Deus se, porventura, tateando, o possam achar, bem que não está longe de cada um de nós" (Atos 17:26-27).

Nagel tem o sensus divinitatis, sim, pois o mesmo é o reflexo da imagem de Deus em cada ser humano, ainda que decaídos como somos. Infelizmente o seu ateísmo o impede de ver aquilo que sua razão e consciência, tateando, já tocaram.
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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Faz 69 dias que Lula foge dos jornalistas. Continuará perseguido por perguntas sem resposta sobre as bandidagens de Rose


Por Augusto Nunes - Direto ao Ponto
É preciso lembrar aos sem-memória o que não pode ser esquecido. Não se pode esquecer,  por exemplo, o caso de polícia em que Lula foi envolvido pela primeiríssima amiga Rosemary Noronha. A Polícia Federal revelou em 23 de novembro do ano passado que a chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo era também dirigente da uma quadrilha infiltrada em agências reguladoras que comercializava pareceres técnicos. Passados mais de dois meses, o ex-presidente a quem Rose se referia como “meu namorado” não deu um único pio sobre o escândalo.
Faz 69 dias que Lula foge de jornalistas. Nesse período, discursou para catadores de lixo, posou para a posteridade ao lado de Sofia Loren, fez palestras sobre assuntos que ignora, assistiu ao jogo entre Santos e São Bernardo enfurnado num camarote, garantiu a uma entrevistadora da TV da Federação Paulista de Futebol que quem pratica esporte não usa droga, deu conselhos a Fernando Haddad, nomeou-se co-presidente, encontrou tempo até para mostrar que, embora não tenha lido um só livro nem saiba escrever, tem muito a ensinar a intelectuais nativos ou cucarachas. Só não falou da chanchada pornopolítica em que se meteu.
Confiante na crônica amnésia nacional, deve achar que o filme de quinta categoria vai terminar antes do fim ─ e com a vitória dos vilões. Engano. Até que recupere a voz (e crie coragem), será perseguido por perguntas sem resposta. Não são poucas. E faltam muitas, adverte o avanço das apurações da Polícia Federal e a coleta dos primeiros depoimentos pelo Ministério Público. As patifarias já descobertas sugerem que a história está em seu começo. Os inocentes não têm o que temer. Quem tem culpa no cartório não vai escapar pela trilha do silêncio.
O Brasil não pode desviar-se da trilha desmatada pelo  julgamento do mensalão. As penas impostas aos quadrilheiros pelo Supremo Tribunal Federal apontaram o caminho mais curto para a extinção de uma espécie repulsiva: o brasileiro-condenado-ainda-no-berço-à-perpétua-impunidade. Todos são iguais perante a lei, ensinaram os ministros. O ex-presidente não é mais igual que os outros. Não está acima de qualquer suspeita. Não é inimputável. Nem mesmo ao fundador do Brasil Maravilha é permitido transformar urna em tribunal e decidir que um chefe de seita absolvido pelo rebanho não tem contas a prestar à Justiça.
Apesar de tudo, apesar de tantos, o Brasil não é uma Venezuela. O Código Penal vale também para Lula.
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sábado, 19 de janeiro de 2013

Revista americana ‘Forbes’ revela a fortuna dos pastores brasileiros

Imagem: Mero Cristianismo.com - "OS VENDILHÕES DO TEMPLO"

A revista americana “Forbes” fez um levantamento com base em dados do Ministério Público e da Polícia Federal, além de jornais e revistas brasileiras, para chegar a uma estimativa de renda dos pastores evangélicos do país. A maior fortuna seria do pastor Edir Macedo, que acumula US$ 950 milhões.

