Todo
santo dia eu constato, com muita alegria, a tremenda desmoralização que as
Redes Sociais estão impingindo contra a psicótica dominação que a imprensa
profissional exerce sobre a sociedade brasileira. Não é de agora. Há quase meio
século que reinam os Barões dos Conglomerados da Comunicação, com seus
cúmplices, serviçais e asseclas contra a verdadeira vontade de uma Nação sem
voz e sem vez. O mais doído de tudo isso é que esta aberração, esta distorção e
este engodo vêm de serem perpetrados e enfiados goelas abaixo da grande maioria
do povo através de uma velhaca justificativa fincada na liberdade de expressão
que é a base e a garantia do regime democrático.
Quando
em um País somente uns poucos podem externar o que bem entendem; quando apenas
os poderosos dominam os meios de comunicação, justos os que são realmente
influentes; quando a grande maioria da sociedade não reúne a menor condição
para se contrapor aos interesses de uns poucos privilegiados, nesta Nação a
verdadeira democracia não existe.
Ponderem
comigo. Aqui no Brasil que chance tem o cidadão comum se pretender enfrentar a
força da mídia televisada, falada ou escrita, quando esta, no dia a dia, de
forma insidiosa, prega as destruição (ou como alardeiam: a desconstrução) dos
valores nos quais se fundamenta esta Nação? Que ação eficaz tem o homem comum
se quiser se rebelar contra a corrupção que torna as grandes empresas
midiáticas sócias dos cofres públicos?
Pensem
no que se transformou o poder descomunal do sistema “Goebells” de comunicação,
de 1985 para esta parte. Essa gente dominou a manifestação do pensamento,
cavalgando uma ideologia “Gramsciniana” de esquerda com a qual, nos últimos 30
anos, varreu o pensamento liberal conservador do mercado editorial e impediu
sua divulgação por qualquer veículo, ainda que fosse o mais inexpressivo e
desinfluente. Dominaram tudo tão profundamente – desde um simples comercial
veiculado a peso de ouro até os mais sofisticados espetáculos ou as
manifestações culturais – que o doentio propósito que se vê em tudo é
invariavelmente o mesmo: a) subverter e sublevar os tradicionais valores da
sociedade brasileira; b) manter a grande massa popular cativa de seus
entretenimentos diversionistas; c) desenvolver ostensivamente sua enorme
influência de Norte a Sul do País, usada como moeda de troca para permanecer
como 4º poder da República, quer estivesse este com a esquerda ladra e
delinquente, quer com a detestável direita negocista, insensível e voraz.
Quando
os profissionais dos grandes Conglomerados engendram e desenvolvem qualquer
campanha midiática – e o fazem da maneira mais avassaladora – nunca visam ao
Brasil; nunca pugnam pelo bem estar e pela libertação do cidadão da miséria
para qual eles próprios contribuíram; nunca pensaram no que podiam fazer por
esta Nação, mas tão somente em prol de seu poder e dos seus privilégios.
Não
é o Brasil que tem uma imprensa livre. É a imprensa brasileira – como empresa
cartelizada mais cara e menos plural do Mundo – escondida atrás do salutar e
inarredável princípio da liberdade de imprensa, que exerce seu nefando domínio
sobre o Brasil inteiro. Não sei se qualquer outra Nação desenvolvida e livre
padece de um mal deste tamanho. Também não sei como nos permitimos chegar e
esse ponto. Deveríamos, pelo menos, ter ouvido a oração do velho Ruy Barbosa em
sua campanha constitucionalista de 1891: “o mal nunca vence o bem senão
usurpando a este o necessário para iludir, o adormecer, o fraudar, o
substituir, o vencer”. Sempre tivemos condições de vencer, mas nos acomodamos.
Melhor fosse que não tivéssemos subestimado aquela gente e descurado tanto.
