"O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons." - Martin Luther King

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Disque "N" para matar Monteiro Lobato

O governo do PT inventou um ministério, o da Igualdade Racial, para cuidar de algo que não existe entre seres humanos, segundo a ciência. Raça é um conceito conveniente apenas para neonazistas e a esquerda fabricante de burocracia e ressentimento. Promover a "igualdade racial" implica reconhecer que há distinção entre pessoas de diferente cor de pele, um pensamento racista com aparente sinal invertido. Combater a discriminação é (ou deveria ser) justamente o contrário: afirmar que, como foi o racismo a criar as raças, ser branco, negro, amarelo ou vermelho não significa nada perante uma sociedade e um Estado que querem estimular a igualdade de oportunidades.
A função de um ministério da Igualdade Racial é, portanto, criar problemas. A nova ministra, Nilma Gomes, criou um na área literária e educacional. Ela recomendou banir Monteiro Lobato das escolas porque Tia Nastácia, quando alvo de desaforos das crianças do Sítio do Picapau Amarelo, é chamada de "macaca" e "negra beiçuda", entre outras delicadezas. Nilma (que o computador insiste em corrigir para "Dilma") é também autora de livros infantis. Num deles, o protagonista negro, ainda na barriga da mãe, começa a sambar seguindo o ritmo do pandeiro. Monteiro Lobato seria proibido porque disseminaria estereótipos racistas, mas negro com DNA de sambista, de acordo com Nilma Gomes, é um exemplo perfeito para a meninada.
O paulista Monteiro Lobato era tão racista quanto o carioca Euclides da Cunha (o nordestino era um forte, mas resultado de miscigenação indesejável) ou o português Luís de Camões (os mouros eram "perros", ou "cães"). Ele escreveu uma obra, e não só infantil, com elementos datados do começo do século XX, assim como Euclides da Cunha o fez em "Os Sertões". Do ponto de vista histórico, certas visões de ambos podem ser consideradas tão circunstanciais como as de Camões, do século XVI -- e constituem notas de rodapé diante da grandiosidade dos autores. Mas como justificar o bebê sambista da inquisidora Nilma Gomes?


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