Confira o ranking da fortuna dos pastores
1 - Edir Macedo - Fundador e líder da Igreja Universal do Reino de Deus, que também tem templos no Estados Unidos. A fortuna chegaria a  950 milhões de dólares .
2 - Valdemiro Santiago - Ex-pastor da Igreja Universal do Reino de Deus e fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus. Teria acumulado  220 milhões de dólares.
3 - Silas Malafaia - Líder do braço brasileiro da Assembleia de Deus, maior igreja pentecostal do Brasil. Em 2011, a fortuna estimada era de  150 milhões dólares.
4 - RR Soares - Compositor, cantor e apresentador Romildo Ribeiro Soares é o fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus. O valor estimado seria de US$ 125 milhões dólares .
5 - Estevam Hernandes Filho e sua esposa, Bispa Sonia - Fundadores da Igreja Renascer em Cristo. A fortuna estimada é de 65 milhões de dólares.

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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

A Morte de Uma Igreja


(*)Por Hernandes Dias Lopes
As sete igrejas da Ásia Menor, conhecidas como as igrejas do Apocalipse, estão mortas. Restam apenas ruínas de um passado glorioso que se foi. As glórias daquele tempo distante estão cobertas de poeira e sepultadas debaixo de pesadas pedras. Hoje, nessa mesma região tem menos de 1% de cristãos. Diante disso, uma pergunta lateja em nossa mente: o que faz uma igreja morrer? Quais são os sintomas da morte que ameaçam as igrejas ainda hoje?
Em primeiro lugar, a morte de uma igreja acontece quando ela se aparta da verdade. Algumas igrejas da Ásia Menor foram ameaçadas pelos falsos mestres e suas heresias. Foi o caso da igreja de Pérgamo e Tiatira que deram guarida à perniciosa doutrina de Balaão e se corromperam tanto na teologia como na ética. Uma igreja não tem antídoto para resistir a apostasia quando abandona sua fidelidade às Escrituras nem a inevitabilidade da morte quando se aparta dos preceitos de Deus. Temos visto esses sinais de morte em muitas igrejas na Europa, América do Norte e também no Brasil. Algumas denominações históricas capitularam-se tanto ao liberalismo como ao misticismo e abandonaram a sã doutrina. O resultado inevitável foi o esvaziamento dessas igrejas por  um lado ou o seu crescimento numérico por outro, mas um crescimento sem compromisso com a verdade e com a santidade. Não podemos confundir numerolatria com crescimento saudável. Nem sempre uma multidão sinaliza o crescimento saudável da igreja. Uma igreja pode ser grande e mesmo assim estar gravemente enferma. Sempre que uma igreja troca o evangelho da graça por outro evangelho, entra por um caminho desastroso.

Mantega ou “MANTEIGA”?


- Dilma decide manter Mantega, que ela considera mero executor das decisões
A Presidente Dilma é a responsável pela política econômica, e Mantega apenas seu executor.  Sendo assim, a Presidente  anuncia que Mantega continuará em seu cargo, e com tal declaração pretende colocar um ponto final no blá-blá-blá sobre o afastamento do Ministro, que inclusive já ganhava terreno no próprio Palácio do Planalto. Mantega fica porque é honesto, é cordato e, principalmente, é leal. Afastá-lo poderia trazer mais danos do que ganhos à credibilidade do governo, numa etapa onde ainda se acumulam tensões econômicas no mundo.
Fonte: http://www.claudiohumberto.com.br/principal/index.php

Transplante de fezes é usado para tratar infecção intestinal


- Luna D'AlamaDo G1, em São Paulo
 Estudo holandês diz que técnica é melhor que tomar apenas antibiótico. Bactéria resistente 'Clostridium difficile' causa diarreia, vômito e febre.
Um estudo holandês publicado esta semana é o primeiro a testar a eficácia de um transplante de fezes para tratar pacientes com infecção intestinal, em comparação com o uso de antibióticos normais. Os resultados aparecem na revista científica "The New England Journal of Medicine".
Os pesquisadores analisaram três grupos diferentes. O primeiro incluía 16 pessoas doentes – com diarreia causada pela bactéria Clostridium difficile – que receberam um antibiótico chamado vancomicina, lavagem intestinal e fezes de indivíduos normais, por meio de uma sonda que ia do nariz até o estômago ou o intestino delgado. Os outros dois grupos reuniam 13 voluntários cada – um tratado com vancomicina e lavagem, e o outro, apenas com o remédio.
No primeiro caso, 15 participantes ficaram livres do problema, e nos demais, três e quatro pessoas se curaram, respectivamente.
Segundo os autores, o transplante de fezes de um indivíduo saudável para outro com infecção intestinal grave pode reequilibrar rapidamente a flora bacteriana, o que muitas vezes não é controlado com antibióticos, já que a Clostridium difficile é bastante resistente.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Que país é esse???


