Com o aumento do número de obesos no Brasil, muitas pessoas têm recorrido a cirurgias para reverter esse quadro. E entre os procedimentos mais conhecidos, está o balão intragástrico, mas muitas pessoas ainda têm muitas dúvidas sobre o procedimento. É uma cirurgia? Quais os riscos? Realmente emagrece?
Nesta matéria serão esclarecidas algumas dúvidas sobre o procedimento.
É uma cirurgia? Como é colocado?
A colocação do balão intragástrico não é um procedimento cirúrgico. Ela é feita por via endoscópica, não exige internação e nem anestesia, somente uma sedação. É realizado em aproximadamente 20 minutos e o paciente é liberado de uma a 2 horas depois. No procedimento, um balão de silicone murcho é introduzido no estômago do paciente e depois, enchido com soro fisiológico e corante azul. O corante serve para que, caso o balão seja rompido a urina seja “tingida” de azul, como sinal de alerta.
O volume do balão pode variar entre 400 e 800ml, variando de acordo com o paciente e a avaliação do médico e tem que ser retirado aproximadamente 6 meses depois, para evitar complicações.
Qual a indicação?
O método é indicado principalmente para pessoas obesas que não obtém o emagrecimento desejado com dieta ou mesmo medicações, mas não possuem indicação para algum tipo de cirurgia bariátrica - obesidade grau 1 (IMC entre 30 e 34,9) - e obesidade grau 3 (IMC > 40), para auxiliar a diminuir co-morbidades ou perder peso para uma possível cirurgia com riscos menores.
Como ele favorece a perda de peso?
Como o balão preenche parcialmente o estômago e reduz seu espaço, ele ajuda o paciente a sentir-se saciado ingerindo menores quantidades de alimentos, facilitando a adaptação a uma dieta hipocalórica. Durante o período em que utilizar o balão, o paciente elimina em média de 10 a 15% do seu excesso de peso. Mas o resultado depende da participação ativa do paciente, que deve seguir a risca as orientações do médico e nutricionista.
Quais as vantagens e desvantagens?
Por não se tratar de um procedimento cirúrgico oferece menos risco ao paciente, não altera o processo digestivo e pode ser retirado, caso o paciente não se adapte. A principal desvantagem é que a perda de peso é transitória, se o paciente não continuar com a reeducação alimentar e hábitos de vida que adquiriu durante o uso do balão com a orientação nutricional, observa-se a tendência a recuperação do peso perdido, a médio e longo prazo, na maioria dos casos.
Além disso, os pacientes sentem alguns desconfortos logo após o procedimento. Entre esses "efeitos colaterais" podemos destacar: náuseas, vômitos, dor abdominal, gases, que podem ser controlados com medicação.
Fonte: http://cyberdiet.terra.com.br/ - Por: Camila Rebouças de Castro - Nutricionista
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