"O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons." - Martin Luther King

sábado, 9 de março de 2013

Eles estão acima da lei, do estado de direito, da propriedade e até da honra alheia. E contam, na prática, com a proteção do Planalto


- Por Reinaldo  Azevedo - Veja.com
- Para vândalos como esses, a sociedade organizada precisa  acionar seus mecanismos, e  responder à altura. (opinião do Bo@noia)
São militantes da Via Campesina, um braço do MST e da CPT (Comissão Pastoral da Terra) invadindo as instalações da usina Maravilha, na cidade de Goiana, a 70 quilômetros do Recife (foto de Hans von Manteuffel /O Globo).  O pretexto é a demora na desapropriação de terras para a reforma agrária. Eles também reclamavam que o governo de Pernambuco foi hábil em doar terrenos da região para a construção de uma unidade da Fiat — como se isso fosse um mal para a população local —, mas lento para atender aos sem-terra e coisa e tal. Essa ladainha, bovinamente veiculada pela imprensa, a gente já conhece. A empresa invadida também estaria devendo uma dinheirama em dívidas trabalhistas. Ainda que assim seja, é esse o método a que se deve recorrer? Cinicamente, a Via Campesina usou a depredação como a sua forma de marcar o Dia Internacional da Mulher. É a razão por que aquelas senhoras chegaram quebrando tudo, com porretes e facões. O que vai acontecer com elas? Nada! No Brasil, “movimento social” pode passar a mão no traseiro do guarda…
Anteontem, um grupo de mulheres da mesma Via Campesina depredou e ocupou por algumas horas uma fazenda que pertence aos filhos da senadora Kátia Abreu (PSD-TO). Destruíram nada menos de 500 mil mudas de eucalipto. Por quê? Pelo prazer de destruir. A turma de João Pedro Stedile é contra os eucaliptos… Vejam esta foto.

Ao lado, vocês veem as mudas arrancadas. O prejuízo, segundo os administradores da fazenda, é da ordem de R$ 500 mil. Uma certa Mariana Silva, coordenadora do MST em Tocantins, explicou assim o vandalismo:
A ruralista e senadora Kátia Abreu é símbolo do agronegócio e dos interesses da elite agrária do Brasil, além de ser contra a reforma agrária e cometer crimes ambientais em suas fazendas. Por isso estamos realizando esse ato político e simbólico em sua propriedade. Nosso objetivo foi sabotar o modelo de monocultura e mostrar a essa senadora que, em vez de destruir o meio ambiente, o melhor caminho é diversificar a produção de alimentos para o povo”.
Digam-me cá: ela fala ou não fala como uma “mulher do povo”? Para o MST, uma plantação de eucaliptos é “monocultura”. Ela admite o crime. Ela assume a “sabotagem”, tudo em primeira pessoa. Kátia Abreu é “símbolo” do agronegócio? Ainda bem! Não fosse ele, o país estaria no buraco. Mariana, muito sabida, pretende decidir, como se vê, o que Kátia e sua família devem e não devem cultivar em suas terras. Agora vejam isto:

Quer dizer que Kátia mandou matar gente no Pará? Por quê? Ora, porque ela é uma “ruralista”. Considerando que dona Mariana resolveu ser porta-voz do grupo e que a senadora está impedida de acionar na Justiça o MST e a Via Campesina porque não têm existência legal, só resta a Kátia processar por calúnia aquela suposta “agricultora” que mal esconde o sotaque ideológico de suas formulações.  Os comandados do senhor João Pedro Stedile não reconhecem a existência de propriedade, de leis e de honra alheia.
No governo do PT, alguns grupos estão acima das regras do estado de direito. Têm licença para ameaçar, invadir, depredar. O ministro que faz a interlocução com os ditos “movimentos sociais” é Gilberto Carvalho, aquele que anunciou no ano passado: “Em 2013, o bicho vai pegar!”. Um funcionário seu foi à reunião na embaixada cubana que preparou os atos vis de hostilidade a Yoani Sánchez.
No fim das contas, Carvalho é a fachada moderada e legalista da turma que faz o “bicho pegar” nas cidades ou no campo.
Por Reinaldo Azevedo

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