"Quando legisladores aceitam como pares criminosos condenados, é porque são cúmplices. Curioso país este nosso, em que é permissível aos transgressores da lei elaborar leis. "
Janer Cristaldo

Milhares protestam contra casamento gay em Paris

imagem "Estadão"

Manifestação reúne pessoas contrárias a uma polêmica reforma que o presidente François Hollande promete executar em junho
Milhares de pessoas protestam neste domingo, 13, pelas ruas de Paris, na França, contra o casamento gay, uma reforma polêmica que o presidente François Hollande promete executar em junho. O número, estimado e divulgado em 800 mil pelos organizadores da marcha em Champ de Mars, foi desmentido pela polícia, que estimou a participação em apenas 340 mil pessoas.
Os protestantes chegaram a Paris em cinco trens de alta velocidade, 900 ônibus e inúmeros comboios de carros que deixaram cidades na província, muitos antes do amanhecer, em direção a três pontos da capital francesa para as marchas. O protesto converge para a Torre Eiffel nesta tarde.
Apoiados pela hierarquia católica, ativistas mobilizaram uma coalizão híbrida de famílias religiosas, políticos conservadores, muçulmanos, evangélicos e até mesmo homossexuais que se opõem ao casamento gay para a demonstração de força.
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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Terrorista italiano será assessor internacional da CUT

Presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, acertou todos os detalhes com o advogado do terrorista italiano Cesare Battisti, Luiz Eduardo Greenhalgh, para empregá-lo como assessor internacional da Central. Segundo o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), Battisti assumirá o cargo por falar inglês, espanhol, português, francês e italiano e “ter vasto conhecimento” sobre temas de interesse da CUT.
Só no Brasil
Condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos, Battisti traduzirá conversas e documentos para a CUT, enquanto escreve livros.

Pior que tá, fica
A CUT ignora que só vai piorar as relações diplomáticas do Brasil com a Itália. Deverá anunciar nos próximos dias o mais novo funcionário.
Negócios à parte
Suplicy nega ser fiador do apartamento de Battisti no luxuoso bairro de Jardins (SP), e diz que também não o ajudará nas contas do aluguel.
Amigo cego
Segundo Suplicy, sua única participação no aluguel do imóvel foi contar à proprietária sobre a vida dele: “Sei que não cometeu aqueles crimes”.


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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