Todavia
aqueles tempos de trevas estão se esgotando Em breve, como nas maiores
democracias do Mundo, teremos uma imprensa livre e definitivamente liberta das
peias dos poderosos, como já ocorre nesta corajosa Tribuna da Rede Mundial de
Computadores. Estou convicto de que são os bons homens da imprensa quem mais
esperam por esse dia.
Ninguém
mais ousa pensar, depois destas últimas eleições gerais no Brasil, que o
cidadão comum estará para sempre à mercê da elite dominadora que se diz
pensante. Realmente, as ações incontroláveis das Redes Sociais e seu mágico
alcance por intermédio da Rede Mundial de Computadores chegaram para
definitivamente implodir os “bunkers das comunicações” e desalojar seus perversos
residentes, doutrinadores e manipuladores dos anseios deste povo explorado e
indefeso.
A
meu sentir o pior já passou. Ninguém vai colocar algo deletério na telinha em
prol de suas torpes ideologias certo de que não podem ser vergonhosamente
desmentidos ou desautorizados. Isto vale também para as corporações e para
chamada elite intelectual de esquerda que até hoje tiveram espaços na grande
mídia para distorcer, para mentir e para iludir nossa gente. Que se cuidem
todos porque as Redes Sociais serão terríveis algozes dos vendilhões da Pátria.
Numa
apertada síntese, jogo luz sobre o que já vem acontecendo em relação aos
limites agora impostos àquela gente que até aqui reinou soberana. Qualquer um
que tenha um celular na mão pode acessar o vídeo onde Flávio Bolsonaro dá uma
segura paulada numa dessas repórteres metidas a besta da “Rede Goebells”, que
petulantemente quis escarnecer do Presidente eleito por conta do número de
militares indicados para seu Ministério. Uma claque de imbecis jornalistas vermelhinhos
ali presente ostentou um sorriso de satisfação, mas só até a hora do jovem
senador responder: “Jair Bolsonaro foi eleito para colocar militares no
Ministério, porque é dessa forma que o povo decidiu. Se o povo quisesse que seu
pai colocasse ladrões na sua equipe tinha votado no PT”. Não é ótimo? Este
vídeo esfoliante das empáfias e das soberbas de famosos está correndo pelo
Brasil inteiro.
Outro
vídeo mostra quando um passageiro comum de um voo comercial avistou um Mandarim
do STF, nomeado para Corte pelo “Ogro Encarcerado”, sentado na primeira fila do
avião e disse na cara dele o que todo cidadão honrado tem vontade de dizer:
“Que tem vergonha de ser brasileiro. Quem tem vergonha do Supremo”. O
empedernido “Capa Preta” virou bicho e, ameaçando o rapaz de prisão por injúria
ou difamação, exigiu que fosse chamada a Polícia Federal. O ato do corajoso
brasileiro não tipifica crime de injúria ou de difamação porque o jovem
advogado não criticou o Ministro, mas sim o Supremo e além do mais se retenha:
aqueles “crimes contra honra” não se aperfeiçoam em relação a entes de direito
público (repartições públicas) ou contra pessoas jurídicas de direito privado
(empresas). Somente pessoas físicas (o cidadão) são dotadas de honra subjetiva
que possa ser ofendida. Isto qualquer primeiranista de direito já aprendeu.
Com
a força das Redes Sociais nas mãos do povão, fico pensando quando chegará o dia
em que, diante de um episódio semelhante, então todos os passageiros e a
tripulação também acabem por se rebelar e coloquem o Ministro para fora do
avião pelas escadas abaixo ou se aí mais adiante ainda, o povo cansado de pagar
caríssimo por tanta vergonha venha exigir, valendo-se de seu poder
constitucional, que o Supremo seja esvaziado, mandando-se para o lixo da história
todos os perigosos inimigos desta Nação Verde e Amarela. Avalio que se o STF
tentar libertar Lula isso apressaria bem as coisas. A conferir.
Jose
Mauricio de Barcellos ex Consultor Jurídico da CPRM-MME, é advogado
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