A desvalorização das praças do Exército


O texto é anônimo, mas a análise e os questionamentos são muito pertinentes
A AÇÃO INSTITUCIONAL DO EXÉRCITO BRASILEIRO NA DESVALORIZAÇÃO CONTINUA DAS PRAÇAS DE CARREIRA:
QUAIS OBJETIVOS A INSTITUIÇÃO ALMEJA ALCANÇAR?
Sou graduado do Exército Brasileiro e realizei nos dias 24 e 25 de novembro de 2012 o Concurso de Admissão ao Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais – CA/CHQAO, normatizado pela Portaria nº 070-EME, de 21 de 21 de maio de 2012.
O concurso decorreu com relativa tranquilidade. Achei exagerado o tempo de 4 horas para realizar a prova e mais exagerado ainda ter que esperar 2 horas e 30 minutos para poder sair. Um absurdo, levando em consideração que a grande maioria não demorou mais que 1 hora para fazer a prova e marcar o cartão de resposta.
Mas meu objetivo aqui não é analisar o CHQAO e sim fazer uma reflexão. Usei as 2 horas que tive que esperar para fazer uma reflexão sobre nossas carreiras e como o Exército Brasileiro tem nos tratado.
Deste ponto em diante, passo a minha reflexão.
O Exército Brasileiro tem agido na contramão das demais Forças Armadas Marinha e Aeronáutica, na valorização de suas praças concursadas. Vem continuamente nos últimos vinte anos modificando e criando normas para dificultar a carreira. A carreira existente hoje difere totalmente da constante dos editais dos concursos da década de oitenta e noventa, uma verdadeira propaganda enganosa, já que quando entramos a carreira era uma e hoje, já no terço final, ela é outra, muito pior e mais sofrida.
O que será que a cúpula pretende com tamanha desmotivação patrocinada pela instituição? Vou citar apenas alguns fatos para melhor elucidar o que digo:
1) REAJUSTE DIFERENCIADO DE 28,86%:
Esse reajuste foi concedido pela Lei nº 8.627, de 19 de fevereiro de 1993, sendo contemplados servidores públicos federais civis e militares. Oficiais Generais e Oficiais Superiores (Coronel, Tenente Coronel e Major) receberam o índice integral dos 28,86%; já os postos e graduações abaixo de capitão foram contemplados com índices diferenciados, escalonados. Por que? Seria porque as praças de carreira atingem o posto de capitão? Seria uma forma de “mandar” para a reserva os velhos capitães QAO? Desmotivar os subtenentes a alçarem a carreira de oficial?
Nesse episódio a cúpula das Forças Armadas foi contemplada com os índices integrais. Vai dizer que eles não sabiam que estavam recebendo índices maiores que seus subordinados?
2) EDIÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA Nº 2.131, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2000:
Essa Medida Provisória que vigora hoje com o nº 2.215-10, de 31 de agosto de 2001, revogou a Lei nº 8.237, de 30 de setembro de 1991, criando nova Lei de Remuneração dos Militares das Forças Armadas e alterando/suprimindo diversos direitos dos militares, inclusive alterando substancialmente a Lei nº 3.765, de 4 de maio de 1960, Lei das Pensões Militares.
Essa MP foi sem dúvida o mais duro golpe nos militares das Forças Armadas aplicado no Governo FHC. Foi a maior prova de deslealdade, falta de camaradagem e de todos os outros preceitos cultivados pela caserna, patrocinados pelos Chefes da época. Esse golpe foi dado pela cúpula das Forças Armadas da época e não pelo Governo FHC, já que os que comandavam as Forças à época garantiram todos os benefícios da lei anterior e ainda incluíram novos direitos na nova Lei de Remuneração, tais como o Adicional de Permanência de 5% por cento do soldo para quem fique 720 dias após os 30 anos de serviço e daí em diante mais 5% por cento a cada promoção.
Esses Chefes Militares, digo chefes porque recuso a chamá-los de Comandantes, abandonaram seus subordinados à própria sorte, pois não propuseram ao Governo FHC regras de transição para os demais militares. Militares com 9 anos e onze meses, 19 anos e onze meses meses, 29 anos e onze meses perderam direito a Licença Especial de seis meses, já tendo cumprido quase 90% (noventa por cento) do período aquisitivo, militares que perderam o direito a irem para a reserva com os proventos do posto ou graduação superior, já tendo cumprido mais de 90% (noventa por cento) de suas carreiras de 30 (trinta) anos.
Por que as cúpulas das Forças Armadas não se empenham na votação da Medida Provisória nº 2.215-10, de 31 de agosto de 2001 para transformá-la em lei para que possam ser criadas as regras de transição que beneficiariam muitos de seus subordinados? Seria porque eles não ganhariam nada com a nova lei? Seria porque isso desagradaria a Presidenta? Será que quem manda hoje na Força acha conveniente manter tudo como esta? Será que as baixas/demissões não atendem ao que eles querem que é reduzir o efetivos dos quadros, principalmente o quadro das praças de carreira, já que hoje o efetivo de Primeiro Sargento e Subtenente esta muito grande em todas as Organizações Militares do Exército? O Exército tem dado sinalização de que hoje o foco são os militares temporários (Oficiais, Sargentos e Cabos), sob o pretexto de que esses militares quando começam a ficar velhos são licenciados, não acarretando gasto com saúde e previdência, ou seja, os militares concursados estão sendo desestimulados a continuar suas carreiras.
A Lei de Remuneração das Forças Armadas é uma Medida Provisória com 12 (doze) anos de existência. Acho que somos a única carreira que recebe através de Medida Provisória. Desconheço se existe alguma outra categoria no serviço público federal ou estadual. Por se tratar de MP não se permite o socorro ao judiciário para podermos pelo menos criar uma regra de transição para aqueles que perderam benefícios por meses e dias da reserva. O Congresso Nacional só age sob pressão. Nós infelizmente não temos como nos mobilizar, pois não temos nem Associação como a Policia Militar. 
Dos anos 2000 até hoje vários militares e pensionistas já faleceram levando para o túmulo direito que não puderam usufruir por descaso de quem vem nas mídias sociais falar em “Família Militar” e dizer que tem “hora certa de plantar e de colher”, ”nossas urgências serão traduzidas em fatos concretos”. Depois de mais de cinco anos de estudo conseguem 30% (trinta por cento) para repor perdas acumuladas em cinco anos (2011, 2012, 2013, 2014 e 2015), abatidos a inflação média de 5% (cinco por cento) em cinco anos. Ao fim, ganharemos 5% (cinco por cento). Faça um favor a todos nós e peça para ir para casa! A propósito, a compulsória não pega esse sujeito?
      Se a cúpula das Forças Armadas quisesse a Medida Provisória nº 2.215-10, de 31 de agosto de 2001 já teria virado lei. Cada Comando de Área tem um Coronel que é Assessor Parlamentar agindo diretamente nas Assembleias Legislativas; o Gabinete do Comandante do Exército tem Assessoria agindo diretamente no Congresso Nacional. Não conseguem porque falta interesse pela situação difícil que passam seus subordinados. Existem casos verídicos de militares de baixa graduação recorrendo a agiotas para pagar conta de supermercado; há  militares que estão morando em imóveis sem energia elétrica que já foi cortada por falta de pagamentos, e nosso Chefe preocupado com SISFRON, END e outros projetos como se nos fossemos o Exército Inglês...
3) SITUAÇÃO SALARIAL:
O que dizer da nossa situação salarial? As Forças Armadas recebem o pior salário do serviço público federal. Isso quem diz é o próprio Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão em seus Boletins. Nossa situação salarial chegou onde chegou por desleixo, desrespeito e falta de ação de Comando dos Chefes Militares ou foi intencional? Será que a cúpula das Forças utilizou a lógica neoliberal capitalista de criar uma massa de excluídos? Uma massa de inocentes úteis? É mais fácil comandar quadros esfarrapados ávidos por uma movimentação, uma promoção, uma diária? Brigamos para ocupar Próprios Nacionais Residências (PNR) que muitas vezes não oferecem qualidades mínimas de habitação, mas são disputados por praças e oficiais que hoje não conseguem pagar um aluguel para morar em um lugar decente com suas famílias nas grandes e medias cidades. Comandar militares bem remunerados, treinados, equipados e com consciência republicana e democrática é mais difícil, por isso desconfio que as mazelas a que estamos expostos diariamente são institucionalizadas para nos dominar. 
Hoje o que mais aflige os quadros é a falta de moradia e dificuldade de pagar um aluguel nas cidades médias e grandes quando das transferências. Várias categorias no serviço público conseguiram nos últimos anos o pagamento de Auxílio Moradia. Nós militares tínhamos esse direito que foi usurpado pela Medida Provisória nº 2.131, de 28 de dezembro de 2000 e até hoje, 12 (doze) anos depois não conseguimos retornar com esse beneficio. Por que será? Vejamos:
- Os Oficiais Generais e os demais Oficiais em cargo de Comando, Chefia e Direção, Chefes de Estado-Maior, Subchefes de Estado-Maior e algumas outras funções tem direito a Moradia Funcional, quase sempre todas mobiliadas, com direito a telefones fixos e celulares custeados pelo erário, combustível, alguns ainda recebem alimentação do quartel para manterem suas residências, fora isso para se protegerem eles criaram cotas para atender exclusivamente aos oficiais superiores, com isso em quase todas as Guarnições que chegam os Majores, Tenentes Coronéis e Coronéis tem moradias garantidas, salvo algumas exceções.
Para as praças de carreira não existe distinção: um Subtenente com 25 (vinte e cinco) anos de serviço concorre a um PNR em igualdade de condições com um Terceiro Sargento. Os Capitães e Tenentes também sofrem para conseguir uma moradia igual às praças. Acontece que um oficial de carreira com menos de vinte anos já será oficial superior, passando a ser beneficiado pelas cotas criadas. Já a praça vai passar por isso a vida toda, mesmo que saia oficial sua carreira termina como Capitão, sofrendo quase sempre até ir para a reserva.
Por que a cúpula brigaria por um Auxílio Moradia para beneficiar principalmente aqueles que eles querem ver pelas “costas”?  Nesse caso cabe a nós uma última esperança: existe ação na justiça já em segunda instância condenando a União a indenizar militar que foi movimentado por necessidade do serviço e não conseguiu moradia na cidade de destino. Será que o JUDICIÁRIO nos ajudará a conseguir algo que nossos Chefes não conseguem por falta de interesse?
4)  CONCURSO DE ADMISSÃO AO CURSO DE HABILITAÇÃO AO QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS – CA/CHQAO
Sem palavras! Só a divulgação da foto
dessa instalação, diz tudo...
A explicação institucional para o CHQAO se da pelo fato das praças serem alçadas ao posto de 2º Tenente sem possuir curso superior. Segundo eles, com o CHQAO preenche-se essa lacuna. Aí eu me pergunto: e o oficial Temporário (R2), que são garotos que ingressam no EB com somente o ensino médio, com a única exigência de estarem cursando uma faculdade? Eles são promovidos ao primeiro posto sem estarem ao menos no 2º período da faculdade. A resposta possível e que ouso é que eles são temporários e esta regra não os abrangeria; ora, então nas universidades, os professores substitutos não precisam ter o mestrado? Os juízes substitutos não precisam ser bacharéis, basta que estejam cursando?
Acontece que segundo informações de bastidores, o Exército criou o curso sem antes planejá-lo.
Segundo informação, o MEC não reconheceu o curso que inicialmente seria superior de dois anos e ao fim do curso os concludentes seriam tecnólogos em recursos humanos e tecnólogos em logística. Hoje não sabemos se o CHQAO será fundamentalmédiosuperiortécnicoextensão,especialização... Aceitamos sugestão. O MEC é bem taxativo nos requisitos para um curso superior funcionar. Primeiro tem que partir de uma Instituição de Ensino Superior, coisa que a EsSIE não é. Segundo, a Instituição Superior tem que possuir um corpo docente com formação específica que atenda a especificidade de cada curso, além de, obrigatoriamente, contar com um percentual mínimo de 30% de mestres e doutores. Será que o EB possui esta estrutura? Como achar que o MEC reconhecerá um curso como o CHQAO feito sem cumprir estes requisitos?
Durante nossa carreira aprendemos que tudo que está ruim ainda pode piorar e piorou. O Estado-Maior do Exército, utilizando uma sensibilidade/tato de uma Anta com pé de atleta publicou no Boletim do Exército nº 047, de 23 de novembro de 2012, vejam bem, a 24 (vinte e quatro) horas do Concurso de Admissão do CHQAO, nova sistemática de promoção, aumentando o tempo de permanência na graduação dos Primeiros Sargentos da turma de formação de 1992 em diante, de cinco anos e meio para seis anos na graduação, sendo que para alguns sargentos vai significar mais 1 (um) ano no mínimo na graduação atual, isso significa prejuízos financeiros e morais. Aumentaram também o tempo mínimo na graduação de Subtenente para atingir o QAO, passou de 4,5 (quatro anos e meio) para 5 (cinco) anos. Tudo isso na véspera da prova, qual seria o objetivo dessa gente? Seria desmotivar o máximo de militares possível para que eles desistam de suas carreiras e assim que completarem os trinta anos, peçam reserva? Assim se resolveria o problema causado pelos pífios planejamentos passados que estão eclodindo agora no grande acúmulo de Subtenentes nas OM...  Se a intenção foi essa acho eles conseguirão, pois vários militares chegaram altamente desmotivados para a realização do concurso. O próprio art 17 da portaria que cria o CHQAO é bem claro quando enfatiza que o militar tem que estar ciente que mesmo que ele venha a ser aprovado no processo seletivo, mesmo que venha no futuro concluir com aproveitamento o CHQAO, isto não lhe garante a promoção a 2º Tenente.
Parabéns ao EME pela objetividade das matérias publicadas no BE do dia 23 de novembro de 2012. Atingiram todos os objetivos propostos!
5) IGNORÂNCIA INSTITUCIONAL PROPOSITAL SOBRE A CONDIÇÃO INTELECTUAL DAS PRAÇAS:
Hoje vivemos a Era do Conhecimento. As praças de modo geral e as praças de carreira em particular passaram a procurar se inserir nessa nova era, melhorando seu capital intelectual. Como consequência disso mais Subtenentes e Sargentos passaram a procurar os bancos das Universidades e Faculdades, como forma de entender melhor a sociedade em que vivemos e de também quem sabe prosperar em suas carreiras nas Forças Armadas. Acontece que o Exército Brasileiro não acompanhou esse raciocínio, permanecendo com a mesma visão perpetrada desde Guararapes, ou seja, sargento bom tem que ser “burro” e “forte”.
Hoje temos subtenentes e sargentos portadores de diplomas de graduação, pós-graduação, mestrado e até doutorado, porém essas qualificações são completamente inúteis e ignoradas pela Instituição. Esses militares não tem oportunidade de ascensão interna, não são aproveitados como professores dos Colégios Militares (apesar da falta de professores atualmente), das Escolas de Formação de Praças. O Exército prefere contratar oficiais temporários para serem professores, mas não oferecem essas oportunidades aos seus praças, utilizando a lógica de que quem nasceu nas “Senzalas” não pode jamais alcançar a “Casa Grande”.
O próprio serviço público valoriza seus servidores que se especializam oferecendo oportunidades para ascensão interna. No serviço privado nem se fala! Existem empresas que custeiam cursos superiores para seus empregados, mesmo que após o curso eles possam sair para outras empresas, porém no período em que eles lá permanecem dão o máximo e contribuem para o crescimento da produtividade, pois estão motivados e felizes.
O cúmulo do absurdo acontece com o CHQAO, a Instituição está obrigando quem já possui curso superior a fazer um curso técnico para ser promovido a oficial, pode uma coisa dessas? Se uma grande empresa nacional ou estrangeira souber disso ou mesmo se algum outro Exército souber que o Exército Brasileiro que alega que as praças ascendem ao oficialato  sem curso superior, por isso criou o CHQAO, ministra um curso técnico para quem já possui curso superior sair oficial, seremos motivo de chacota...  e ainda falamos mal dos Portugueses!
Por que a Instituição nos ignora? Será pelos motivos acima elencados ou por absoluta falta de visão estratégica? Se continuar como estamos, com os piores salários do serviço público federal e com carreiras a cada ano menos atrativas, duvido que teremos mão de obra qualificada para operar o SISFRON e outros projetos estratégicos do Exército Brasileiro, ou vocês acham que oficiais generais e superiores vão colocar a mão na massa? Nunca colocaram por que colocariam agora?
6) CONCLUSÃO:
Cada um tire a sua conclusão. A instituição Exército Brasileiro, chefiada por gente descompromissadacom a categoria, está promovendo um plano de demissão voluntaria camuflado na categoria “VALORIZAÇÃO DOS QUADROS”. Não se surpreendam se nosso tempo de serviço passar para trinta e cinco anos e se houver a perda da paridade salarial entre ativos e inativos/pensionistas.
Não se iludam: nossos Chefes são Oficiais Generais, cargo político e como tal o compromisso deles é com os políticos, são prepostos do Executivo a frente das Forças Armadas. Estes chefes vivem em suas torres de marfim, envoltos em privilégios.
Tenho um amigo que gosta de fazer uma comparação de nossa situação com um clássico da sociologia brasileira. No livro Casa Grande & Senzala, o ilustre Gilberto Freyre diz que “os escravos são os pés e as mãos dos senhores de engenho”; meu amigo parafraseia-o dizendo que “As praças são os pés e as mãos dos oficiais do Exército Brasileiro”, e complementa que no Exército há uma estrutura semelhante às grandes fazendas do Brasil colônia, que eram divididas entre a Casa Grande e a Senzala; não preciso dizer quem fica na senzala...
Por fim respondendo o objetivo proposto: QUAIS OBJETIVOS A INSTITUIÇÃO ALMEJA ALCANÇAR?
Reduzir o número de Primeiros Sargentos e Subtenentes existentes no momento, fruto de planejamentos errados no passado, que hoje estão eclodindo nas OM. (vide artigo crítico sobre o CHQAO disponível no Portal Militar) Para isso estão sendo usados expedientes para desmotivar as praças a continuarem suas carreiras, com sucessivos aumentos de interstício durante os últimos vinte anos, criação do CHQAO, criação da Comissão de Promoção de Sargentos para pontuar militares apadrinhados do “SISTEMA” e excluir militares que possuam méritos e desempenho, porém são contra indicados para atingir o oficialato por terem em algum momento de suas carreiras contrariado interesses nada republicanos de alguns!
“Pensar é questionar o óbvio” – Darcy Ribeiro
A situação tende a piorar!
Ass: MAX WOLFF FILHO – EX-CMB/FEB
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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

136 mil por mês: o preço da falta de pudor de Genoino


- Condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha, petista assumirá mandato na Câmara. Até que o STF o retire de lá, vai gerar mais prejuízo ao país - Veja.com - Gabriel Castro, de Brasília

Mesmo condenado pelo Supremo, petista assumirá vaga na Câmara. O ex-presidente do PT José Genoino, condenado no Supremo Tribunal Federal por corrupção ativa e formação de quadrilha, vai mesmo reassumir o mandato na Câmara dos Deputados. Em 2010, ele não teve votos suficientes para conquistar uma cadeira na Casa, mas ficou na suplência. A espera terminou: Carlinhos Almeida (PT) renunciou ao mandato para assumir a prefeitura de São José dos Campos (SP) e abriu caminho para Genoino, que perderá uma nova oportunidade de demonstrar ao país um pouco de pudor. A posse deve ocorrer no início de janeiro. 
O Supremo Tribunal Federal (STF) já decidiu que os mensaleiros com mandato na Câmara – três são parlamentares da Casa – perderão o mandato. Mas a determinação só será cumprida após o trânsito em julgado do processo do mensalão, o que depende da análise dos embargos apresentados pelos réus. O ex-presidente do PT foi condenado a 6 anos e 11 meses de prisão, que terá de cumprir em regime semiaberto. Juntamente com o ex-ministro José Dirceu e o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares, Genoino formava o núcleo político do maior esquema de corrupção da história brasileira.
Enquanto são julgados os recursos da ação, Genoino, vai poder apresentar projetos de lei, participar de comissões, votar em plenário e discursar na tribuna da Câmara. Terá, também, direito ao auxílio-moradia (3 000 reais), à verba indenizatória para gastos de rotina (27 769 reais) e à contratação de 25 assessores (até 78 000 reais). Receberá, ainda, um generoso salário de 26 723 reais – exatamente o que recebem os ministros do STF que o condenaram. O total do "custo-Genoino" pode chegar a 135 492 reais por mês.
Considerando que Pedro Henry (PP-MT), João Paulo Cunha (PT-SP) e Valdemar Costa Neto (PR-SP) também foram condenados pelo STF e estão cumprindo hora extra na Câmara, o total desperdiçado pode ultrapassar os 500 000 reais por mês.
Em janeiro, o Congresso não vai se reunir um dia sequer. Genoino, portanto, tomará posse para receber sem trabalhar. Como mostrou o julgamento do mensalão, o petista certamente contribui mais ao país quando está ocioso.